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Mulher, preta, pioneira e ícone do jornalismo brasileiro: Glória Maria é eterna

Glória foi a primeira repórter a entrar ao vivo em uma reportagem em cores para o Jornal Nacional, isso aconteceu em 1977
Murilo da Silva
Portal Vermelho
Brasília (DF)

Tradução:

Morreu nesta quinta-feira (2) a jornalista Glória Maria. A informação foi comunicada pela TV Globo, empresa em que começou a trabalhar em 1970.

Glória faleceu no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em 2019, foi diagnosticada com câncer de pulmão e realizou tratamento de imunoterapia com sucesso. Em seguida foi averiguada metástase no cérebro pela qual passou por uma cirurgia. Desde o final de 2022 estava afastava para tratar o tumor no cérebro. Ela deixa as filhas Laura e Maria.

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A jornalista não revelava a idade, fato que se tornou motivo de curiosidade nas inúmeras entrevistas que deu ao longo da carreira.

Glória foi a primeira repórter a entrar ao vivo em uma reportagem em cores para o Jornal Nacional, isso aconteceu em 1977

Reprodução – Instagram
Daiana Santos, deputada: "Glória Maria foi um ícone do jornalismo brasileiro e um símbolo de representatividade para nós mulheres negras"




Pioneira

Glória Maria é um ícone do jornalismo brasileiro, pioneira em diversas frentes e símbolo da representatividade para mulheres negras.

Como repórter trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV, no Bom Dia Rio e Jornal Nacional. Glória foi a primeira repórter a entrar ao vivo em uma reportagem em cores para o Jornal Nacional, isso aconteceu em 1977.

Em 1986, passou a fazer parte da equipe do Fantástico e apresentou o programa dominical de 1998 a 2007. Ela viajou mais de 100 países para realizar reportagens para o programa.

Em 2010, se juntou à equipe do Globo Repórter e, a partir de setembro de 2019, dividiu a apresentação do programa com Sandra Annenberg.


Repercussão

O mundo do jornalismo e do entretenimento tem prestado homenagens para Glória. No mundo político não é diferente.

O presidente Lula disse em seu Twitter: “Recebo com muita tristeza a notícia da morte de Glória Maria, uma das maiores jornalistas da história da nossa televisão. Glória foi repórter em momentos marcantes do Brasil e do mundo, entrevistou grandes nomes e deixou sua marca na memória de brasileiros e brasileiras. Foi a primeira repórter a fazer uma entrada ao vivo no Jornal Nacional e se tornou eterna nos programas Fantástico e Globo Repórter. Meu abraço e solidariedade aos familiares, amigos, colegas e admiradores de sua carreira.”

A presidenta do PCdoB e Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, também se manifestou: “Recebi com muita tristeza a notícia da morte de Glória Maria, referência no jornalismo brasileiro. Uma mulher que fez história na televisão e teve enorme importância para que pessoas negras pudessem se ver representadas nesse espaço. Uma pioneira, que será lembrada sempre pela sua competência e carisma. Meus sentimentos à família e aos amigos.”

A deputada federal Daiana Santos destacou a representatividade de Glória para as mulheres negras: “Glória Maria foi um ícone do jornalismo brasileiro e um símbolo de representatividade para nós mulheres negras e jovens oriundos das periferias. Uma perda irreparável para a comunicação. Meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs. Descanse em paz, Glória Maria.”

A deputada Jandira Feghali também lamentou a morte: “Um dia triste para o jornalismo com a perda de Glória Maria. Um exemplo de profissionalismo, abriu caminhos com seu carisma, talento e dedicação. Toda solidariedade à família, amigos e colegas de profissão.” 

Murilo da Silva | Portal Vermelho
* Com informações g1 


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Murilo da Silva

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