Se quisermos, de fato, A TRANSFORMAÇÃO DO BRASIL, não podemos eleger apenas Presidente da República e Governadores que apresentem Planos de Governos com essa motivação. Torna-se indispensável a construção da maioria Parlamentar Federal e Estadual, com os mesmos propósitos.
Não se pode expor o País para se submeter, outra vez aos acontecimentos como o golpe praticado com a traição de Michel Temer e Eduardo Cunha, com participação ativa do Romero Jucá, contra as instituições democráticas do Brasil.
As pessoas tinham direito de discordar das políticas adotadas pela Presidenta Dilma Roussef. O debate político e a oposição, são perfeitamente compatíveis com a democracia. Mas, aplicar um golpe contra as instituições, incluindo o Parlamento e o Supremo, como disse Jucá, isso é processo de desestruturação institucional.
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O pior é que ficou nítido o uso das instituições, via operação lava-jato, não apenas para golpear o mandato de Dilma, mas para tirar do processo eleitoral o ex-Presidente Lula. Hoje, o Brasil amarga duramente as consequências desses atos arbitrários praticados. E agora, recorre ao Lula para arbitrar e reordenar as condições jurídicas institucionais, recuperar o Brasil de tanto tempo perdido e das consequências desastrosas para com a carestia, o aumento desastroso da fome e do desemprego. Brasil estagnado e em processo de retrocesso social, econômico, institucional e de direitos.
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A economia do Brasil não pode se fixar na exportação predominante em larga escala de produtos primários e commodites. A isso tem sido reduzida a exportação do Brasil que envia sua água nos produtos que seguem para exportação. É certo que o Brasil perdeu tempo, apesar de estar repleto de possibilidades de aproveitamento de oportunidades. Torna-se indispensável haver o resgate de suas capacidades e de mudanças das regras que atualmente existem para beneficiar interesses empresariais, corporativos do grande capital nacional e estrangeiro.
A balança comercial (importações e exportações) não pode pender para os benefícios do capital privado brasileiro e estrangeiro. É preciso definir que as políticas de desenvolvimento econômico serão preponderantes para beneficiar a população brasileira. Sim, que haja equilíbrio entre os interesses do Estado brasileiro, das empresas, das organizações sociais, mas que a população brasileira esteja no centro das políticas de desenvolvimento. Não pode haver apenas crescimento econômico concentrador de riquezas, e capitais, nas mãos dos “chamados agentes do mercado”.
Calcula-se que no Brasil teremos cerca de 70 milhões de pessoas, fora do mercado formal de trabalho, consideradas como “sobrantes” pelo sistema vigente. É um número assustador.
Na concepção de Ladislal Dowbor e de Márcio Pochmann, o Brasil não tem saída e nem terá sucesso pelas aplicações das teorias do mercado.
O Brasil deve se expressar pela valorização de práticas vinculadas à Economia Solidária, capaz de atender todas essas pessoas e famílias. Há que se implantar um Sistema Solidário, sem predomínio dos interesses do neoliberalismo fascista que está implantado em nossos territórios. A economia precisa operar com outras modalidades que não as do mercado.
Até mesmo as moedas poderão ter características próprias para as trocas de serviços e mercadorias. E não se pense que a Economia Solidária somente poderá ser aplicada para atender os setores sociais e econômicos que se encontram em situação de miserabilidade. Há diversas experiências de municípios que adotaram bancos sociais, próprios, obtendo resultados perenes e bem-sucedidos.
Muitas são as empresas que em situação de penúria econômica, entregues para administração e gestão pelos seus trabalhadores e sindicatos conseguiram recuperação e sucesso. Boa parte delas com a aplicação de sistemas associativos e de cooperação. São experiências no Brasil e no estrangeiro.
Não há dúvidas sobre o empenho de organizações dos Movimentos Populares onde cidadãos de luta e dedicados se posicionam como lideranças importantes nas ações coletivas. Os sucessos obtidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST são comprovantes de que as vitórias poderão ser obtidas pelo caminho de outros cenários que não do “livre mercado” neoliberal.
Para que se tenha maior sucesso é indispensável que sejam adotadas Políticas Públicas que priorizem e valorizem a Economia Solidária. A organização pela Democracia Participativa que considere a importância da política como instrumento de base. No dizer de Dowbor, Política em favor da vida digna para todas as pessoas rompendo com a agressividade das desigualdades, em todos os seus formatos. Levar em conta a revolução tecnológica que está se processando, permitindo assim a união e os investimentos na ciência e tecnologia. Sempre se considerando a grande importância dos avanços tecnológicos voltados para as necessidades e transversalidade em favor dos setores empobrecidos.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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