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Imagem ilustrativa: Freepik

Síndrome de Havana: a mentira criada pelos EUA para agravar o assédio contra Cuba

Narrativa de que diplomatas dos EUA em Cuba foram atacados por arma acústica rendeu consequências dramáticas ao povo cubano
José Manzaneda
Cubainformación.tv
Havana

Tradução:

Carmen Diniz

Lembram-se da chamada “síndrome de Havana”? Uma alegada doença cerebral ou enfermidade do pessoal diplomático dos EUA em Cuba, causada por misteriosos ataques de uma arma acústica inimiga desconhecida (1).

Desde 2017, tem sido um tema recorrente nos noticiários e meios de comunicação ocidentais, que têm colaborado com a narrativa de Washington de acusar a Rússia como culpada e Cuba como cúmplice (2).

Mas sobre os verdadeiros antecedentes e consequências deste caso… ainda não nos disseram uma palavra. Porque a suposta cumplicidade, permissividade ou responsabilidade do governo cubano em ataques, nunca provados, contra o seu pessoal, foi o argumento do governo de Donald Trump para iniciar a sua brutal política de cerco econômico contra a ilha, que está na origem – juntamente com a posterior pandemia – da grave situação econômica que o povo cubano sofre hoje. Recordemos: os “ataques sônicos” foram o motivo do fechamento do Consulado dos Estados Unidos em Havana (3) e da aprovação do primeiro pacote de medidas adicionais contra o comércio e o investimento em Cuba, que chegaram a 243 sanções nos anos seguintes (4).

A ação, ponto de virada nas relações Cuba-EUA e pretexto para pôr fim à aproximação iniciada por Barack Obama, foi impulsionada por  três personagens-chave: o senador Marco Rubio, homem de confiança de Trump para a América Latina; Mauricio Claver-Carone, assistente especial do presidente; e Mike Pompeo, diretor da CIA (5).

Há alguns dias, a CNN noticiou que os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA tinham decidido encerrar as suas investigações sobre o assunto, depois de denunciarem que várias das supostas vítimas tinham sido coagidas pela CIA. E recordavam que nenhum dos estudos investigados tinha encontrado nada: nem danos cerebrais nas pessoas, nem ataques de nenhum tipo (6). Anteriormente, a Academia das Ciências dos Estados Unidos (7) e a Academia das Ciências de Cuba (8) chegaram à mesma conclusão (9).

Em breve, ninguém se lembrará da “síndrome de Havana”. Mas os seus efeitos, sob a forma de sofrimento e privação do povo cubano, devido a uma política de asfixia ainda em vigor, continuam. E os meios de comunicação social, que colaboraram com uma mentira de Estado, mantêm hoje o silêncio sobre as suas dramáticas consequências.

1. https://es.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_La_Habana
2. https://www.bbc.com/mundo/articles/czdz7278837o
3. http://www.cubadebate.cu/especiales/2021/02/16/los-falsos-ataques-sonicos-y-otro-pretexto-de-la-administracion-trump-para-atacar-a-cuba/
4. http://www.cubadebate.cu/noticias/2021/01/20/las-mas-de-240-medidas-de-trump-contra-cuba/
5. http://www.cubadebate.cu/opinion/2021/02/24/el-pretexto-sonico-entre-la-cia-y-marco-rubio-i-parte/
6. https://cnnespanol.cnn.com/2024/08/30/cancelan-investigacion-sindrome-habana-coaccion-trax/
7. http://www.cubadebate.cu/opinion/2021/02/18/el-ataque-que-no-ocurrio/
8. http://www.cubadebate.cu/especiales/2021/09/13/sindrome-misterioso-expertos-cubanos-afirman-que-no-hay-evidencia-cientifica-de-ataques-sonicos-en-la-habana/


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

José Manzaneda Coordenador do portal Cubainformación.

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