Stella Calloni, nascida em Entre Ríos, 1935, é uma jornalista e escritora argentina especializada em política internacional, cujos trabalhos de investigação centraram-se nas ditaduras militares latino-americanas e nos processos políticos relacionados. Seus livros Los años del lobo: la Operación Cóndor (1999) e Operación Cóndor, pacto criminal (2006) reúnem parte de suas investigações sobre a operação conhecida como o Plano Condor e foram traduzidos para vários idiomas.
Stella Manuela Juliana Calloni Leguizamón, nasceu em 1935 na pequena localidade de Pueblo Leguizamón, no departamento La Paz, província de Entre Ríos.
Cursou seus primeiros estudos em sua província e depois transladou-se a Buenos Aires para completar sua formação. Ali vinculou-se com militantes de esquerda e intelectuais como Zelmar Michelini, Néstor Taboada Terán e Miguel Ángel Asturias e começou a publicar em revistas como Política Internacional ou Cristianismo y revolución.
Realizou sua primeira cobertura jornalística internacional durante as eleições chilenas de 1970. Durante a ditadura cívico-militar que governou a Argentina de 1976 a 1983, exilou -se no México e no Panamá. Nesses anos trabalhou como editora da revista Formato Dieciséis e como roteirista do Grupo Experimental de Cine Universitário do Panamá.
É colaboradora da Rede Voltaire, criada por iniciativa de Thierry Meyssan, editora de El Día Latinoamericano e correspondente na América do Sul para La Jornada, ambos da Cidade do México. Se desempenha também como docente universitária e conferencista internacional sobre temas de geopolítica latino-americana e direitos humanos.
É colaboradora da revista Diálogos do Sul, editada em São Paulo, Brasil.
Ao longo de sua trajetória profissional, entrevistou diferentes Chefes de Estado, como Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Luiz Inácio Lula da Silva, Rafael Correa, Daniel Ortega, Salvador Allende, Omar Torrijos, James Carter, Yaser Arafat, Muamar Khadafi e Felipe González, entre outros.
Ministerio de Cultura de la Nación – Flickr
Stella Calloni é colaboradora da revista Diálogos do Sul
Stella Calloni publicou poesia, narrativa, biografias e ensaios, além de numerosos artigos em diversos periódicos e meios de imprensa especializados.
– Torrijos y el Canal de Panamá. Buenos Aires: Editora Nuestra América. 1974. OCLC 35781117
– Carta a Leroi Jones y otros poemas. Panamá: Ediciones Formato Dieciseis. 1983. OCLC 11312241
– La “guerra encubierta” contra Contadora: Centroamérica, enero-diciembre de 1983. Panamá: Centro de Capacitación Social. 1984. OCLC 10521033. Em coautoria com Rafael Cribari
– Nicaragua, el tercer día. Buenos Aires: Ediciones Noé. 1987. OCLC 17639707.
– Los riesgos de la soberanía. Buenos Aires: Ideas, Letras, Arte en la Crisis. 1988. OCLC 252942140
– Panamá: pequeña Hiroshima (1ª edición). México: Publicaciones Mexicanas. 1991. ISBN 9789686352207. OCLC 29549788
– El hombre que fue yacaré. Buenos Aires: Ediciones Papeles de Coghlan. 1998. ISBN 9789879949771. OCLC 49909141. Narrativa de ficção
– Memorias de trashumante. Buenos Aires: Papeles de Coghlan. 1998. ISBN 9789879954843. OCLC 760393682. Poesia
– Los años del lobo: Operación Cóndor. Buenos Aires: Peña Lillo – Continente. 1999. ISBN 9789507540547. OCLC 807660851. Prólogo de Adolfo Pérez Esquivel.
– Argentina: de la crisis a la resistencia. México: La Jornada Ediciones. 2002. ISBN 9789686719727. OCLC 52618873
– Qué son las asambleas populares. Buenos Aires: Continente. 2002. ISBN 9789507540974. OCLC 250007942. Em coautoria com Rafael Antonio Bielsa e Miguel Bonasso
– La invasión a Iraq: guerra imperial y resistencia. Buenos Aires: Ediciones Instituto Movilizador de Fondos Cooperativos. 2003. ISBN 9789508601438. OCLC 54494615. Em coautoria com Víctor Ego Ducrot
– Recolonización o independencia – América Latina en el siglo XXI (1ª edición). Buenos Aires: Grupo Editorial Norma. 2004. ISBN 9789875451971. OCLC 57922094. Em coautoria com Víctor Ego Ducrot
– Operación Cóndor: pacto criminal. La Habana: Fondo Cultural del ALBA. 2006. ISBN 9789591900012. OCLC 216942037. Traduzido ao alemão em 2010 com o título Operación Cóndor: Lateinamerika im Griff der Todesschwadronen
– Xamán: un ejemplo de impunidad dentro del genocidio guatemalteco y experiencias comparadas de países latinoamericanos. San Sebastán: Tercera Prensa. 2006. ISBN 9788487303920. OCLC 1025413468. Em coautoria com Xavier Goikolea Ameraun
– Los subverdes. Buenos Aires: Patagonia. 2007. ISBN 9789872232771. OCLC 552977777. Poesia. (1ª edición) 1976
– Evo en la mira: CIA y DEA en Bolivia. Buenos Aires: Punto de Encuentro. 2009. ISBN 9789871567119. OCLC 837382018. Prólogo de Adolfo Pérez Esquivel
– Operación Cóndor, 40 años después. Infojus. 2015. ISBN 9789873720420. OCLC 1037097323. Em coautoria com Baltasar Garzón e Grègoire Champenois
– Mujeres de fuego: historias de amor, arte y militancia. Buenos Aires: Peña Lillo Ediciones Continente. 2016. ISBN 9789507546044. OCLC 1045293428. Entrevistas a Gloria Gaitán, Fanny Edelman, Gladys Marín, Danielle Mitterrand, Nélida Piñón, Nidia Díaz, Rigoberta Menchú, Sarah Méndez e Olga Orozco
– Relatos biográficos sobre a vida de Manuela Sáenz, Frida Kahlo e Rosario Castellanos
– Donde baila la tierra – Antologia poética (1ª edición). Continente. 2019. ISBN 978-950-754-652-5. Poesia.
Recebeu importantes distinções e reconhecimentos:
– Prêmio Latino-americano de Jornalismo José Martí (1986).
– Prêmio Escola de Jornalismo TEA (2003).
– Distinção Félix Elmuza da União de Jornalistas de Cuba (2006).
– Ordem da Independência Cultural Rubén Darío (2008).
– Prêmio Rodolfo Walsh da Universidade de La Plata (2012).
– Personalidade destacada no âmbito de Direitos Humanos pela Legislatura da Cidade de Buenos Aires (2014).
– Embaixadora Cultural Entrerriana ad honorem (2014) por disposição do Governo da província de Entre Rios.
– Em 2013 os jornalistas Julio Ferrer e Héctor Bernardo publicaram uma narração de tipo biográfico, construída a partir de uma série de entrevistas a Stella Calloni e prologada por Fidel Castro.
– Prêmio Trajetória UNLa em letras, investigação jornalística e defesa dos direitos humanos outorgado pela Universidade Nacional de Lanús.
Foi declarada “Patriota do jornalismo do povo e da Pátria” pela Agrupación Oesterheld.
NAC&POP – Rede Nacional e Popular de Notícia
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