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Seminário internacional com Paulo Cannabrava debate desafios para impedir Guerra Nuclear

Encontro contra a presença de dez países e começa nesta terça (22), de forma virtual e presencial e com tradução simultânea em quatro idiomas
Redação Schiller Institute
Schiller Institute
Berlim

Tradução:

As eleições longamente esperadas de meio período nos Estados Unidos, não reduziram o perigo de uma guerra nuclear global; no todo, o que fizeram foi aumentar esse perigo.

Primeiro, porque as questões de vida e morte que enfrentam os Estados Unidos e o mundo – a saber, reduzir o perigo de um confronto nuclear em torno do teatro da Ucrânia, e a crise de desintegração do sistema financeiro e econômico do Ocidente – mal foram mencionados ou se discutiram ante o público estadunidense e público mundial neste período eleitoral.

E, segundo, porque a dinâmica da depressão econômica avança de maneira implacável; 1,8 bilhão de seres humanos se enfrentam ao perigo de morrer de inanição; 2 bilhões de pessoas que não têm água potável; a maior parte da Europa se vê sumida em um inverno gelado e com escassez de alimentos

Mas isso é só a metade da história. A partir da Ásia e com o movimento de Países não Alinhados em geral, está sendo forjada uma nova arquitetura internacional de segurança e de desenvolvimento. Está a caminho uma mudança épica: as nações que representam a maioria da humanidade estão dizendo que a época dos blocos e da geopolítica chegou ao seu fim; que o colonialismo, o subdesenvolvimento e a pobreza, nunca mais se vão tolerar. 

Encontro contra a presença de dez países e começa nesta terça (22), de forma virtual e presencial e com tradução simultânea em quatro idiomas

Schiller Institute
Sem uma nova arquitetura de segurança internacional, é só questão de tempo até que algum incidente desencadeie uma guerra nuclear

Mas se vamos evitar a guerra, se vamos evitar afundar-nos em dois blocos geopolíticos dissociados e rumo a um enfrentamento, então há que descobrir, confirmar e estabelecer os interesses primordiais da Humanidade Única como base dessa nova arquitetura. Os interesses nacionais e regionais não podem ser parciais, nem estar em guerra uns contra os outros, mas devem coincidir com os interesses da humanidade em seu conjunto. A ameaça de extinção termonuclear nos obrigou a tomar essa decisão: ou todos prosperamos e nos desenvolvemos, enquanto enfocamos nossas preocupações no bem-estar do outro; ou todos pereceremos por nossa própria insensatez, e não sobreviveremos para corrigir nossos erros.

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O quão perto estamos da beira da guerra nuclear ficou dramaticamente claro nos acontecimentos de 15 e 16 de novembro, quando caiu um foguete em território polaco. Baseando-se no rumor de que a Rússia havia disparado o foguete, o que resultou completamente falso, o mundo esteve a poucos minutos da ativação do equivalente ao artigo 5 da Otan. Todo o incidente, incluído o papel perigosamente provocador desempenhado por grande parte dos meios de comunicação ocidentais para avivar as chamas, pôs de manifesto o volátil que é a situação mundial. Sem uma nova arquitetura de segurança internacional, é só questão de tempo até que outro incidente deste tipo desencadeie uma guerra real.

Esse é o tema, e a urgência, de nosso próximo evento, na terça-feira, 22 de novembro, quando acontece o “Terceiro seminário de dirigentes políticos e sociais do mundo: Paremos o perigo de uma guerra nuclear, já!”, que reunirá dirigentes sensatos de todo o planeta para deliberar sobre estas questões. Por favor, leia a carta aberta, adjunta aqui, do deputado Benjamín Robles Montoya e da ex-deputada María de Los Ángeles Huerte, os dois do México, na qual apelam aos legisladores atuais e ex-legisladores, de todos os países, para que se unam a este esforço. Também te convidamos, e pedimos sua presença, a assistir e participar desta deliberação.

No primeiro dia do evento, amanhã (22), o jornalista latinoamericano e editor da Revista Diálogos do Sul participa por meio de uma intervenção em vídeo.

O evento será realizado on-line, via Zoom, e também de forma presencial, a partir de uma sala de reuniões no Congresso do México e com tradução simultânea em quatro idiomas (inglês, espanhol, francês e alemão).


Programa e lista parcial de palestrantes

Painel 1: 11h30 – 14h30, horário de Brasília
Parar o Relógio do Juízo Final – O bem comum da Humanidade Única
– Helga Zepp-LaRouche (Alemanha); fundadora, Instituto Schiller
– Benjamín Robles Montoya (México); congressista
– Coronel Richard Black (EUA); ex-senador do estado de Virgínia: “O Perigo da Guerra Nuclear Após as Eleições Intercalares dos EUA”
– Steven Starr (EUA); director reformado do Programa de Ciência Laboratorial Clínica da Universidade do Missouri, e um perito em guerra nuclear: “O que aconteceria se uma guerra nuclear começasse no Mar Negro”?
– Argentina; ex-congressista: “As condições necessárias para o desenvolvimento do Terceiro Mundo”
Paulo Cannabrava Filho (Brasil); jornalista, Editor da Diálogos do Sul: “O Brasil e a Batalha por um BRICS Expandido”
– Alberto Quintanilla (Peru); ex-congressista: “O Fim da Globalização e o Surgimento dos BRICS”
– Antonio Ingroia (Itália); antigo juiz anti-mafia na Sicília; candidato a primeiro-ministro
– Karl Kroekel (Alemanha); líder de pequenas empresas, fundador da “Artesãos pela Paz”
– Alemanha: líder religioso
– França: funcionário eleito

Painel 2: 15h30 – 18h30, hora de Brasília
Paz Através do Desenvolvimento

– Diane Sare (EUA); 2024 candidata ao Senado dos EUA do estado de Nova Iorque: “A Voz dos EUA na Nova Arquitectura Global Emergente de Paz Através do Desenvolvimento”
– María de los Ángeles Huerta (México); ex-congressista
– Jorge Robledo (Colômbia); ex-senador
– Donald Ramotar (Guiana); ex-presidente e ex-membro do parlamento
– George Koo (EUA); consultor empresarial internacional reformado: “Perspectivas da Cooperação Económica EUA-China”
– Mike Eby (EUA); produtor de lacticínios, Presidente, Organização Nacional dos Produtores de Lacticínios (NDPO), Exec. Dir., Org. para Mercados Competitivos, V.P., Penn. Sindicato dos Agricultores: “Monopsony – o Outro Assassino Silencioso”
-Tony Magliano (E.U.A.); Colunista de Justiça Social e Paz Católica Sindical Internacional: “Reflexões da Igreja Católica Compelentes sobre a Paz e o Desarmamento Nuclear
– Juan Pari (Peru); ex-congressista: “A crise energética e a guerra Ucrânia-Rússia”
– Dr. Rodolfo Ondarza (México); ex-representante, Assembleia Legislativa da Cidade do México: “A guerra bacteriológica e a necessidade de um sistema de saúde global”
– Dr. Kirk Meighoo (Trinidad e Tobago); ex-senador

Por favor registe-se aqui em inglês ou aqui em espanhol. Para informações, acesse a página do evento no Schiller Institute.

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As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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