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EUA e OTAN manipulam a mídia

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

Parece-nos interessante analisar a manipulação da informação convertida pelos EUA numa arma de guerra, quando esconde a verdade dos eventos gerados pela realidade mundial.

Diego Oliveira Evia*

A concepção Goebbeliana do uso da mentira

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A criação de um monopólio de meios em nível global, criam novos mecanismos de intervenções políticas; as grandes redes dos EUA como CNN, criam uma bolha de falsas notícias criando um visão deformada dos acontecimentos, criando uma crise nas sociedades do planeta, como ocorrem com a Síria, o Irã, a Rússia ou a China, caracterizando-os como inimigo de Estados Unidos e da OTAN.
Muito já se escreveu sobre o uso da mentira como instrumento de manipulação política. O próprio presidente de EUA, Donald Trump atacou a CNN por dar informações tendenciosas, para apoiar a campanha à presidência em apoio a Hillary Clinton, criando uma visão de fraude eleitoral. Além disso criando também uma miragem sobre a manipulação por parte da Rússia dos votos. Algo escandaloso e sinistro. Contudo, os votos populares à candidata arrasou com mais de 2 milhões, mas o intrincado mecanismo eleitoral permitiu que os votos por estado esmagasse as intenções de uma real democracia, com um Conselho Eleitoral sem discernimento sobre as maiorias populares.
As novas políticas de Trump mostram um ataque às nações do mundo. O uso do poder militar e sua aliança com o complexo militar industrial de EUA (CMI), criam uma nova realidade assimétrica, em que a política intervencionista gera novos conflitos bélicos no mundo. Exemplo disso é a crise no reino de Qatar, acusado de apoiar o terrorismo pela Arábia Saudita, que na realidade é uma nação que financia o terrorismo em grande escala, desde Bin Laden, financiado pela sua família e pelos príncipes sauditas. O mesmo com o consórcio dos xeiques árabes que junto com Israel estão desestabilizando a Síria, o Irã inclusive a Rússia, apoiando o terrorismo e seus ataques sistemáticos a Palestina e ameaçando os países do Oriente Médio, além das ações violentas por todo o mundo.

A mídia corporativa atua a favor do terrorismo

manipulação da folha de são pauloO objetivo não é só satanizar a Rússia, China, Irã, Síria, Coreia do Norte. Também visa a manipulação dos legislativos dos países latino-americanos que utilizam os parlamentos para derrubar presidentes ou encobrir a corrupção. As imagens da CNN, Reuter, Globovisión na Venezuela, O Globo no Brasil, UPI, France Press e várias nações europeias, armam um dossiê de falsidades, criam a imagem de uma ditadura na Venezuela, agridem Bolívia, Cuba, Nicarágua entre outras nações, utilizando uma dinâmica intervencionista.
Derrotados na OEA e na ONU, EUA e seus aliados latino-americanos e caribenhos não conseguiram sancionar o governo bolivariano de Nicolás Maduro; não conseguiram os votos necessários para aplicar a denominada Carta Democrática cuja finalidade era perpetrar uma agressão militar de EUA. Todos os meios privados internacionais apostavam pela saída violenta do presidente venezuelano.
Através da manipulação midiática, a denominada Mesa da Unidade Democrática (MUD), armou uma junta de governo com o deputado do PJ, tendo Júlio Borges como presidente, tal como no vil golpe de Carmona em 2002. Os meios nacionais e internacionais vivem da mentira, enganando todo mundo ao mostrar imagens dos dirigentes fascistas do MUD, com os encapuçados assassinos e terroristas, e são festejados quando detidos pelas autoridades.
Esses meios apoiam cinicamente os crimes cometidos em países como México, Colômbia, Paraguai, Brasil e Peru, onde ocorrem milhares de assassinatos, desaparecimentos, covas coletivas clandestinas, morte de jornalistas, dirigentes sociais, violando permanentemente os direitos humanos. Essa realidade passa inadvertida para os EUA e a OEA, ignorada pelo meios hegemônicos e os governos submissos.

11 princípios da propaganda nazista

Importante mostrar os mecanismos perversos da Alemanha nazista de Hitler, criados por Joseph Goebbels, de controle das massas nos momentos de crise. Esse sistema tem sido utilizado nas últimas décadas nos denominados golpes suaves ou revoluções coloridas. Herança do fascismo mostra a vigência do terrorismo de Goebbels.

  1. Princípio da simplificação ou do inimigo único. Adotar uma única ideia, um único símbolo. Individualizar os adversários num único inimigo
  2. Princípio do método de contágio. Reunir diversos adversários numa só categoria ou indivíduo. Os adversários são mostrado como uma soma individualizada.
  3. Princípio da transposição. Carregar sobre o adversário os próprios erros ou defeitos respondendo o ataque com ataque. “Se não pode negar as más notícias, inventa outras que distraiam”.
  4. Princípio do exagero e desfiguração. Converter qualquer rumor, por pequeno que seja, numa grave ameaça.
  5. Princípio da vulgarização. “Toda propaganda deve ser popular, adaptada ao nível do menos inteligente dos indivíduos a que está dirigida. Quanto maior seja a massa a convencer, menor o esforço mental a ser realizado. A capacidade receptiva das massas é limitada e sua compreensão é escassa. Além disso, tem grande facilidade para esquecer.
  6. Princípio da orquestração. “A propaganda deve se limitar a um número pequeno de ideias que serão repetidas incansavelmente. Apresentadas uma e outra vez de diferentes perspectivas mas sempre convergindo sobre o mesmo conceito. Sem brechas nem dúvidas”. Daqui vem a famosa frase: “Se uma mentira é repetida suficientemente acaba por converter-se em verdade”.
  7. Princípio da renovação. Emitir constantemente informações e argumentos novos a um ritmo tal que quando o adversários responder o público já está interessado em outra coisa. As respostas do adversário nunca poderão responder a um ritmo crescente de acusações.
  8. Princípio da verossimilhança. Construir argumentos a partir de fontes diversas, através dos chamados balões de ensaio ou de informações fragmentadas.
  9. Princípio do silêncio. Silenciar sobre as questões sobre as que não se tem argumentos e dissimular as notícias que favorecem o adversários, também contrapondo com a ajuda dos meios de comunicação aliados.
  10. Princípio da transfusão. Pela regra geral a propaganda opera sempre a partir de um substrato preexistente, seja uma mitologia nacional ou um complexo de ódios e preconceitos tradicionais. Trata-se de difundir argumentos que possam aprofundar atitudes primitivas.
  11. Princípio da unanimidade. Chegar a convencer a muita gente “que pensa como todo mundo” criando a impressão de unanimidade.

Pareceria algo simples ou sem muito conteúdo, porém, são mecanismos de manipulação de massas. Na América Latina tem sido parte da lavagem cerebral de setores da classe média, que assumiu a violência criminosa, como com a Operação Condor no Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina, Brasil e Peru. São classes que aspiram ascender de classe mas que odeiam os indígenas, os afro descendentes e os que lutam na esquerda.
Para alcançar esses objetivos utilizam os meios de comunicação capitalistas para alienar e idiotizar os jovens, assassinar brutalmente a cidadania, os trabalhadores, os idosos, os que utilizam os transportes coletivos, com a queima dos ônibus, escassez com paralisação dos caminhões de alimentos, destruição de estações de transportes sobre trilhos…. Tudo isso é real, mas a imprensa trata de culpar o chavismo. Mas a mentira no longo prazo tem pernas curtas e a verdade não tarda a aparecer. Contudo, só a unidade popular e os governos solidários da América Latina poderão enfrentar uma guerra de quarta geração, sem normas convencionais e parte do terrorismo internacional.
*Original de Barômetro Internacional


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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