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ToggleQuando se afirma que o Brasil está no osso, ficamos estimulados a levantar algumas indagações: toda a população brasileira está subsistindo aos ossos? Afinal, quem está no osso?
Bolsonaro, Paulo Guedes e seus cúmplices tentaram acabar com o País e deixaram o Brasil com orçamento em seu modo original para 2023, sem possibilidades de atender às mínimas demandas socioambientais que foram contratadas na eleição do Presidente Lula. São 400 bilhões de reais a menos no Orçamento do próximo ano, o que impediria atender as demandas compromissadas por Lula com a população brasileira durante a campanha.
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A equipe de transição de governos trabalha bravamente na busca de alternativas que permitam cumprir o desejado motivo, em favor da justiça social.
De fato, mais da metade da população brasileira é composta por negros empobrecidos. Segundo o IBGE, cerca de 57% da população brasileira se declara preta ou parda. Destaque-se que mais de 1/3 de nossa gente vive com meio salário mínimo ou menos.
Preferencialmente, seria essa a população a ser beneficiada pelos projetos que destinam 600 reais mensais e mais 150 reais para crianças com até 06 anos, aumento real para o salário mínimo, melhoria nos recursos para merenda escolar e reativação das farmácias populares. Esse nível de miséria das famílias brasileiras não seria motivo para que o mercado financeiro tivesse sua “crise de nervos”?
PT – Flickr
O Brasil é um país muito rico, está entre as maiores economias do mundo; empobrecida e subalternizada é a maioria de nossa população
Impedimentos, justificativas e interesses
O que impede que o Brasil seja solidário e fraterno com a miséria de nossa gente? Como se justifica que mais da metade da população deva se submeter aos interesses desse inóspito mercado financeiro? Quais são os interesses que levam às principais agências de comunicação do Brasil se solidarizarem com o mercado financeiro em detrimento da redução da miséria?
Essas atenções para com as populações subalternizadas e a garantia de que terão café da manhã, almoço e jantar, bem como romper com os prejuízos gerados nas perdas de direitos sociais e o questionamento das regras que limitam os gastos públicos com “estabilidade fiscal” foram suficientes para que o “mercado financeiro ficasse nervoso”.
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Ou seja, os mercados reagiram negativamente a esses projetos contratados no processo eleitoral. Lula nunca omitiu em seus discursos de campanha que sua principal preocupação seria na atenção das populações subalternizadas. Assim é que os Movimentos e as Massas Populares garantiram a vitória com 60 milhões de votos no II Turno. Isso se deveu ao descontentamento com a atual política economicista de empobrecimento da população e maior enriquecimento dos setores do capital financeiro.
Nervosinhos
Mas, quem é esse ”mercado que ficou nervoso”? É importante saber que os mercados financeiros são compostos por empresas, corporações empresariais. Não há mercado sem identidade e sem CGC. Tratam-se de empresas que se negam a colocar os temas e as prioridades sociais acima dos interesses que atendem apenas o mercado financeiro. São os riquinhos, originários de uma geração de “filhinhos do papai”, “birrentos” e criados somente pensando egoisticamente no que lhes dá aumento de riquezas financeiras.
Esses tipos de posturas, o sistema neofascista, ou seja, o capitalismo, tem cultivado esse tipo de gente e postura, contra o interesse público. Leda Paulani considerou que o mercado financeiro, ao reagir com os “nervos a flor da pele” às óbvias manifestações de Lula, caracterizou juntamente com a “grande mídia” um vergonhoso episódio de “terrorismo econômico”!!!
O tal mercado financeiro tem muito “filé mignon e picanha” para consumir. Significa que o Brasil não está inteiramente no “osso”. Há gente comendo do bom e do melhor, para que a maioria permaneça nos sacrifícios extremos. Basta nos lembrarmos que a Revista Forbes demonstrou que, ao longo do período em que estivemos submetidos à pandemia pelas contaminações da covid-19, muitos brasileiros foram alçados à situação de bilionários.
País rico
O Brasil é um país muito rico, está entre as maiores economias do mundo. Empobrecida e subalternizada é a maioria de nossa população.
A expectativa que nos alimenta é a esperança gerada com a eleição do Presidente Lula, que não fará uma revolução armada, mas cuidará da transferência de ganhos e rendas para estimular e garantir a vida de nossa população subalternizada. A preocupação da equipe de governo que cuida da transição do governo nos estimula na medida em que se compromete com o Mundo, diante dos temas socioambientais e a preocupação em adotar medidas que nos permitam combater as mudanças climáticas e também nos adaptar a essas situações que já são irreversíveis.
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O enfrentamento dos temas e componentes climáticos significa a valorização, recuperação e preservação dos biomas com suas populações originárias que também precisam ser preservadas. Trata-se de componente indispensável para o respeito das diversidades culturais e ambientais. Há que cessar o genocídio que tem sido praticado contra as populações indígenas e quilombolas, por exemplo.
Agora é tempo de sustentação da posse do presidente Lula e seu vice-presidente, Geraldo Alckmin, bem como criar as condições parlamentares para promover as adaptações orçamentárias necessárias que garantam vida digna à população brasileira, derrotando assim o “terrorismo econômico” e chantagista contra os empobrecidos e oprimidos.
Cláudio Di Mauro | Geografo e colaborador da Diálogos do Sul.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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