A Guiana amanheceu hoje aliviada pelo final de cinco meses de incerteza e controvérsias políticas, e com uma nova administração encabeçada pelo até agora líder opositor e presidente, Irfaan Ali.
A vitória do candidato do Partido Progressista do Povo (PPP) nas eleições de 2 de março foi confirmada depois 122 dias de um processo dilatado de apuração de votos repleto de denúncias constantes de fraudes e irregularidades.
O relatório final da Comissão Eleitoral diz que o PPP obteve 33 assentos parlamentares, enquanto a até agora dirigente coalizão da Unidade Nacional-Aliança para a Mudança (APNU-AFC), do presidente saliente, David Granger, conseguiu 31.
Pouco depois de anunciados os resultados, Irfaan Ali, de 40 anos e ex-ministro de moradias na administração anterior do PPP, foi declarado o nono presidente executivo da Guiana.
Também foram nomeados Mark Phillips como primeiro-ministro, o ex-mandatário Bharrat Jagdeo para o cargo de vice-presidente e Anil Nandlall novo Promotor Geral.
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Irfaan Ali do PPP, foi declarado o nono presidente executivo da Guiana
Segundo os números definitivos, o PPP obteve 233.336 votos, perante a 217.920. Outros partidos menores somaram 5.214.
A trajetória política do novo chefe do Executivo guianês inclui o desempenho, em governos anteriores, das pastas de Moradia e Água, Indústria, Comércio e Turismo.
É membro do PPP desde faz mais de 20 anos e em 2006 passou a ocupar um assento no parlamento.
O novo mandatário é Doutor em Filosofia e em Planejamento Urbano e Regional da Universidade das Índias Ocidentais.
No programa de governo que apresentou para as eleições, Irfaan Ali incluiu como prioritária a melhoria da economia, fortemente afetada pela pandemia de Covid-19 e o desempenho de um governo inclusivo.
Outra promessa é a eliminação do Imposto ao Valor Agregado em áreas como eletricidade, água, atenção médica, materiais de construção e equipamentos agrícolas, de mineração e florestais.
Redação Prensa Latina
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