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ToggleNa última sexta-feira (28), ao comemorar o 70º aniversário da promulgação dos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica, o eixo orientador da política exterior da China, o presidente, Xi Jinping, assegurou no Grande Palácio do Povo que advoga para que os países, “sejam grandes ou pequenos, fortes ou fracos, pobres ou ricos”, sejam membros igualitários da comunidade internacional e compartilhem os interesses, os direitos e as responsabilidades nos assuntos internacionais.
Xi assegurou que a China, dentro da história moderna, trabalha nas relações entre Estados, salvaguarda a paz e a tranquilidade mundial, a justiça, e promove o desenvolvimento e o progresso da humanidade, com a finalidade de desenvolver o conceito de construção da comunidade de futuro compartilhado da humanidade nestes novos tempos.
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“Que tomemos a comemoração pelo 70º aniversário dos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica como ponto de partida para assumir a missão histórica e avançar de mãos dadas com determinação, em um esforço conjunto para promover a construção da comunidade de futuro compartilhado da humanidade e criar um futuro mais belo para a sociedade humana”, comentou o mandatário.
Assegurou que “todos os países devem enfrentar juntos os desafios, alcançar a prosperidade comum, construir um mundo aberto, inclusivo, limpo e belo de paz duradoura, segurança universal e prosperidade comum, assim como promover uma convivência pacífica mais segura e próspera da humanidade”.
A formulação dos princípios por Zhou Enlai
Em 1954, o então primeiro-ministro Zhou Enlai formulou pela primeira vez em sua totalidade os Cinco Princípios de Coexistência Pacífica: respeito mútuo pela soberania e integridade territorial, não agressão mútua, não interferência nos assuntos internos de cada um, igualdade e benefício mútuo e convivência pacífica.
Esses princípios serviram como diretrizes para que países com diferentes antecedentes históricos e culturais, sistemas sociais e condições nacionais gerenciassem suas inter-relações, foram incluídos na declaração conjunta entre China e Índia, além de Mianmar, pelos quais os três países apostaram juntos em convertê-los em normas básicas para relações entre Estados.
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“Este conceito corresponde à corrente do nosso tempo caracterizada pela paz, desenvolvimento, cooperação e ganho compartilhado, e abriu novos horizontes de paz e progresso”, destacou Xi, e pediu uma melhor comunicação e cooperação para contrapor as “cortinas de ferro da confrontação”, em meio às tensões no mar meridional ou Ocidente.
Nos foros dedicados à cúpula, o chanceler, Wang Yi, disse que “há 70 anos, a China, junto com seus países irmãos em desenvolvimento, rejeitou a hegemonia do poder respeitando a soberania e superou a lei da selva com a igualdade e o benefício mútuo, estabelecendo as normas das relações internacionais nas quais os países devem se respeitar mutuamente e se tratar como iguais”.
O discurso de Dilma Rousseff
A presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, ex-mandatária do Brasil, também apontou que o mundo hoje enfrenta desafios sem precedentes e a importância dos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica se tornou cada vez mais proeminente e destacou que a cooperação Sul-Sul é um modelo de respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo.
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No terreno diplomático desta jornada, Xi recebeu em Pequim a sua par do Peru, Dina Boluarte, e intercambiou mensagens de felicitações com seu homólogo, Nicolás Maduro, pela celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre China e Venezuela.
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