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Escravidão moderna: 30 milhões em todo o mundo

João Baptista Pimentel Neto

Tradução:

Walk Free Foundation*

Escravidão modernaNo conceito de “escravidão moderna” integram-se, entre outros, o tráfico de pessoas, os matrimônios forçados, a venda e a exploração de crianças e a servidão sexual ou doméstica como pagamento de dívidas. As vítimas têm sua liberdade negada e são usadas, controladas e exploradas por outra pessoa com fins de lucro, sexo ou, simplesmente, pela emoção da dominação.

Quantos escravos existem?

Segundo o Índice Mundial de Escravidão da ONG australiana Walk Free Foudation, no mundo há 29,8 milhões de novos escravos. No entanto, essa realidade é pouco conhecida e permanece oculta em casas de zonas residenciais e também em lugares de trabalho.

Como chegam a essa situação?

No oeste africano e no sudeste asiático, perpetuam-se sistemas de “escravidão hereditária”. Em outras zonas, as vítimas são sequestradas e vendidas para trabalhos ou matrimônios forçados. Um terceiro grupo tem sido enganado com promessas de uma educação ou um trabalho melhor. A China, o Paquistão, a Nigéria, a Etiópia e a Rússia registram os maiores níveis.

Europa

Os países da Europa Ocidental têm o menor risco geral de escravidão. No entanto, a dificuldade atual para reunir recursos suficientes impede que seja completamente erradicada. No Reino Unido, com uma das cifras mais baixas, distintas estimativas asseguram que há maios de 4.000 pessoas nessa situação. Na Bulgária e na Romênia, ao contrário, são detectados “milhares de casos”.

América, Canadá e Estados Unidos

Com uma forte demanda de mão de obra barata, são os destinos principais para a trata de pessoas. O México é um importante país de trânsito para os sul-americanos e centro-americanos que tentam entrar nos Estados Unidos. Os países da bacia do Caribe mostram, com exceção do Haiti, um menor nível de risco de violações de direitos que a maioria dos países latino-americanos.

Ásia

A Índia é o lugar com maior índice de escravidão moderna. E, enquanto a Austrália e na Nova Zelândia apenas há risco, no Paquistão e na Tailândia, este é muito alto.

Os novos grilhões

As “cadeias” da nova escravidão nem sempre são físicas. O medo, o isolamento e as dívidas são usados para reter uma pessoa contra sua vontade.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
João Baptista Pimentel Neto Jornalista e editor da Diálogos Do Sul.

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