No passado, em tempos sombrios, Marinha, Aeronáutica e Exército brasileiros já foram conclamados a agir contra seu povo. Na triste “comemoração” contra a Liberdade de Imprensa, no 3 de maio deste desafiador 2020, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou a todos com nova conclamação das três forças.
Falando para sua claque, disse “basta” e que “não haverá mais negociação”.
Negociação? Com quem? Para quê?
Não é possível permitir que o mandatário máximo do país mantenha e radicalize, cada vez mais, seus ataques à democracia. A mesma que permitiu que se elegesse. Certo, uma democracia em que boa parte do povo ainda sofre. É verdade, ainda não nos curamos da chaga da desigual distribuição de renda, que vitima a esmagadora maioria do nosso povo.
Twitter / Eduardo Bolsonaro
É hora de interromper um presidente que é contra todas as instituições democráticas, que convida a pandemia para um banquete macabro.
Contudo, não abrimos mão desta democracia. Que fique claro: vamos continuar na luta por um país com oportunidades reais para todos. Os que abrem mão da democracia não estão do lado da vida, na guerra que travamos contra a pandemia da Covid-19.
É hora de interromper a corrida tresloucada de um presidente que é contra o Congresso Nacional e o STF, contra todas as instituições democráticas arduamente construídas desde 1985. Um presidente que convida a pandemia para um banquete macabro, uma dança à Beira do abismo.
Não posso acreditar que as Forças Armadas do nosso país, que as demais instituições, enfim que a esmagadora maioria dos brasileiros aceitem esta dança com o presidente e seus seguidores.
É hora de reagir. Com firmeza. Com determinação. Pela democracia. Pelas liberdades. Pela vida.
Fred Ghedini, jornalista e colaborador da Diálogos do Sul
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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