Com esse artigo, Muniz convida seus leitores para ultrapassarem a comoção mais imediata e superficial causada pelo linchamento de Moïse e mostra de forma contundente que estamos colhendo os frutos da monocultura da violência social, da desigualdade estrutural, da sociedade sem direitos para a maioria, expostos a todo tipo de violência. A escravidão precisa ser despachada para que o Brasil avance, essa é a questão de fundo.
ONU pede esclarecimentos sobre morte de refugiado congolês no Rio de Janeiro
Desde as crueldades, humilhações, vilanias diárias praticadas em todos os ambientes contra os negros, os trabalhadores pobres, os imigrantes, os povos indígenas, os homossexuais, as mulheres até os linchamentos (de negros e indígenas) como esse em questão do imigrante congolês Moïse.
Como bem diz Muniz Sodré, “O assassinato do jovem congolês a pauladas na beira de uma praia do Rio não é acontecimento singular, mas sintoma de uma catástrofe cívica em curso.”
Juca Ferreira é ex-ministro da Cultura e colaborador da Diálogos do Sul.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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