Pesquisar
Pesquisar

Operação Amazônia: o que está em jogo com uma possível invasão dos EUA à Venezuela?

Extrema direita joga um tudo ou nada contra a revolução bolivariana: bloqueio econômico, financeiro, roubo de ativos no exterior e, se puderem, invasão militar
Pedro Olavo
Brasil de Fato
Caracas

Tradução:

Começamos com um pouco de história das agressões recentes do império aliado a frações da burguesia interna.

As manifestações violentas convocadas e lideradas pela extrema direita, conhecidas como guarimbas, mergulharam o país, durante os meses de abril e julho do ano de 2017, nas manifestações mais violentas já vivenciadas nos últimos 20 anos.

As cifras totais decorrentes dessas ações foram de 913 ataques a instituições públicas, como: escolas, instalações militares e centros de saúde, transporte público, etc.; também foram assassinados 172 venezuelanos, sendo seis queimados vivos, e 1934 ficaram feridos. Muitos foram assassinados nas ruas por ser ou parecerem chavistas.

Como resposta a essas ações criminosas, o presidente Nicolás Maduro, convocou uma Assembleia Nacional Constituinte, para reestabelecer a paz e a tranquilidade ao país, objetivo que de fato foi alcançado. Apesar da convocação da oposição ao boicote.

Na eleição para Assembleia Nacional Constituinte, mais de 8 milhões (41,5% dos eleitores) venezuelanos e venezuelanas elegeram a Assembleia Nacional Constituinte, que foi instalada no dia 3 de agosto. Restabelecida da governabilidade ao país, em maio de 2018, ocorreram as eleições presidenciais para o período 2019-2025.

A extrema direita novamente opta pela abstenção nessas eleições. No dia 20 de maio de 2018, o presidente Nicolás Maduro é reeleito legítima e constitucionalmente presidente da República Bolivariana da Venezuela, para o período 2019-2025, com 6.248.864 (67,84%) dos votos. O candidato opositor Henri Falcon ficou em segundo lugar com 1.927.958 (20,93%) dos votos.

No dia 4 de agosto de 2018, acontece a tentativa de assassinato do presidente Nicolás Maduro. O presidente, discursava no encerramento do desfile militar em comemoração do nascimento da Guarda Nacional Bolivariana, na Avenida Bolívar, no coração de Caracas, quando drones explodiram. Sete membros das forças armadas foram feridos, por causa das explosões.

No dia 10 de janeiro de 2019, o presidente Nicolás Maduro, toma posse de seu novo mandato presidencial para o período 2019-2025.

Extrema direita joga um tudo ou nada contra a revolução bolivariana: bloqueio econômico, financeiro, roubo de ativos no exterior e, se puderem, invasão militar

Telesur
Todas as forças populares que defendem a paz na Venezuela e são contra a guerra no nosso continente prestam sua solidariedade

Guaidó: O último dos moicanos de Trump

O último líder da oposição que assumiu a presidência da Assembleia Nacional em princípios de 2019, foi o até então pouco conhecido, Juan Guaidó.

Como a extrema direita, agora liderada por Guaidó, não reconhecia as eleições presidenciais de 2018, onde essa oposição mais uma vez não participou e optou pela abstenção, no dia 23 de janeiro de 2019, Juan Guaidó, autoproclama-se presidente encarregado da Venezuela, diante de uma manifestação opositora em uma praça de Caracas.

Imediatamente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu o deputado como presidente “legítimo” do país, manifestação seguida por vários outros países submissos às ordens dos Estados Unidos, como Brasil e Colômbia. Desse momento até os dias atuais várias foram as tentativas de desestabilização do país, com o objetivo de tirar do poder, o presidente legítimo e constitucional, Nicolás Maduro Moros.

Ao assumir a Assembleia Nacional, naquela época, as forças de oposição com maioria no parlamento, avisaram que em um prazo de seis meses tirariam o presidente legítimo e eleito constitucionalmente da Venezuela, Nicolás Maduro, do poder.

A oposição, ao perceber que não conseguiria tirar o presidente Nicolás Maduro de forma constitucional, apelou mais uma vez para manifestações violentas.

Histórico

23 de fevereiro de 2019 – A oposição venezuelana, liderada pelo autoproclamado Juan Guaidó, com o apoio da oligarquia colombiana e do imperialismo estadunidense, tentaram entrar no país com uma suposta “ajuda humanitária”, através das fronteiras da Colômbia e do Brasil.

A tentativa de intervenção no país foi um profundo fracasso, resultando numa importante derrota da oposição venezuelana e do imperialismo estadunidense e numa grande vitória do governo bolivariano.

7 de março de 2019 – Ataque terrorista e criminoso ao Sistema Elétrico Nacional, gerando um apagão em todo país durante um período de três a cinco dias.

30 de abril de 2019 – Durante a madrugada, o líder da oposição Juan Guaidó acompanhado de Leopoldo López, divulgou um vídeo em suas redes sociais anunciando a fase final da “Operación Liberdad”.

Acompanhado de um pequeno grupo de militares traidores, tentavam promover um golpe de Estado. Esse grupo queria ingressar na base aérea militar de La Carlota em Caracas. Novamente, a oposição golpista saiu derrotada.

20 de janeiro de 2020 – Juan Guaidó foi recebido pelo presidente colombiano Iván Duque na Casa de Nariño, teve um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, ex-Diretor da CIA. Guaidó foi participar da Cúpula Hemisférica Contra o Terrorismo.

Na ocasião, Pompeo, acusou o governo venezuelano de abrigar, membros do Hezbollah do Líbano e da guerrilha colombiana ELN.

31 de janeiro de 2020 – O almirante Craig Faller, comandante do Comando Sul dos Estados Unidos, ameaçou a Venezuela, afirmando que “é necessário presença militar correta, enfocada e persistente”.

O Comando Sul dos Estados Unidos anunciou exercícios militantes conjuntos com as Forças Armadas Colombianas, a serem realizados entre os dias 23 e 29 de janeiro na fronteira entre Colômbia e Venezuela.

19 de março de 2020 – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos tipifica a Venezuela como um Estado narcotraficante e terrorista. Estabelecendo um preço pela cabeça do presidente Nicolás Maduro, no valor de 15 milhões de dólares, e de mais 14 outros altos funcionários do Governo e das Forças Armadas.

24 de março de 2020 – É apreendido um arsenal de guerra, avaliado em 500 mil dólares, em Barranquilla, na Colômbia. Esse armamento seria utilizado por um grupo de ex-militares venezuelanos e mercenários em um plano para gerar desestabilização e violência na Venezuela.

O executor do plano era o ex-maior general do Exército, Clíver Alcalá. O ex-general confessou a existência de um contrato assinado por Guaidó e assessores norte-americanos. Após revelar essas informações, Clíver Alcalá é levado para os Estados Unidos.

30 de março de 2020 – uma embarcação militar desconhecida chocou-se com outra embarcação da Guarda Costeira Venezuelana, numa ilha chamada La Tortuga a 200 km da capital, Caracas;

2 de abril de 2020 – O governo dos Estados Unidos anunciam uma “Operação Antidrogas” no mar do Caribe, com um grande deslocamento militar na região da costa venezuelana.

O principal objetivo da administração Trump não é combater o tráfico de drogas para os Estados Unidos, porque, primeiro, as drogas que vão para os Estados Unidos passam por outra rota e, segundo, a Venezuela não produz drogas, ao contrário da Colômbia, principal aliado dos Estados Unidos e maior produtor de drogas do mundo.

O real objetivo é efetuar um bloqueio naval contra Venezuela.

29 de abril de 2020 – O secretário de Estado, Mike Pompeo, declarou que, os “Estados Unidos sabem que a mudança está chegando, por isso dei ordens para pensar em reabrir a embaixada dos EUA, assim que comece a transição”. Na mesma ocasião, Pompeo, afirmou que em breve a bandeira norte-americana voltaria a tremular nos céus de Caracas;

30 de abril de 2020 – O enviado especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams, declarou: “Acreditamos que uma transição está por vir e precisamos estar preparados”. E completou: “a situação a curto prazo vai piorar internamente”.

1º de maio de 2020 – Foi ativada a operação golpista denominada “Gedeón”. Na madrugada do dia dia 3 de maio, foi avistada a primeira lancha, na região de Macuto, no estado La Guaira.

Os mercenários entraram em confronto com as forças militares venezuelanas, ao amanhecer, tivemos a confirmação que, os oito mercenários que vieram nessa primeira lancha, foram abatidos no confronto e outros dois, que estavam dando suporte terrestre foram capturados.

Foi apreendido armamento de guerra e duas camionetes que seriam utilizadas na operação, numa casa em La Guaira. O objetivo principal era entrar em Caracas.

A segunda lancha foi avistada na manhã do dia 4 de maio, na região de Chuao, no estado Aragua. Ao receber essa informação, o presidente Nicolás Maduro deu a ordem para que todos fossem capturados com vida.

As forças militares, em coordenação com a população, em plena união cívico-militar-policial, especialmente, grupos de pescadores (as), realizaram a prisão dos oito mercenários que estavam na lancha.

Nesse grupo capturado, estavam dois soldados norte-americanos. Em depoimento, divulgado pelo presidente Nicolás Maduro, em coletiva de imprensa com jornalistas nacionais e internacionais, no dia 6 de maio, o mercenário estadunidense Luke Denmam confessa que o plano era sequestrar o presidente e leva-lo para os Estados Unidos.

Em outro depoimento, dado por um ex-militar venezuelano, ele expõe com detalhes como eles chegaram à costa venezuelana. Nesse depoimento, o ex-militar explica que, ao avistarem a costa, um dos mercenários teve acesso à internet em seu aparelho celular e ficou sabendo que o primeiro grupo, que veio na frente tinha sido abatido.

Ao obter essa informação, os mercenários tentaram ir para Bonaire, território insular da Holanda, que fica a alguns quilômetros da costa venezuelana, ao perceberem que o combustível não daria para chegar, optaram por desembarcar em Aragua. Nessa lancha vinham mais de 40 mercenários, que foram sendo deixados ao longo da costa venezuelana, sobrando apenas os 08, que foram capturados em Chuao;

A “Operación Negro Primero, Aplastamiento del Enemigo”, assim batizada pelo presidente Nicolás Maduro, desmontou toda a operação golpista, capturando todos os mercenários e desmoralizando a oposição internamente e o imperialismo no âmbito externo, foi uma grande vitória da União Cívico-Militar Policial;

11 de julho de 2020 – Donald Trump em uma entrevista exclusiva para Noticias Telemundo, afirmou que algo iria acontecer na Venezuela e que os Estados Unidos estariam diretamente envolvidos. Na mesma entrevista, Trump disse que o líder opositor Juan Guaidó parecia estar perdendo poder.

“Apoio a quem seja escolhido e agora parece que Guaidó é a pessoa escolhida, mas o sistema é muito ruim lá. Ele parece estar perdendo poder lá e queremos alguém que tenha apoio das pessoas. Eu apoio à pessoa que tiver apoio do povo. Venezuela tem sido muito mal tratada”, disse Trump.

4 de agosto de 2020 – Elliot Abrams, representante especial da Casa Branca para Venezuela, numa audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano, disse que “obviamente esperamos que ele [Maduro] não sobreviva a este ano e estamos trabalhando duro para isso aconteça”. E também advertiu que, “aprendemos que temos que nos aproximar dos líderes militares de qualquer forma”.

13 de agosto de 2020 – O chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, Craig Fallen, afirmou: “Temos 22 países parceiros alinhados sob a ameaça comum do tráfico de drogas. A conexão com Maduro é sua cumplicidade nessa ameaça. O que mantém Maduro no poder são os interesses contra os direitos humanos e contra nossa segurança comum”.

20 de agosto de 2020 – O presidente da Colômbia, Iván Duque, afirmou ter informações de que a Venezuela estaria comprando misseis do Irã, sob a coordenação do Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

“Há informações de organismos internacionais de inteligência que trabalham conosco, mostrando que há interesse da ditadura de Nicolás Maduro em adquirir mísseis de médio e longo alcance através do Irã”, disse Duque.

A derrota de Guaidó e seus apoiadores gringos

Os últimos dias estão sendo de muita tensão na Venezuela e os acontecimentos políticos estão se desenvolvendo numa grande velocidade. Ao observar esses acontecimentos, podemos dividi-los em duas partes: os que estão ocorrendo internamente; e os que estão ocorrendo no âmbito externo. É importante, porém, ressaltar que ambos estão umbilicalmente relacionados.

No âmbito interno, quando a oposição liderada pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, iniciava a campanha nacional e internacional de não participação nas eleições parlamentarias do dia 6 de dezembro, como previsto na Constituição, o presidente Nicolás Maduro, no dia 31 de agosto, editou um decreto concedendo indulto a um grupo de opositores.

O anúncio do inesperado indulto presidencial foi realizado pelo Ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez – esse gesto já tinha sido realizado pelo presidente Hugo Chavéz –. Foram indultados 110 dirigentes da oposição que estiveram envolvidos em atos de desestabilização do país nos últimos anos.

O indulto presidencial fragmentou ainda mais a oposição, justo no momento em que Juan Guaidó anunciava um “Pacto Unitário”, convocando lideranças da oposição, como Henrique Capriles – que perdeu as eleições presidenciais para o presidente Nicolás Maduro em 2013 –, e Maria Corina Machado, líder opositora que pede reiterada vezes uma invasão militar estadunidense à Venezuela.

Guaidó foi prontamente rejeitado por ambos. É consenso que Juan Guaidó é um fracasso que não conseguiu tomar o poder e derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Com as eleições para Assembleia Nacional (o parlamento venezuelano) marcadas para dezembro, o último artifício que dar sustentação ao discurso de Juan Guaidó, tem data marcada para acabar, dia 5 de janeiro de 2021, quando vai ser empossada a nova Assembleia Nacional e essa terá uma nova presidência.

Diversos governos da Europa que antes apoiavam a Guaidó perceberam a armadilha que caíram e apoiam o processo eleitoral de dezembro, inclusive forças conservadoras da igreja católica.

Seguem os planos agressivos

Bloqueio econômico, financeiro, roubo de ativos no exterior e, se puderem, invasão militar.

Como parte da estratégia de máxima pressão contra a Venezuela, o secretário de estado norte-americano Mike Pompeo, anunciou no dia 15 de setembro, através da sua conta oficial no Twitter, que estava feliz em visitar o Suriname, Guiana (inglesa), Brasil e Colômbia, países escolhidos a dedo, porque são fundamentais nessa estratégia, principalmente Brasil e Colômbia.

O representante do imperialismo e ex-diretor da CIA iniciou sua turnê no Suriname, depois foi para Guiana e  desembarcou em Boa Vista, sendo recebido pelo ministro chefe do Itamaraty, Ernesto Araújo.

Na ocasião, cinicamente, Mike Pompeo expressou que os EUA “seguem associando-se com o Brasil para combater a covid-19 e promover objetivos compartilhados” e “para fortalecer esforços para transição democrática na Venezuela e a prosperidade econômica no hemisfério”.

Poucos dias antes de Mike Pompeo anunciar sua turnê macabra e provocativa, o presidente Nicolás Maduro anunciou, no dia 11 de setembro, a captura de um espião estadunidense, ex-funcionário da CIA que esteve no Iraque.

Esse mercenário estadunidense, de nome Matthew John Heath, carregava consigo armamento pesado e uma grande quantidade de dólares, estava espionando as refinarias de Amuay e Cardón, ambas localizadas no estado Falcón. Seu objetivo, segundo Procurador Geral da República, era realizar atividades de sabotagem e desestabilização.

No mesmo anúncio, o presidente disse que no dia 9 de setembro foi desarticulado um plano que tinha como objetivo explodir a refinaria de El Palito, no estado Carabobo.

Ao mesmo tempo que Mike Pompeo visita esses países, numa sintonia perfeita de tempo e espaço, Brasil e Colômbia realizam exercícios militares nas suas respectivas fronteiras com a Venezuela.

O Brasil realiza o maior exercício militar de guerra simulada já realizado na Amazônia, batizado de “Operação Amazônia”, irão participar do exercício tropas de várias partes do território nacional, num total de aproximadamente de 3300 militares, com um grande deslocamento para essa região de meios de combate e de apoio ao combate, como o Sistema de Lançamento de Foguetes Astros, da Artilharia do Exército de Formosa no Estado de Goiás.

O exercício, iniciado no dia 2 de setembro tem previsão de conclusão no dia 25 de outubro. Segundo o Comandante do Comando Militar da Amazônia, general Teophilo, “a operação está visualizada para uma situação de uma guerra externa, de defesa da pátria”.

Nessa sintonia, a Colômbia e os Estados Unidos, ao mesmo tempo que anunciavam a visita do Secretário de Estado Mike Pompeo, a capital Bogotá, também anunciaram a realização de um exercício militar conjunto na fronteira da Colômbia com a Venezuela. Assim foi o comunicado feito pela Força Aérea Colombiana: “Aeronaves e embarcações dos Estados Unidos e da Colômbia farão exercício conjunto para fortalecer o combate ao narcotráfico”.

A sintonia entre os exercícios militares de Brasil e Colômbia nas suas fronteiras com a Venezuela com a visita do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, também contou com a participação da senhora Bachelet, que, não por acaso, divulgou um relatório atacando a situação de direitos humanos na Venezuela, mas não falou nada dos assassinatos de negros nos Estados Unidos, da repressão na Bolívia e no seu próprio pais, o Chile.

O Ministro de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, numa exposição conjunta com o Procurador Geral da República, Tarek William Saab, afirmou que “desde 2015 tem havido uma campanha sistemática para atacar a Venezuela com mentiras e omissões” e que este relatório visa manchar o processo eleitoral de 6 de dezembro.

“Este relatório tem como objetivo torpedear o diálogo que se instalou em Venezuela com resultados muito recentes, como o perdão de 110 pessoas que cometeram crimes de todos os tipos (…), perturbando o processo eleitoral na Venezuela, perturbando o papel da Venezuela nas relações internacionais”.

Os últimos meses tem sido de pressão permanente contra a Venezuela, vindos de todos os lados possíveis.

O fracasso representado por Juan Guaidó, a clara divisão entre as lideranças da oposição, com Capriles de um lado, Maria Corina de outro, e Guaidó, com seu grupo. As eleições parlamentarias de 6 de dezembro na Venezuela podem acelerar mais uma aventura militar contra Venezuela ordenada por Donald Trump tentando um “tudo ou nada”, para ajudar a dar coesão à sua base republicana para as eleições de novembro.

O ensaio de setembro, a poucos dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, numa conjuntura interna, onde os votos da comunidade latina são decisivos e o presidente estadunidense desejando agradar a sua base eleitoral de origem latina que vive na Flórida. O candidato democrata Biden, adversário de Trump na corrida pela presidência, liderando as pesquisas para vencer as eleições. Trump está desesperado para vencer e uma pessoa desesperada pode fazer qualquer coisa.

É muito importante, nesse momento, que todas as forças populares que defendem a paz na Venezuela e são contra a guerra no nosso continente prestem sua solidariedade a esse belíssimo país e seu bravo povo que ocupa a primeira fila de batalha contra o imperialismo.

Pedro Olavo | Especial para Brasil de Fato desde Caracas

Edição: Rodrigo Chagas


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Veja também

 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Pedro Olavo

LEIA tAMBÉM

Com Trump, EUA vão retomar política de pressão máxima contra Cuba, diz analista político
Com Trump, EUA vão retomar política de "pressão máxima" contra Cuba, diz analista político
Visita de Macron à Argentina é marcada por protestos contra ataques de Milei aos direitos humanos
Visita de Macron à Argentina é marcada por protestos contra ataques de Milei aos direitos humanos
Apec Peru China protagoniza reunião e renova perspectivas para América Latina
Apec no Peru: China protagoniza reunião e renova perspectivas para América Latina
Cuba luta para se recuperar após ciclone, furacão e terremotos; entenda situação na ilha (4)
Cuba luta para se recuperar após ciclone, furacão e terremotos; entenda situação na ilha