Pesquisar
Pesquisar

Juntos, Rússia, China e Irã tornam OCX um sério obstáculo ao jogo geoeconômico ocidental

A crescente intercalação entre os três países, – os três principais motores da integração da Eurásia – apavora os suspeitos de sempre
Pepe Escobar
The Cradle
Líbano

Tradução:

Em meio a graves tremores no mundo da geopolítica, é bem apropriado que a cúpula de chefes de estado da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) do presente ano tenha tido lugar em Samarcanda – que há 2.500 anos vem sendo a suprema encruzilhada das Rotas da Seda.

Quando, em in 329 a.C., Alexandre o Grande chegou à então cidade sogdiana de Marakanda, parte do império Aquemênida, ele ficou maravilhado: “Tudo o que ouvi de Samarcanda é verdade, exceto que ela é ainda mais bela do que eu havia imaginado”. 

Assista na TV Diálogos do Sul

O filme avança para um editorial de Shavkat Mirziyoyev, Presidente do Uzbequistão, publicado antes da cúpula da OCX, no qual ele ressalta que Samarcanda, a partir de agora, “pode vir a se tornar uma plataforma capaz de unir e reconciliar estados com diversas prioridades de política externa”. 

Afinal, em termos históricos, do ponto de vista daquele marco das Rotas da Seda, o mundo sempre foi “percebido como único e indiviso, e não dividido”. Essa é a essência de um fenômeno único – ‘o espírito de Samarcanda’. 

E aqui, Mirziyoyev conecta o “Espírito de Samarcanda” ao “Espírito de Xangai” original, criado em inícios de 2001, poucos meses antes dos acontecimentos de 11 de setembro, quando o mundo, quase que do dia para a noite, foi forçado à luta e a guerras intermináveis.

Eurásia toma forma: OCX vira página da ordem mundial ao pautar dólar e Afeganistão

Durante todos esses anos, a cultura da OCX vem se desenvolvendo de uma maneira distintamente chinesa. Inicialmente, os Cinco de Xangai focavam a luta contra o terrorismo – meses antes da guerra de terror (itálicos meus) lançada pelos Estados Unidos, metastatizada do Afeganistão ao Iraque e ainda mais além.

No decorrer dos anos, os “três nãos iniciais” – não às alianças, não à confrontação, não à hostilidade contra terceiros – acabaram por equipar um veículo híbrido e rápido, cujas ‘quatro rodas’ são ‘política, segurança, economia e humanidades’, contando ainda com uma Iniciativa de Desenvolvimento Global, que em sua totalidade contrasta nitidamente com as prioridades do Ocidente hegemônico, sempre propenso ao confronto.

É possível afirmar que o principal resultado da cúpula de Samarcanda, desta semana foi o Presidente chinês Xi Jinping ter apresentado a China e a Rússia, juntas, como “potências globais responsáveis”, voltadas a assegurar o surgimento da multipolaridade e recusando a “ordem” arbitrária imposta pelos Estados Unidos, com sua visão de mundo unipolar.

Sergey Lavrov, o chanceler russo, descreveu como “excelente” a conversa bilateral de Xi com o Presidente Putin. Xi Jinping, antes de seu encontro, e dirigindo-se diretamente a Putin, já havia ressaltado os objetivos que a Rússia e a China têm em comum:  

“Face às colossais mudanças em escala global de nossa época, sem precedentes na história, estamos prontos, juntamente com nossos colegas russos a dar o exemplo de uma potência mundial responsável e para desempenhar um papel de liderança, a fim de colocar esse mundo em rápida mudança na trajetória de um desenvolvimento sustentável e positivo”.

Mais tarde, no preâmbulo à reunião de chefes de estado, Xi foi direto ao ponto: “é importante evitar tentativas por parte de forças estranhas de organizar ‘revoluções coloridas‘ nos países da OCX”.  Bem, a Europa não entenderia, por que ela vem sendo incessantemente revolução-coloridizada desde 1945.

Putin, de sua parte, enviou uma mensagem que ecoará por todo o Sul Global: “Transformações fundamentais foram esboçadas na política e na economia mundiais, e elas são irreversíveis” (itálicos meus).

A crescente intercalação entre os três países, – os três principais motores da integração da Eurásia – apavora os suspeitos de sempre

Foto: Mídia chinesa
Parceria da Grande Eurásia tem o total apoio da China, e ambas favorecem a interconexão dos projetos da ICR e da UEEA




Irã: o espetáculo vai começar

O Irã foi o convidado de honra do espetáculo de Samarcanda, sendo oficialmente aceito como o nono membro da OCX. O Presidente Ebrahim Raisi, de forma muito significativa, ressaltou, antes de seu encontro com Putin, que o Irã “não reconhece as sanções contra a Rússia”. Sua parceria estratégica será intensificada. Na frente empresarial, uma numerosa delegação integrada por membros de 80 empresas russas estará visitando Teerã na próxima semana.  

A crescente intercalação Rússia-China-Irã – os três principais motores da integração da Eurásia – apavora os suspeitos de sempre, que talvez estejam começando a perceber que a OCX, no longo prazo, representa uma séria ameaça a seu jogo geoeconômico. Portanto, como cada grão de areia em cada deserto do Grande Interior já sabe, a pressão geopolítica contra o trio só fará aumentar de forma exponencial.  

Rússia, Turquia e Irã comandam novo equilíbrio de poder global, livre do G7

E então houve a importantíssima reunião trilateral de Samarcanda: Rússia-China-Mongólia. Não houve vazamentos oficiais, mas é bem possível que o trio tenha discutido o gasoduto Poder da Sibéria 2 – a interconexão a ser construída através da Mongólia, bem como o maior papel da Mongólia em um importante corredor de conectividade da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), agora que a China não vem mais usando a rota Transiberiana em razão das sanções. 

Putin atualizou Xi quanto a todos os aspectos da Operação Militar Especial (OME) na Ucrânia e deve ter respondido a algumas perguntas bastante duras, muitas das quais vêm circulando há meses na internet chinesa.  

O que nos leva à entrevista coletiva de Putin ao final da cúpula – onde, como era previsível, todas as perguntas giraram em torno do teatro de guerra na Ucrânia.

A principal fala do presidente russo: “Não há mudanças nos planos da OME. As principais tarefas estão sendo implementadas”. Sobre as perspectivas de paz, “é a Ucrânia que não está pronta para conversar com a Rússia”. E, em termos gerais, “é lamentável que o Ocidente tenha tido a ideia de usar a Ucrânia para tentar derrubar a Rússia.

Sobre a novela dos fertilizantes, Putin observou: “fornecimento de alimentos, fornecimento de energia, eles (o Ocidente) criaram esses problemas e agora tentam resolvê-los às custas de alguém mais” – significando as nações mais pobres. “Os países europeus são antigas potências coloniais a ainda seguem o paradigma da filosofia colonial. Chegou a hora de mudar seu comportamento, de se tornarem mais civilizados”. 

Sobre seu encontro com  Xi Jinping: “Foi apenas um encontro normal, já fazia bastante tempo que não nos encontrávamos frente a frente”. Eles conversaram sobre como “expandir o volume de negócios no comércio internacional” e evitar as “guerras comerciais causadas por nossos supostos sócios”, uma vez que a expansão dos pagamentos em moedas nacionais não vem avançando tão rapidamente como desejamos”.


Fortalecendo a multipolaridade

A reunião bilateral de Putin com Narendra Modi, Primeiro-Ministro da Índia, não poderia ter sido mais cordial – em um tom de “amizade muito especial”. Modi conclamou por soluções sérias para as crises de alimentos e combustíveis, dirigindo-se, na verdade, ao Ocidente. Enquanto isso, o Banco Estatal da Índia irá abrir contas especiais em rúpias para atender o comércio relacionado à Rússia.

Esta é a primeira viagem de Xi ao exterior desde a pandemia da covid. Ele sentiu que poderia fazer a viagem porque está totalmente confiante em conseguir um terceiro mandato no Congresso do Partido Comunista a ter lugar no próximo mês, em Pequim. Xi agora controla ou tem aliados em 90% do Politburo. 

Como rota que liga Rússia à Índia impacta para nova arquitetura financeira global

A outra razão séria foi recarregar a atratividade da ICR em conexão estreita com a OCX. O ambicioso projeto chinês da ICR foi lançado por Xi em Astana (hoje Nur-Sultan) nove anos atrás. Essa iniciativa continuará sendo o principal conceito da política externa chinesa nas próximas décadas.

A ênfase da ICR em vínculos de comércio e conectividade com a OCX e com os mecanismos multilaterais de cooperação sendo desenvolvidos por ela, que congregam países interessados no desenvolvimento econômico independente da obscura “ordem baseada em regras” hegemônica. Até mesmo a Índia de Modi vem repensando a possibilidade de confiar nos blocos ocidentais, para quem Nova Delhi não passa de um “parceiro” neocolonizado. 

Xi e Putin, portanto, em Samarcanda, para todos os fins práticos delinearam um mapa de percurso para o fortalecimento da multipolaridade – como ressaltado na Declaração de Samarcanda final, assinada por todos os membros da OCX.


O quebra-cabeça cazaque 

A estrada será muito acidentada. Não foi por acidente que Xi começou sua viagem pelo Cazaquistão – o hiperestratégico vizinho ocidental da China, que faz fronteira com Xinjiang. A tripla fronteira no porto seco de Khorgos – para caminhões, ônibus e trens separadamente  – é algo fantástico, um nó absolutamente fundamental da ICR.  

A administração do Presidente Kassym-Jomart Tokayev, em Nur-Sultan (a voltar a se chamar Astana em breve) é bastante complicada, oscilando entre orientações políticas orientais e ocidentais, e infiltrada por americanos, tanto quanto na época de seu predecessor Nursultan Nazarbayev, o primeiro presidente cazaque depois do fim da URSS.

PetroYuan: sanções fazem Rússia, Índia e China avançarem contra supremacia do dólar

Ao início deste mês, por exemplo, Nur-Sultan, em parceria com Ancara e a British Petroleum (BP) – que praticamente governa o Azerbaijão – concordou em aumentar o volume do petróleo enviado pelo oleoduto Baku-Tblisi-Ceyhan (BTC) para quatro milhões de toneladas ao mês ao final deste ano. A Chevron e a ExxonMobil, muito ativas no Cazaquistão, fazem parte do negócio.

A agenda nada secreta dos suspeitos de sempre tem como objetivo último “desconectar as economias dos países da Ásia Central da economia russa”. Como o Cazaquistão é membro não apenas da União Econômica Eurasiana (UEEA), mas também da ICR, é justo inferir que Xi – como também Putin – discutiram algumas questões bastante sérias com Tokayev, disseram a ele que entendesse para que lado o vento está soprando e o aconselharam a manter sob controle a situação política interna (vide o golpe de Estado abortado de janeiro, quando Tokayev foi de fato salvo pela Organização do Tratado sobre Segurança Coletiva, liderada pela Rússia [OTSC]).

Assista na TV Diálogos do Sul

É fora de dúvida que a Ásia Central, historicamente conhecida como a “caixa de jóias” em meio ao Grande Interior, cortada pelas Antigas Rotas da Seda e abençoada com imensas riquezas naturais, combustíveis fósseis, metais de terra rara e férteis terras agrícolas, será usada pelos suspeitos de sempre como uma caixa de Pandora, soltando todos os tipos de truques tóxicos contra a legítima integração eurasiana. 

Isso contrasta nitidamente com o Oeste Asiático, onde a presença do Irã na OCX irá turbinar seu papel crucial de encruzilhada de conectividade entre a Eurásia e a África, em conexão com a ICR e o Corredor de Transporte Internacional Norte-Sul (CTINS). 

Portanto, não é de surpreender que EAU, Bahrain e Kuwait, todos no Oeste Asiático, percebam para que lado o vento sopra. Os três estados do Golfo Pérsico receberam oficialmente o “status de parceiro” em Samarcanda, juntamente com as Maldivas e Myanmar.


Uma coesão de objetivos

Samarcanda deu também um impulso adicional à integração nos termos da Parceria da Grande Eurásia formulada pela Rússia – que inclui a União Econômica Eurasiana (UEEA) – e isso apenas duas semanas antes do divisor de águas que foi o Fórum Econômico Oriental (FEO) realizado em Vladivostok, na estratégica costa Pacífica da Rússia.

A prioridade de Moscou na UEEA é implementar uma união-estado com Belarus (que parece destinado a se tornar um novo membro da OCX antes de 2024), concomitantemente com uma maior integração com a BRI. Sérvia, Cingapura e Irã também têm acordos comerciais com a UEEA.

BRI, INSTC e os ambiciosos projetos para interligar o gigante quebra-cabeças eurasiático

A Grande Parceria Eurasiana foi proposta por Putin em 2015 – e vai ficando mais afiada à medida que a comissão da UEEA, presidida por Sergey Glazyev, dedica-se ativamente à formulação de um novo sistema financeiro baseado no ouro e em recursos naturais, e contraposto ao sistema Bretton Woods. Assim que a nova estrutura estiver pronta para ser testada, seu principal disseminador será, provavelmente, a OCX.

Aqui vemos em jogo, portanto, a plena coesão de objetivos – e a interação de mecanismos empregados pela Grande Parceria Eurasiana, ICR, UEEA, OCX, BRICS+ e o CITNS. Unir todas essas organizações, levando em conta as prioridades geoeconômicas de cada membro e parceiro associado, significa uma luta titânica, mas isso é o que realmente vem acontecendo, e em uma velocidade alucinante. 

Nesse festival de conectividade, os imperativos práticos vão desde enfrentar gargalos nacionais até implementar complexos corredores envolvendo múltiplos parceiros – do Cáucaso à Ásia Central, do Irã à Índia, tudo isso discutido em diversas mesas-redondas.  

Os êxitos já são notáveis: desde a Rússia e o Irã dando início a pagamentos diretos em rublos e rials, a Rússia e a China aumentando seu comércio em rublos e yuans para 20%, iniciativas que só fazem crescer. Uma Bolsa Oriental de Commodities pode vir a ser criada em breve em Vladivostok, a fim de facilitar o comércio em ativos futuros e derivativos com a Ásia-Pacífico.  

Rússia: Eurásia não é mais “um objeto de colonização” pela “Europa civilizada”

A China é, indiscutivelmente, o principal credor/investidor nos setor da infraestrutura em toda a Ásia Central. As prioridades de Pequim talvez sejam a importância de gás do Turcomenistão e do Uzbequistão, e de petróleo do Cazaquistão, mas a conectividade não fica muito atrás.

A construção da ferrovia Pakafuz (Paquistão-Afeganistão-Uzbequistão), ao custo de 5 bilhões de dólares, transportará carga da Ásia Central até o Oceano Índico em apenas três dias, em vez de trinta. E essa ferrovia estará conectada ao Cazaquistão e à ferrovia de construção chinesa, de 4.380 km, ligando Lanzhou a Tashkent, um projeto da ICR.

Nur-Sultan está interessada também na ferrovia Turcomenistão-Irã-Turquia, que conectaria seu porto de Aktau, no Mar Cáspio, ao Golfo Pérsico e ao Mar Mediterrâneo.

A Turquia, enquanto isso, ainda como país observador da OCX e permanentemente avessa a se comprometer, vem, lenta mas firmemente, tentando avançar estrategicamente sua própria Pax Túrcica, desde o desenvolvimento tecnológico até a cooperação em defesa, tudo isso nos termos de um tipo de pacote político, econômico e de defesa. O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan discutiu a questão em Samarcanda com Putin, que anunciou que 25% do gás russo comprado por Ancara será pago em rublos.


Bem-vindo ao Grande Jogo 2.0

A Rússia, ainda mais que a China, sabe que os suspeitos de sempre estão partindo para o tudo ou nada. Só em 2022, houve um golpe fracassado no Cazaquistão em janeiro; problemas no Badaquistão e no Tajiquistão em maio; problemas no Karakalpaquistão, no Uzbequistão, em junho, os infindáveis choques de fronteira entre o Tajiquistão e o Quirguistão (os presidentes dos dois países, em Samarcanda, ao menos concordaram com um cessar-fogo e com a remoção das tropas das zonas de fronteira). 

E então há o recém-liberado Afeganistão – com nada menos que onze províncias repletas de combatentes ISIS-Khorasan e de seus associados tajiques e uzbeques. Milhares de aspirantes a jihadis do Grande Interior fizeram a viagem até Idlib, na Síria, e então voltaram ao Afeganistão – ‘incentivados’ pelos suspeitos de sempre, que irão usar todos os truques sob o sol para acossar e ‘isolar’ a Rússia da Ásia Central.

Assista na TV Diálogos do Sul

A Rússia e a China, portanto, devem estar prontas para se envolverem em uma espécie de retumbante e imensamente complexo Grande Jogo 2.0 turbinado a esteróides, no qual Estados Unidos/OTAN lutarão contra a Eurásia unida com a Turquia de permeio. 

A boa notícia é que Samarcanda provou que pelo menos existe consenso entre todos os atores de diferentes organizações institucionais quanto a que: a soberania tecnológica irá determinar a soberania, e que a regionalização – neste caso eurasiana – irá fatalmente substituir a globalização comandada pelos Estados Unidos. 

Esses atores entendem também que a era Mackinder-Spykman está chegando ao fim  – quando a Eurásia era ‘contida’ de forma semi-desmontada para que as potências marítimas ocidentais pudessem exercer dominação total, contrária aos interesses nacionais dos atores do Sul Global.  

Agora a história é outra. A Parceria da Grande Eurásia tem o total apoio da China, e ambas favorecem a interconexão dos projetos da ICR e da UEEA, enquanto a OCX cria um ambiente em comum.

Sim, esse é um projeto civilizacional eurasiano para o século XXI e mais além. Sob a égide do ‘Espírito de Samarcanda’.

Pepe Escobar | The Cradle
Tradução de Patricia Zimbres


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na TV Diálogos do Sul


Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:

  • PIX CNPJ: 58.726.829/0001-56 

  • Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
  • Boletoacesse aqui
  • Assinatura pelo Paypalacesse aqui
  • Transferência bancária
    Nova Sociedade
    Banco Itaú
    Agência – 0713
    Conta Corrente – 24192-5
    CNPJ: 58726829/0001-56

       Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Pepe Escobar Pepe Escobar é um jornalista investigativo independente brasileiro, especialista em análises geopolíticas e Oriente Médio.

LEIA tAMBÉM

26009193562_179216de77_b
Trump sugere usar militares contra “inimigos internos” e historiadora afirma: “é um ensaio”
38 anos de prisão e multa de US$ 2 mi - conheça detalhes do julgamento de García Luna nos EUA
38 anos de prisão e multa de US$ 2 mi: conheça detalhes do julgamento de García Luna nos EUA
Amianto liberado por ataques de Israel pode gerar câncer durante décadas em Gaza
Amianto liberado por ataques de Israel pode gerar câncer durante décadas em Gaza
Sri Lanka - os desafios do presidente marxista Anura Kumara Dissanayake
Sri Lanka: os desafios do presidente marxista Anura Kumara Dissanayake