Pesquisar
Pesquisar

Privilégio executivo: Trump usa cartada para frear investigação em arquivos confiscados

Advogados de ex-presidente se articulam para que parte dos documentos, possivelmente protegidos pelo benefício jurídico, não sejam averiguados pelo FBI
David Brooks
La Jornada
Nova York

Tradução:

Na primeira ação legal de Donald Trump desde que o FBI realizou uma busca na sua residência na Flórida, há duas semanas, seus advogados apresentaram uma demanda ante um tribunal buscando frear a avaliação dos documentos oficiais – entre eles 11 séries de materiais marcados como secretos – que foram confiscados como parte de uma investigação contra o ex-presidente por possíveis violações à Lei de Espionagem e outras duas leis. 

A demanda solicita que um juiz nomeie um tipo de árbitro judicial – conhecido como “special master” – que possa inspecionar os documentos e apartar aqueles que poderiam estar protegidos sob o chamado “privilégio executivo”, dispositivo que permite a presidentes evitarem a revelação pública de certos materiais e comunicações.

Advogados de ex-presidente se articulam para que parte dos documentos, possivelmente protegidos pelo benefício jurídico, não sejam averiguados pelo FBI

Informador
Advogados de Trump argumentam que a busca foi um “movimento agressivo”




Movimento agressivo

Os advogados de Trump argumentam que a busca foi um “movimento agressivo”, insinuaram que foi realizada com motivações políticas, e que deve-se proteger os “direitos constitucionais” do ex-presidente. 

Em um caso relacionado, um juiz federal continua avaliando se torna público, e com que nível de censura, o documento juramentado do FBI empregado para solicitar e justificar a busca na residência de Trump em 8 de agosto.

Buscas na mansão de Trump: atual chefe do FBI foi nomeado pelo próprio ex-presidente

O juiz Bruce Reinhart emitiu uma ordem, na segunda-feira (22), para que o departamento de Justiça apresente, nesta quinta-feira (26), sua proposta de uma versão censurada do documento que se possa tornar pública, mas que ao mesmo tempo evite a divulgação de informação delicada sobre a investigação em curso contra Trump. 

Reinhart argumenta que “dado o intenso interesse público e histórico em um caso sem precedentes na residência de um ex-presidente”, os promotores ainda não provaram que o documento deve ser mantido em segredo.  

David Brooks, correspondente do La Jornada em Nova York.
Tradução: Beatriz Cannabrava.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na TV Diálogos do Sul


Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:

  • PIX CNPJ: 58.726.829/0001-56 

  • Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
  • Boletoacesse aqui
  • Assinatura pelo Paypalacesse aqui
  • Transferência bancária
    Nova Sociedade
    Banco Itaú
    Agência – 0713
    Conta Corrente – 24192-5
    CNPJ: 58726829/0001-56

       Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

David Brooks Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.

LEIA tAMBÉM

Com Trump, EUA vão retomar política de pressão máxima contra Cuba, diz analista político
Com Trump, EUA vão retomar política de "pressão máxima" contra Cuba, diz analista político
Trump quer desmontar Estado para enriquecer setor privado; Musk é o maior beneficiado
Trump quer desmontar Estado para enriquecer setor privado dos EUA; maior beneficiado é Musk
Modelo falido polarização geopolítica e omissão de potências condenam G20 ao fracasso (2)
Modelo falido: polarização geopolítica e omissão de potências condenam G20 ao fracasso
Rússia Uso de minas antipessoais e mísseis Atacms é manobra dos EUA para prolongar conflito
Rússia: Uso de minas antipessoais e mísseis Atacms é manobra dos EUA para prolongar conflito