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Relator da ONU diz que após prisão Assange apresenta sintomas de "tortura psicológica"

Fundador do WikiLeaks "mostra todos os sintomas de uma pessoa exposta a maus-tratos psicológicos prolongados", afirma o relator da ONU sobre a tortura
Redação Sputnik Brasil
Sputnik Brasil
São Paulo (SP)

Tradução:

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, tem sido exposto a torturas psicológicas, de acordo com Nils Melzer, relator especial da ONU sobre a tortura, informa a Reuters.

Melzer, que visitou Assange no princípio de maio, concluiu que ele “apresenta todos os sintomas de uma exposição a maus-tratos psicológicos prolongados, inclusive estresse extremo, ansiedade crônica e trauma psicológico intenso”.

“O senhor Assange tem sido exposto durante vários anos a formas progressivamente severas de tratamentos ou castigos cruéis, desumanos ou degradantes, cujos efeitos cumulativos só podem ser descritos como tortura psicológica”, afirma Melzer.

Segundo Melzer, o fundador do WIkiLeaks não deve ser extraditado aos Estados Unidos porque seus direitos poderiam ser gravemente violados.

“Minha preocupação mais urgente é que nos EUA o senhor Assange ficaria exposto ao risco real de graves violações de seus direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão, o direito a um julgamento imparcial”, sublinhou Melzer.

Fundador do WikiLeaks "mostra todos os sintomas de uma pessoa exposta a maus-tratos psicológicos prolongados", afirma o relator da ONU sobre a tortura

Flickr
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange

O relator da ONU disse sentir-se “particularmente alarmado” face à recente declaração do Departamento de Justiça dos EUA sobre 17 novas acusações imputadas contra Julian Assange por alegada violação da Lei de Espionagem norte-americana, o que poderia levar a uma pena de prisão de 175 anos.

Julian Assange foi detido em Londres, no dia 11 de abril, após decisão do presidente do Equador, Lenín Moreno, de retirar ao ativista o asilo na embaixada equatoriana.

O ativista ficou famoso por publicar dados secretos sobre operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, bem como sobre as condições na prisão de Guantánamo.

Desde 2012, o fundador do WikiLeaks esteve vivendo na embaixada do Equador em Londres após as autoridades desse país lhe terem concedido asilo.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Sputnik Brasil

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