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Israel já matou 37 menores palestinos em 2023; regra é mirar na parte superior dos corpos

"Forças israelitas se sentem à vontade para atirar para matar contra palestinos, incluindo crianças, com total impunidade", denuncia ativista Abu Qutaish
Redação AbrilAbril
AbrilAbril
Lisboa

Tradução:

Em declarações à rádio Voz da Palestina, Ayed Abu Qutaish, responsável pela organização não governamental (ONG) DCI-Palestine, explicou, no sábado (5), que as autoridades israelitas mantêm 160 menores detidos em prisões, incluindo 21 em regime de detenção administrativa.

Ao abrigo dessa política, condenada internacionalmente, Israel mantêm detidos palestinos sem acusação ou julgamento, com base numa “prova secreta”, por períodos até seis meses, infinitamente renováveis.

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Chamando a atenção para a escalada sem precedentes dos assassinatos e detenções de crianças e jovens palestinos, Abu Qutaish criticou a chamada “comunidade internacional” por não dar proteção a essa camada da população e por não responsabilizar Israel pelos seus crimes, indica a PressTV.

De acordo com os dados recolhidos pela DCI-Palestine, as tropas israelitas mataram 31 menores na Margem Ocidental ocupada e seis na Faixa de Gaza de cercada, este ano.

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Em julho, a organização sublinhou que, com base nas suas investigações, as tropas israelitas apontam de forma sistemática à parte superior do corpo quando disparam contra crianças palestinas, seja com o propósito de as matar ou ferir, provocando uma deficiência ou incapacitação permanente.

“É óbvio que as forças israelitas se sentem à vontade para atirar a matar contra palestinos, incluindo crianças, com total impunidade”, denunciou então Abu Qutaish.

"Forças israelitas se sentem à vontade para atirar para matar contra palestinos, incluindo crianças, com total impunidade", denuncia ativista Abu Qutaish

addameer.org
De acordo com o Ministério palestiniano da Informação, 12 mil crianças foram detidas pelos israelitas nos últimos 17 anos

Forças israelitas matam três palestinos perto de Jenin

Os dados e as provas recolhidas pelo organismo mostram que, por norma, “as tropas de ocupação recorrem à força letal contra os menores em circunstâncias que equivalem a execuções extrajudiciais ou premeditadas”, informou.

Entretanto, nos últimos dias, outros dois menores morreram depois de serem atingidos pelos disparos de tropas e colonos israelitas na Cisjordânia.

Israel precisa sofrer consequências de seus atos, diz federação Árabe Palestina ao pedir fim da ocupação israelense

Bara Ahmad Fayez al-Qerm, de 16 anos, faleceu, este domingo, perto de Jenin, onde foi atingido a tiro por forças israelitas. Ramzi Fahthi Hamed, de 17 anos, morreu, esta manhã, não resistindo aos ferimentos que lhe foram infligidos por colonos nas imediações da cidade de Silwad.

As forças de ocupação mataram, este domingo (6), na aldeia de Arraba (ao Sul de Jenin) os três ocupantes de uma viatura, alegando que estavam armados e que se preparavam para realizar um ataque contra Israel.

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O Ministério palestino da Saúde confirmou o assassinato dos três palestinos que seguiam no interior do veículo, no Norte da Cisjordânia ocupada. Também revelou que as forças israelitas impediram que pessoal médico e ambulâncias se aproximassem do local.

De acordo com o portal Palinfo, as forças de ocupação dispararam mais de cem balas contra a viatura, tendo confiscado os corpos em seguida – uma prática comum e antiga da democracia israelita.

Redação | Abril Abril


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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