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ToggleEm vídeo ao vivo para a TV Diálogos do Sul, o editor da revista Paulo Cannabrava Filho critica a ação do Batalhão de Choque da PM do governador de São Paulo João Doria durante a votação reforma na Previdência Estadual, aprovada nesta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Enquanto a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) era votada, houve confronto nos corredores da Alesp e a PM usou balas de borracha contra os manifestantes. O vidro da frente da assembleia foi quebrado, fios de energia foram arrancados e um dos hidrantes chegou a ser retirado.
Cannabrava ressalta que na proposta apresentada pelo governo não houve consulta pública nem diálogo com aqueles que serão os afetados pelas mudanças, os trabalhadores.
“Isso devia ser revolvido com diálogo, no máximo com a guarda civil, não com policiais armados, dentro da Assembleia, espancando pessoas indiscriminadamente,. Bateram e jogaram gás de pimenta em todo mundo”, repudia.
“Isso é mais que covardia.”
Reprodução: Twitter
Servidores públicos der exemplo ao enfrentarem a repressão da PM
Brutalidade Militar
“Ainda tô chocado com a brutalidade da Polícia Militar de São Paulo”, solta Cannabrava ao comparar a ação violenta com o motim realizado por ex-policiais na cidade de Sobral, no Ceará. “No Ceará já teve 125 mortes só em fevereiro desde que a PM amotinou-se, isso em 40 dias, é uma loucura”.
O jornalista citou o elogio do Coronel Aguinaldo de Oliveira, Diretor Nacional de Segurança Pública, que por sua vez é subordinada à Secretaria Nacional de Segurança Pública à ação:
“Os senhores se agigantaram de uma forma que não tem tamanho. Vamos conseguir. Sem palavras para dizer o tamanho da coragem que vocês têm e estão tendo ao longo desses dias.”
“O cara vai lá e aplaude o motim. Motim é crime”, repudia o jornalista, e alerta: “se vocês não derrubarem essa junta militar que tomou o poder através de uma fraude, eles vão ficar no governo por 40 anos”.
“O que nós temos que fazer é juntar força, nos organizar politicamente. Todo mundo está demorando para tirar a bunda da cadeira e sair para a rua!”, alerta. “As pessoas estão muito passivas. É preciso assumir o protagonismo da história e a história quem faz somos nós”.