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"Escola Sem Partido" é uma mentira: Deixem os Professores trabalhar

Ao contrário das nações mais desenvolvidas, onde os professores são respeitados e cada vez mais valorizados, esse projeto de lei joga os alunos contra docentes
Eliseu Gabriel

Tradução:

O projeto de lei denominado “Escola Sem Partido” é uma mentira. Os partidários desse projeto usam esse nome fantasia para defender uma escola sem o livre debate de ideias.  Por serem intolerantes e limitados culturalmente, querem transformar suas crenças e ideologias em fatos, em verdades absolutas que não podem ser questionadas.

A verdade é que o projeto de lei que chamam de “Escola Sem Partido” obriga a colocação de um cartaz em toda sala de aula dizendo o que o professor pode e o que não pode falar. Um absurdo!

Ao contrário das nações mais desenvolvidas, onde os professores são respeitados e cada vez mais valorizados, esse projeto de lei joga os alunos contra docentes

EBC
Foto: Tania Rêgo/Agência Brasil

Ao contrário das nações mais desenvolvidas, onde os professores são respeitados e cada vez mais valorizados, esse absurdo projeto de lei joga os alunos contra os professores, transforma-os em “dedo-duros”, desmoraliza quem ensina e deteriora ainda mais a difícil situação em que se encontram nossas escolas. O papel do professor é, justamente, o de ajudar o aluno a ser capaz de formar sua própria opinião e prepará-lo para um mundo em rápida transformação.

Os partidos que ironicamente defendem o “Escola sem partido” estão, na verdade, promovendo o ódio. Estimulando jovens e crianças a não aceitarem as diferenças entre as pessoas, as diferenças de pensamento, de religião, de cultura. Não entendem que é preciso dar a elas a possibilidade de conhecer diferentes opiniões e de reagirem positivamente diante das diferentes situações de suas vidas.

Esses fanáticos que propõem o projeto de lei “Escola sem partido” montaram uma armadilha para enganar e nos desviar das verdadeiras questões que deveríamos debater: qualidade de educação, formação integral do aluno, acesso real à cultura e ao conhecimento, além de garantia efetiva de recursos necessários para uma boa educação pública de qualidade, como acontece nas nações que mais se desenvolvem.

O mundo muda cada vez mais rapidamente e as novas gerações precisam estar preparadas para entendê-lo e construí-lo melhor para todos.

* Professor e vereador, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal de São Paulo.

** Revisão e edição: João Baptista Pimentel Neto


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Eliseu Gabriel

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