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Amor com amor se paga: Multidão vermelha segue cortejo de Hugo Chávez

Vanessa Martina-Silva

Tradução:

Vanessa Silva*

Venezuelanos saem ás ruas para homenagear o presidente Hugo Chávez após sua morte nesta terça-feira (05) (Télam) | Foto: EBC
Venezuelanos saem às ruas para homenagear o presidente Hugo Chávez após sua morte nesta terça-feira (05) (Télam) | Foto: EBC

“Todo o povo defende sua revolução”, “mais que nunca, Chávez somos todos”, “Chávez vive em todos nós”, “morreu e virou milhões”. Estas são algumas das palavras mais usadas no cortejo fúnebre que transportou o líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez Frías, do Hospital Militar à Academia Militar. Há dor, mas também firmeza nas demonstrações de amor e carinho ao líder bolivariano.
Uma maré vermelha se formou em Caracas para dar o primeiro adeus ao comandante que liderou a revolução Bolivariana e transformou o país. “Chávez nos tirou as correntes do império. Ele se foi fisicamente, mas ficou no povo e no espírito. O temos no coração”, declarou um seguidor durante a marcha.
O corpo de Chávez ficará na Academia Militar recebendo homenagens até a sexta-feira (8), quando será realizado o enterro. A expectativa é que seu corpo seja sepultado ao lado dos restos mortais do herói da pátria, Simón Bolívar.
Os presentes entoaram o hino do Batalhão dos Bravos de Apure: “Pátria, pátria, pátria querida, tua é minha alma, teu é o meu amor…”, assim, a multidão coroava o líder com a mesma música cantada por Chávez durante sua última aparição na televisão em 8 de dezembro de 2012.
O povo saúda a passagem do caixão com cantando o hino nacional, com bandeiras, gritos e músicas de amor. De acordo com o relato da AVN, as pessoas se abraçam nas ruas para se consolarem mutuamente, entrelaçam as mãos, enquanto ouvem a banda marcial e as composições do cantor venezuelano Alí Primera.
“Chávez é um pai, uma pátria, o povo, é sentimento. Tudo o que vimos hoje demonstra o quão grandioso é nosso presidente para nós e para o mundo inteiro. Chávez está em tudo. Chávez está no vento. Chávez está em nossos filhos, na família, está em cada benefício que o povo recebeu dele. Chávez é infinito”, disse uma mulher presente na marcha.

“A oposição acredita que tudo vem até aqui, mas é mentira. Chávez está renascendo neste momento”, disse, emocionada uma jovem de moto. “É o nosso segundo libertador. Hugo Chávez deu sua vida por todos nós”, exclamou um homem à rede de televisão teleSUR.
Com relação ao apoio a Maduro, a população é enfática: “Ele nos pediu 10 milhões de votos. Este é o momento. Nós os daremos a Maduro. E a primeira tarefa que daremos a Maduro é que os restos morais do segundo libertador vá para o Panteón Nacional”, manifestou outro militante.

Durante o cortejo, estiveram o presidente da Bolívia, Evo Morales, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro; o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez; o chanceler, Elías Jaua; o presidente da Assembleia Nacional (AN), Diosdado Cabello; o titular do departamento de Esporte, Héctor Rodríguez; e a vice-presidenta do Parlamento, Blanca Eekhout, entre outros.
De acordo com o Constituição venezuelana, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assumirá o governo interinamente e em 30 dias serão realizadas eleições presidenciais. A decisão foi anunciada na madrugada desta terça-feira (6) pelo ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua.
*publicado originalmente no Portal Vermelho


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Vanessa Martina-Silva Trabalha há mais de dez anos com produção diária de conteúdo, sendo sete para portais na internet e um em comunicação corporativa, além de frilas para revistas. Vem construindo carreira em veículos independentes, por acreditar na função social do jornalismo e no seu papel transformador, em contraposição à notícia-mercadoria. Fez coberturas internacionais, incluindo: Primárias na Argentina (2011), pós-golpe no Paraguai (2012), Eleições na Venezuela (com Hugo Chávez (2012) e Nicolás Maduro (2013)); implementação da Lei de Meios na Argentina (2012); eleições argentinas no primeiro e segundo turnos (2015).

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