O presidente da Rússia, Vladimir Putin, convidou seu par venezuelano, Nicolás Maduro, para a cúpula dos Brics, destacando que a presença do líder chavista enriquecerá o encontro.
O ministro do Exterior da Venezuela, Yvan Gil, informou sexta-feira (2) que o mandatário russo, Vladimir Putin, enviou convite a Maduro para que participe da cúpula dos BRICS que terá lugar em outubro na cidade russa de Cazã.
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“Estou certo de que sua participação pessoal enriquecerá a próxima discussão, ajudará a identificar áreas promissoras da cooperação multilateral em benefício da maioria mundial e, sem dúvida, contribuirá para um maior desenvolvimento progressivo das relações russo-venezuelanas”, reza a carta enviada por Putin a Maduro e publicada por Gil na rede social X.
Antes do Brics: encontro entre Putin e Maduro
Na quinta-feira (1), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que depois da vitória de Maduro nas eleições presidenciais, estavam “intensificando os preparativos” para realizar uma reunião entre os mandatários russo e venezuelano, segundo informou a agência de notícias TASS.
“Agora que ele se tornou o vencedor das eleições, pode-se supor que, claro, os preparativos serão ativados”, disse Peskov em declarações à emissora de rádio Komsomólskaya Pravda.
Em 29 de julho, Putin felicitou Maduro por sua vitória eleitoral, ao mesmo tempo em que lhe dizia que sempre seria “bem-vindo” à Rússia, enquanto os deputados e senadores russos que participaram como observadores das eleições venezuelanas negavam qualquer fraude, como alega a ultradireita venezuelana, apoiada por países afins a Washington.
Os primeiros membros do bloco eram Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que representam cerca de 40% da população mundial.
Kazan acolherá o encontro de líderes do grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aos quais no princípio do ano uniram-se Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita.
A Venezuela participou da reunião de chanceleres dos BRICS, que se realizou em 11 de junho na cidade russa de Nizhnij Novgorod, com o propósito de acelerar seu ingresso como membro pleno dos BRICS, uma plataforma que representa 45% da população do planeta, 30% do território mundial, 34,4% do PIB global e 18% do comércio internacional.