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ToggleA histórica luta do movimento estudantil na América Latina é uma referência mundial por sua capacidade de mobilização e transformação política. A Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (Oclae) acomoda, de forma articulada, as diferentes realidades educacionais dos países da região há quase 57 anos.
Como plataforma regional de articulação política do movimento estudantil, a entidade atua em defesa do direito à educação pública, gratuita, de qualidade, com caráter anti-imperialista e solidário.
A Oclae nasceu durante o processo da Revolução Cubana, vislumbrada pelo Comandante-em-Chefe Fidel Castro Ruz. Assim, compreendendo o papel revolucionário da juventude e do movimento estudantil, a entidade teve, desde o início, caráter anti-imperialista.
Embalados pelo triunfo da revolução cubana, meses antes, em setembro de 1959, ocorreram importantes espaços que antecederam o nascimento da organização, como o III Congreso Latino-Americano de Estudantes (Clae). Finalmente, em agosto de 1966, Havana acolheu o IV Clae, consolidando as lutas por direitos estudantis na América Latina com a fundação da OCLAE.
Representatividade e anti-imperialismo
Unidade, educação, anti-imperialismo, paz, soberania e independência foram as lutas que desenharam os princípios da entidade. Ainda hoje essas bandeiras se demonstram válidas para garantir direitos reais para os estudantes da América Latina e Caribe.
São praticamente 57 anos de lutas que agregam 36 organizações membros de vários países latino-americanos e caribenhos. Mais de 100 milhões de jovens estudantes de todos os movimentos, desde ensino médio, graduação e pós-graduação.
Sobre a Oclae, podemos dizer que agregados nessas cinco letras estão os sonhos de milhares de estudantes que buscam construir uma nova realidade para seus países. Desde sua criação, a unidade estudantil se manteve fiel na missão anti-imperialista e de solidariedade internacional.
Montagem
Toda semana, um movimento estudantil irá ocupar este espaço como forma de visibilizar a realidade de suas lutas
Mártir da educação
Infelizmente, na América Latina e no Caribe, a luta estudantil também é marcada por cenas de violência e dolorosas perdas, como o caso do estudante mártir da Oclae: José Rafael Varona Fefel.
Poucos meses após a constituição da entidade, o jovem estudante foi vítima da hostilidade imperialista em solo vietnamita, onde cumpria sua missão de solidariedade como integrante da Secretaria Permanente eleita após o IV CLAE.
Sua perda chocou a comunidade estudantil, não apenas na América Latina e no Caribe, mas também na Ásia. Anos depois, ele seria resgatado pela memória histórica como o mártir da Oclae.
Internacionalismo comprometido
Durante mais de cinco décadas, a entidade acompanhou a luta dos povos da região perante as constantes ameaças neoliberais. A Oclae reafirma esse compromisso e se propõe a continuar consolidando a unidade a partir do pensamento fidelista, guevarista e latino-americanista de José Martí e Simón Bolívar.
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A entidade cumpre também um papel fundamental de internacionalismo e participação em espaços internacionais. A diplomacia de base do tema estudantil encontra-se em um momento determinante com o avanço de novos desafios, como a relação entre a qualidade da educação e os avanços tecnológicos.
O assento consultivo que a Oclae tem em instituições como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Instituto Internacional de Educação Superior da Unesco para a América Latina e o Caribe (IESALC) e o Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da ONU demostra sua destacada atuação em organizações internacionais.
Parceria e visibilidade
Compreendendo a necessidade de comunicar a luta estudantil, inauguramos esta coluna da Oclae na Revista Diálogos do Sul, espaço comprometido com as lutas da América Latina e do Caribe. Toda semana, um movimento estudantil irá ocupar este espaço como forma de visibilizar a realidade de suas lutas.
A Oclae segue no esforço para derrotar as influências hegemônicas na região, mantendo o espírito anti-imperialista e garantindo a diversidade e pluralidade de filiações, tendências políticas e critérios das federações que congrega.
Somente a unidade levará à consecução dos objetivos da Oclae: a defesa da autonomia universitária, da liberdade, da pluralidade da academia, da educação pública, promovendo e desenvolvendo a solidariedade efetiva dos estudantes em sua luta contra o imperialismo.
Redação | Oclae, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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