“Que este grandioso livro, reunindo as narrativas das guerras de destruição do mundo ameríndio, possa despertar em todos nós a coragem necessária para gritar: BASTA!”
Ailton Krenak, indígena, ambientalista, professor e escritor
“Abya Yala, genocídio, resistência e sobrevivência dos povos originários das Américas”¹ é um livro imprescindível para conhecer a história não contada dos povos deste continente: a de 90% de indígenas cruelmente mortos pelos conquistadores europeus; a da resistência e sobrevivência exemplar desses mesmos povos até hoje.
Seus autores são Marcelo Grondin (95) e Moema Viezzer (82), lutadores incansáveis e companheiros de vida. Moema é educadora popular, feminista e autora de “Se me permitem falar”, o livro mais vendido na Bolívia, atrás apenas de alguns textos religiosos. Marcelo é sociólogo, economista, historiador e autor de vários livros entre os quais figuram uma gramática quíchua e uma aimará.
Maior genocídio da Humanidade foi feito por europeus nas Américas: 70 milhões morreram
Na entrevista que compartilhamos hoje, ambos continuam se emocionando ao recordar as descobertas que foram fazendo em sua pesquisa, os desencantos que sofreram e o entusiasmo que os anima perante o fortalecimento da presença indígena em todo o continente e o processo de descolonização que está em formação.
Depois de analisar os números de vítimas nas cinco regiões estudadas (Caribe, os Andes, México, Brasil e EUA), Marcelo afirma que “o genocídio continua”, estimulado pela permanente apropriação de terras em todos os países.
“Vivemos em um território roubado”, manifesta. E acrescenta: “Não podemos fechar os olhos. Temos responsabilidade neste genocídio”.
Depois, seguindo o conteúdo do livro, falarão da terra, da língua, da diversidade, do exemplo da Bolívia, da contribuição indígena necessária ao processo mundial.
Eles proporão “mudar a geografia mental” e manifestarão seu desejo de que a resistência que cresce em todo o continente o transforme o quanto antes em Abya Yala, terra que floresce, terra madura.
abracocultural.org
“Não podemos fechar os olhos. Temos responsabilidade neste genocídio”
Convidamos vocês a desfrutar deste caloroso encontro em que seus protagonistas nos contam o que sabem, confiam-nos o que sentem, recitam-nos um poema em quíchua, leem-nos um pedido em guarani e, definitivamente, oferecem-nos generosamente um valioso trabalho. “É a primeira vez que falo assim”, comenta Marcelo sobre o final da entrevista e Moema confirma, feliz.
O que é o Marco Temporal contra o qual milhares de indígenas lutam em Brasília?
Nós agradecemos a ambos a confiança e, acima de tudo, o que fizeram até aqui e o que continuam fazendo.
Alicia Blanco para o Pressenza
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