Os dois fortes temporais que atingiram Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deixaram prejuízos incontáveis para os comerciantes da cidade. Os donos de estabelecimentos estavam começando a se recuperar das perdas causadas pela chuva do dia 15 de fevereiro, quando a cidade voltou a sofrer novos deslizamentos e alagamentos no dia 20 de março.
O comerciante, Eduardo Silva da Costa, trabalha na rua Washington Luiz há quase 12 anos, um dos locais mais afetados pelas fortes chuvas, e conta, em entrevista ao Seu Jornal, uma parceria da rede TVT com o Brasil de Fato, que nunca viu nada parecido com o que os dois últimos temporais causaram na região.
“Eu fui muito afetado, perdi tudo. Na [chuva] do dia 15, perdi caminhão, todo o estoque, toda a mercadoria. Agora eu estava começando a me reestabilizar, e veio essa [chuva] e acabou de derrubar os freezers, as bancas de hortifruti foram embora pela água”, lamenta.
Cláudio Fabiano Luiz também é comerciante da região e contabilizou cerca de R$ 45 mil em perdas de equipamentos e mercadorias em consequência dos dois temporais. Para ele, é necessário auxílio do poder público para os comerciantes de Petrópolis conseguirem recuperar seus negócios e cobrir os prejuízos financeiros.
Palácio do Planalto / Wikimedia
Segundo Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis, só as chuvas do dia 15 de fevereiro afetaram cerca de 300 lojas do centro da cidade
“Muita gente quer ir embora daqui, as lojas agora já não valem quase nada de aluguel. Ninguém quer permanecer aqui, mas a gente tem ponto fixo há muito tempo e criou empatia com os fregueses. A gente quer se reerguer, mas está muito difícil, estamos muito abandonados”, finaliza.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), só as chuvas do dia 15 de fevereiro afetaram cerca de 300 lojas do centro da cidade. A reconstrução dos estabelecimentos demandaria recurso de R$ 100 milhões, algo em torno de R$ 100 mil e R$ 200 mil por estabelecimento.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse
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