Ao continuar incrementando as mensagens de ódio da extrema direita na Espanha, o líder do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, reconheceu nesta segunda-feira que “se tenho que apoiar o Vox, o lógico é que forme parte do meu governo”.
O candidato do PP é o principal protagonista das últimas sondagens eleitorais para as eleições gerais do próximo dia 23 dos principais meios espanhóis, nas quais se confirma que está no topo e também que houve uma ligeira recuperação do aspirante do Partido Socialista Obrero Espanhol (PSOE) e atual presidente do governo, Pedro Sánchez.
PP e Vox, de direita e ultradireita, ignoram violência política contra mulheres na Espanha
Em uma entrevista para o diário El Mundo, Núñez Feijóo defendeu sua política de pactos e alianças com a ultradireita de Vox, que nas últimas semanas têm permitido ao PP arrebatar vários governos autônomos municipais à esquerda. Essas alianças são variadas: algumas apenas cederam à ultradireita para a formação do Parlamento regional, mas há outras nas quais o Vox entrou em cheio formando parte do governo autônomo, como ocorreu em Castilla, León e Extremadura.
O candidato do PP explicou que sua intenção é lograr uma “maioria suficiente” para formar um governo solitário, mas advertiu que caso seja necessário pedir ao Vox apoio na sessão de investidura, não hesitará em abrir-lhes as portas do Executivo. “Se necessitarmos do Vox, estamos dispostos a buscar encaixes, mas quando não necessitarmos do Vox não queremos governar com eles”, indicou.
Estas palavras coincidem com o auge nas ruas de Madri de cartazes financiados e exibidos pela extrema direita com mensagens de ódio e descriminação, como a exibida pela Vox, em que jogava no lixo a bandeira arco-íris, a bandeira independentista catalã e um cartaz da agenda 2030.
A empresa Desokupa, formada por militantes da extrema direita que se dedicam a desalojar à força famílias ou pessoas de casas abandonadas, exibiu um cartaz no qual se lê sobre uma imensa fotografia de Pedro Sánchez: “Tu, ao Marrocos”.
A maioria das pesquisas dão ao PP um total de deputados que vai de 125 a 155, enquanto o PSOE vai de 90 a 120. O terceiro e quarto lugar nacional se decidirá entre a ultradireitista Vox e a coalizão de esquerda Sumar, numa luta na qual as sondagens auguram que finalmente ganhará Vox. Portanto, confirma um câmbio de governo.
Armando G. Tejeda | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
Assista na TV Diálogos do Sul
Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.
A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.
Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:
-
PIX CNPJ: 58.726.829/0001-56
- Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
- Boleto: acesse aqui
- Assinatura pelo Paypal: acesse aqui
- Transferência bancária
Nova Sociedade
Banco Itaú
Agência – 0713
Conta Corrente – 24192-5
CNPJ: 58726829/0001-56 - Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br
- Receba nossa newsletter semanal com o resumo da semana: acesse aqui
- Acompanhe nossas redes sociais:
YouTube
Twitter
Facebook
Instagram
WhatsApp
Telegram
Candidato à Presidência da Espanha Alberto Núñez Feijóo (Reprodução/Twitter)