Yahya Sinwar, 62, líder do escritório político do Hamas, foi assassinado por Israel nesta quarta-feira (16), em Tal as Sultan, nas proximidades de Rafah, no Sul de Gaza.
Em nota publicada nesta quinta-feira (17), a Federação Árabe Palestina do Brasil condenou o ataque, destacando o papel de Sinwar na resistência palestina e asseverando que a execução não deterá o fim do sionismo e a libertação da Palestina:
“O povo palestino seguirá em suas terras, mesmo enfrentando o maior e mais sanguinário império que se tem notícia: os Estados Unidos, que guerreia por meio de um procurador, a gangue genocida autodenominada ‘israel’, os maiores assassinos da história”.
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A declaração da Fepal também inclui aspectos da história do líder palestino, como o fato de ter sido um refugiado — após seus pais serem expulsos de casa durante a Nakba, entre 1947 e 1951 — e permanecido preso por mais de 20 anos nas masmorras israelenses após ser sequestrado pelas forças sionistas em 1989:
“Sinwar morreu de armas em punho, na linha de frente da resistência contra os genocidas de Tel Aviv, estes armados pelos igualmente assassinos e covardes de Washington, Londres e Berlim”, denuncia a Fepal, que acrescenta: “Enquanto os covardes, como Netanyahu e seus sócios no genocídio palestino, sairão direto dos bueiros em que se escondem direto para a latrina da história, Sinwar será lembrado como mártir e herói do povo palestino”.
Confira a nota na íntegra:
Yahya Sinwar, líder político do Hamas, ascendeu ao martírio em combate com a gangue assassina de mulheres e crianças palestinas, autodenominada “israel”, defendendo sua terra e a terra de todos os palestinos.
Aliás, Sinwar não era originalmente de Gaza. Assim como 73% dos 2,3 milhões de palestinos em Gaza, Sinwar era um refugiado. Seus pais foram expulsos de casa pelos sionistas na Nakba, a limpeza étnica da Palestina entre 1947 e 1951.
Nascido no campo de refugiados de Khan Younis em 1962, Sinwar cresceu vendo pelas grades deste que é o maior campo de concentração e extermínio da história, Gaza, o vilarejo de seus pais, al-Majdal Asqalan (atualmente com o nome fantasia “Ashkelon” após a colonização sionista)
Sinwar passou mais de 20 anos sequestrado e preso nas masmorras israelenses. Libertado em 2011 em troca de prisioneiros, Sinwar assume o papel de liderança no enclave palestino em 2017 e a liderança do escritório político do Hamas em agosto de 2024, após assassinato de Ismail Haniyeh por “israel” em Teerã.
Considerado o arquiteto político da operação de autodefesa em 7 de outubro de 2023, Yahya Sinwar pavimentou um novo caminho de resistência, recolocando a causa palestina no mapa com um recado claro ao mundo: não haverá paz sem justiça para o povo palestino.
Ao contrário do que os sionistas e seus vassalos da imprensa ocidental venderam por mais de um ano, Yahya Sinwar não estava “em um túnel cercado de reféns e seguranças”, mas, sim, morreu de armas em punho, na linha de frente da resistência contra os genocidas de Tel Aviv, estes armados pelos igualmente assassinos e covardes de Washington, Londres e Berlim.
Enquanto os covardes, como Netanyahu e seus sócios no genocídio palestino, sairão direto dos bueiros em que se escondem direto para a latrina da história, Sinwar será lembrado como mártir e herói do povo palestino, ao lado de figuras como Yasser Arafat e Sheikh Izz El-Din Qassam, e de todos que rejeitam viver sob o jugo colonial, genocida, racista, supremacista de “israel” na Palestina.
O povo palestino tem a primazia de ser dono do próprio destino, da sua vitória e de sua invencibilidade. Enquanto os palestinos são assassinados para impedir o ocaso do projeto colonial sionista na Palestina, que conta seus dias finais, são também reconhecidos em todo o mundo como vítimas de um extermínio televisionado e um povo heroico e invencível.
Um povo que nunca saiu de suas terras e resistiu a todos os impérios coloniais e ocupações que lá passaram. E dessa vez não será diferente. O povo palestino seguirá em suas terras, mesmo enfrentando o maior e mais sanguinário império que se tem notícia: os Estados Unidos, que guerreia por meio de um procurador, a gangue genocida autodenominada “israel”, os maiores assassinos da história.
A Palestina será livre, em nosso tempo de vida, do genocídio, da colonização, do racismo, do supremacismo, da ocupação, do apartheid. Do sionismo. Do Rio ao Mar. De Gaza a Galileia.
Palestina Livre a Partir do Brasil, 17 de outubro de 2024, 77º ano da Nakba.
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