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Militares uruguaios planejam aprovar lei de anistia a repressores de vítimas da ditadura

Questionamentos emitidos pelo partido militar, Cabildo Abierto, buscam "virar a página”, propondo uma lei de anistia para os militares que cometeram crimes
Redação Prensa Latina
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Montevidéu

Tradução:

A organização Mães e Familiares de Detidos Desaparecidos denunciou que suas feridas perpétuas pela verdade sequestrada sob um manto de impunidade, tenta de novo reforçar-se. 

Ao chamar a comemorar os 47 anos do golpe de estado e a última ditadura cívica-militar e a maior Greve Geral dos trabalhadores da história, alertou sobre as atuais tendências ameaçadoras. 

A central sindical Pit-Cnt e a Intersocial agrupação de organizações populares, convocaram diferentes caravanas para manter acesa a resistência a políticas de recortes neoliberais. 

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Em um comunicado, os familiares das vítimas da ditadura recordaram que o terrorismo de Estado abriu feridas profundas na sociedade com a perseguição, o assassinato, a tortura e o desaparecimento forçado.

Olham com preocupação que o atual ministro da Defesa da coalizão governante de direita, Javier García, questione as decisões da justiça que processou o assassinato do militante tupamaro, Berreta, metralhado pelas costas quando se encontrava algemado.

Questionamentos emitidos pelo partido militar, Cabildo Abierto, buscam "virar a página”, propondo uma lei de anistia para os militares que cometeram crimes

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A organização Mães e Familiares de Detidos Desaparecidos denuncia tentativas de anistiar militares que cometeram crimes durante a ditadura

A este fato somaram a restituição de um placa em homenagem a Víctor Castiglioni, diretor durante a ditadura da Direção Nacional de Informação e Inteligência, responsável por múltiplas violações aos direitos humanos, a qual se teve que cancelar pelo protesto de ex-presos políticos e da Frente Ampla. 

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Também advertiram que se sucedem questionamentos e sinais fundamentais emitidos pelo partido militar, Cabildo Abierto, buscando “virar a página”, propondo a ideia de uma lei de anistia para os militares que cometeram crimes de lesa humanidade.

“Pior ainda, das suas cadeiras no Parlamento, reivindicam o golpe de estado e tornam a trazer ao presente a ideia de que a ação dos militares foi um serviço à Pátria em um guerra contra a sedição, negando as reclamações do povo”, expressa o comunicado. 

Ao refutar essa ideia, a organização denunciante proclamou que “para que nunca mais haja terrorismo de Estado, é necessário um compromisso político firme; compromisso com a verdade e a busca de nossos desaparecidos, mas também com a justiça”. 

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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