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Inflado pela presença de diretor da CIA no Brasil, Bolsonaro ameaça convulsão social caso Lula seja eleito

“Espera 2022 e vão pro voto auditável. Esse voto Mandrake não vai dar certo. Ou vamos ter convulsão no Brasil. Estou avisando com antecedência”, declarou
Plinio Teodoro
Revista Fórum
São Paulo (SP)

Tradução:

A chegada às sombras no Brasil do diretor da CIA, William J. Burns, nesta quinta-feira (1º) parece ter dado coragem a Jair Bolsonaro (Sem partido) de subir suas críticas ao processo eleitoral e voltar a ameaçar um novo golpe como o de 64, que teve suporte da agência de inteligência dos Estados Unidos.

Em live à noite, após passagem de Burns pelo Planalto, Bolsonaro ameaçou provocar uma convulsão social no Brasil, caso as pesquisas de intenção de voto se confirmem e o ex-presidente Lula (PT) seja eleito para um terceiro mandato.

“Uma idiotice na CPI, não serve pra nada, só fofoca. Tentando desgastar o governo a todo momento. Espera 2022 e vão pro voto auditável. Esse voto Mandrake não vai dar certo. Ou vamos ter convulsão no Brasil. Estou avisando com antecedência”, declarou Bolsonaro, aproveitando para atacar as investigações da CPI do Genocídio, que apontam para um suposto esquema de corrupção na compra de vacinas dentro do Ministério da Saúde.

“Espera 2022 e vão pro voto auditável. Esse voto Mandrake não vai dar certo. Ou vamos ter convulsão no Brasil. Estou avisando com antecedência”, declarou

Foto: Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro

Atacando Lula de forma desesperada após as pesquisas registrarem cada vez mais um inevitável confronto com o petista no segundo turno, Bolsonaro ainda afirmou que não entregará a faixa ao ex-presidente caso seja derrotado em 2022.

“Vocês descubram uma maneria de fazermos uma contagem aberta dos votos e apresentar. Caso contrário teremos problema nas eleições do ano que vem. Eu entrego a faixa para qualquer um que ganhar de mim na urna de forma limpa. Na fraude, não”, afirmou, novamente sem apresentar provas.

Após passagem pelo Planalto, William Burns tinha agendado um jantar com os ministros da Casa Civil (Luiz Eduardo Ramos) e do Gabinete de Segurança Institucional (Augusto Heleno).

Burns, durante sua passagem por Brasília, está acompanhado do embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, que não deu detalhes sobre a presença do diretor da CIA no país. Na última semana, Burns esteve na Colômbia.

Plínio Teodoro, para a Revista Fórum


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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