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ToggleDonald Trump e sua equipe de segurança asseguraram neste domingo (22) que os Estados Unidos não estão em guerra com o Irã — mesmo após lançar megabombas e mísseis Cruise contra o país em coordenação com Israel — e que também não estão buscando uma mudança no regime iraniano. Enquanto isso, um incomum coro de vozes liberais e conservadoras acusa que foi uma ação inconstitucional que pode levar a outra guerra interminável dos Estados Unidos.
“Não estamos em guerra com o Irã, estamos em guerra com o programa nuclear do Irã. Não temos nenhum interesse em um conflito prolongado. Nenhum interesse em colocar botas no chão”, afirmou o vice-presidente J.D. Vance em vários noticiários na manhã de domingo (22).
Ele acrescentou: “Simpatizo com os americanos que estão exaustos após 25 anos de enredos no Oriente Médio. Entendo a preocupação, mas a diferença agora é que, naquela época, tínhamos presidentes tolos. Agora temos um presidente inteligente”.
Mais tarde, em uma mensagem pouco clara em sua rede social, Trump indicou que talvez uma mudança de regime fosse bem-vinda caso Teerã não se submeta às exigências de Washington, perguntando: “Por que não haveria uma mudança de regime?”
Mas nem todos compartilharam essa avaliação (não a respeito da capacidade mental do presidente, mas sobre o conflito). Em um comício em Oklahoma, o senador Bernie Sanders caracterizou a nova guerra como “grosseiramente inconstitucional”, afirmando: “A única entidade que pode levar este país a uma guerra é o Congresso dos Estados Unidos. O presidente não tem esse direito”. E diante do que seu público de milhares de pessoas, gritou em coro: “Chega de guerras”.
Fundamento para impeachment
Por sua vez, a deputada federal progressista Alexandria Ocasio-Cortez declarou que a decisão de Trump de bombardear o Irã “dá claramente o fundamento para seu impeachment”.
O deputado republicano ultradireitista Thomas Massie disse no mesmo sentido: “Isso não é constitucional” – comentário que foi imediatamente condenado por Trump como “fraco e ineficaz”. Outra deputada ultradireitista, Marjorie Taylor Greene, já havia declarado, pouco antes do bombardeio: “Toda vez que os Estados Unidos estão à beira da grandeza, nos envolvemos em outra guerra… Não haveria bombas caindo sobre o povo de Israel se (o primeiro-ministro israelense, Benjamin) Netanyahu não tivesse bombardeado o povo do Irã primeiro”.
O influente comentarista conservador Tucker Carlson e o ex-estrategista de Trump, Steve Bannon, vinham alertando contra a entrada dos Estados Unidos no conflito contra o Irã, embora no domingo (22) tenham sido mais cautelosos ao criticar a figura que ajudaram a eleger duas vezes. “O que ele não quer é ser arrastado ainda mais para essa situação”, disse Bannon em seu podcast War Room. “Poderiam dizer que estou limitando esta guerra, que não sou parte da mudança de regime que Israel deseja, mas haverá muita pressão para fazer mais”, advertiu.
Pesquisas feitas antes da ação militar de sábado (21) mostravam que uma maioria de mais de 60% da população americana se opunha ao envolvimento das forças armadas dos Estados Unidos na guerra de Israel com o Irã e, ainda mais significativo, a maioria dos republicanos do partido do presidente também era contrária. Talvez por isso, Trump insista que “esta guerra não é uma guerra”.
No entanto, a maioria dos políticos republicanos, de forma disciplinada, acabou expressando apoio ao seu líder após os ataques, assim como vários democratas. Opositores de ambos os partidos impulsionaram um projeto de lei para obrigar a aprovação do Congresso antes de qualquer guerra, mas por ora isso não deve prosperar nesta conjuntura. A Casa Branca justifica que não precisa da autorização do Congresso para lançar um ataque militar, com base na exceção constitucional para emergências: o argumento foi de que o país está sob ameaça de um ataque, ao apontar que o Irã declarou “morte à América” e estaria prestes a ter uma arma nuclear para realizar tal ameaça.
Apesar da vitória cantada pelo presidente sobre o êxito do ataque ao destruir completamente as instalações nucleares do Irã, a liderança militar estadunidense foi mais cautelosa. O chefe do Estado-Maior, Dan Caine, declarou ainda no domingo (22) que os informes iniciais apontam para “dano severo e destruição” do programa nuclear do Irã, mas advertiu que levará tempo para avaliar até que ponto a capacidade nuclear do país foi realmente afetada.
Conflito de longo prazo
Poucos aqui acreditam que esta será uma guerra de curto prazo. “Trump provavelmente permitiu que Israel o arrastasse para uma guerra longa, embora sua intensidade possa variar”, declarou Trita Parsi, especialista em relações e negociações entre Estados Unidos e Irã, e vice-presidente executivo do centro de análise Quincy Institute for Responsible Statecraft.
“Ainda que Washington queira pôr fim à sua participação depois de uma represália mais ou menos simbólica por parte do Irã, os israelenses o pressionarão a continuar bombardeando Teerã porque o programa nuclear não foi verdadeiramente destruído. E mesmo que seja devastado, o pressionarão a atacar o programa de mísseis da república islâmica, e depois as forças convencionais daquele país, e assim por diante. Além disso, temos visto que Trump é, ao fim do dia, bastante vulnerável à pressão israelense.”
Versões da mídia aqui confirmam que Trump solicitou ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que bombardeasse as baterias de mísseis antiaéreos da república islâmica antes dos bombardeios pelos Estados Unidos, evidência adicional da estreita coordenação militar entre os dois governos.

Especialistas opinam que é pouco provável que o bombardeio estadunidense tenha conseguido eliminar o programa nuclear do Irã e, portanto, este conflito tende a se prolongar.
Não proliferação atômica perde sentido
Uma consequência de longo prazo do ataque estadunidense ao Irã pode ser o fim do esforço internacional para controlar as armas nucleares em escala mundial, apontaram vários analistas.
“Se dois Estados com armas nucleares bombardearam um Estado sem tal arsenal, sem sequer terem sido atacados, isso sacudirá o mundo e levará outros países a concluir que precisam de armas atômicas para dissuadir os Estados que já as possuem”, afirmou Parsi.
Trump permaneceu na Casa Branca neste domingo (22) e, em comentários a jornalistas, advertiu o Irã de que “qualquer represália contra os Estados Unidos da América será enfrentada com uma força muito maior do que a testemunhada [no sábado]”.
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O analista político veterano Robert Kagan, escrevendo na revista The Atlantic antes de Trump ordenar o ataque de sábado, opinou: “Não consigo pensar em nada mais perigoso para a democracia estadunidense neste momento do que entrar em guerra. Pensem em como o chefe do Executivo poderia usar um estado de guerra para fortalecer seu controle ditatorial em casa. Trump declarou um estado de emergência nacional em resposta a uma ‘invasão’ inexistente de gangues venezuelanas – imaginem o que fará quando os Estados Unidos estiverem realmente em guerra com um país de verdade, um que muitos americanos temem. Tolerará a dissidência em tempos de guerra?”
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Kagan concluiu: “Hoje, os próprios Estados Unidos estão em risco de se tornar uma ditadura militar. Suas instituições democráticas liberais estão desmoronando. O experimento dos fundadores pode estar chegando ao fim. Uma guerra com o Irã provavelmente aceleraria sua derrocada.”
Trump: ninguém sabe o que farei
Na semana passada, Trump se reuniu com seus assessores na sala de situações da Casa Branca para avaliar se bombardearia uma zona metropolitana de 17 milhões de pessoas no Irã. Porém, na noite de 17 de junho, encontrou tempo para avisar ao mundo que, entre decisões de vida ou morte, ele pessoalmente estava cuidando de outro assunto muito importante para todos.
“É minha grande honra anunciar que estarei instalando dois belos mastros de bandeira de cada lado da Casa Branca, norte e sul”, escreveu o mandatário em sua rede social. “É um presente meu, algo que sempre esteve faltando neste lugar magnífico.”
No mundo de Trump, sempre há surpresas e mudanças inesperadas de agenda (até para sua própria equipe). Na manhã de 18 de junho, ele apareceu no jardim da Casa Branca para tirar fotos com os trabalhadores da construção civil enquanto enormes guindastes iniciavam a instalação dos mastros. “Sempre disse: por que não tem um mastro? Este é talvez o maior mastro que vocês já viram, é usado… são os melhores mastros de todo o país, do mundo, realmente.” Explicou que os trabalhadores “levantariam” os mastros por volta das 11 da manhã – e comentou aos jornalistas ao seu redor que poderia ter usado outra palavra que começa com “e”, mas decidiu não fazê-lo para evitar piadas. “É um projeto muito excitante para mim”, concluiu.
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“É muito patriótico. Estamos fazendo as coisas certas como país”, acrescentou o mandatário diante da imprensa, pouco antes de se descontrolar e atacar o presidente do banco central – a Reserva Federal – declarando que “não é uma pessoa inteligente”.
Alegações contra o Irã
Os jornalistas presentes no evento dos mastros – a quem Trump novamente classificou como produtores de “fake news” – tinham outras perguntas. “Poderia o senhor apenas responder se os Estados Unidos estão se aproximando de um ataque às instalações nucleares do Irã?”, indagou um deles.
“Você não pensa seriamente que eu vou responder essa pergunta, não é?”, disse. “Poderia fazer, poderia não fazer. Ninguém sabe o que eu vou fazer.”
Continuou: “O Irã tem muitas dificuldades. E querem negociar. Eu disse: por que não negociaram comigo antes? Toda essa morte e destruição… Poderiam ter saído muito bem. Teriam um país, é muito triste observar isso.” O repórter perguntou se já não seria tarde demais para evitar tudo isso. “Nada é demasiado tarde”, respondeu o presidente.
Pouco depois, assegurou que “um acordo ainda pode ser alcançado” e afirmou – apesar de todas as evidências contrárias – que “o Irã estava a poucas semanas de ter uma arma nuclear”.
Outro repórter pediu que explicasse sua mensagem publicada nas redes sociais no dia anterior, onde simplesmente escreveu duas palavras: “rendição incondicional”. O mandatário respondeu: “Você sabe o que significa, significa que já estou farto. Me entrego. Não dá mais”, disse Trump, levantando ambos os braços. Afirmou que, se a rendição não fosse aceita, os Estados Unidos destruiriam as instalações nucleares do Irã.
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Enquanto tirava fotos com os trabalhadores instalando os mastros, os jornalistas estavam interessados em algo mais sério, apontando que, entre suas bases de apoio, havia preocupação com a possibilidade de uma guerra de longo prazo. Então, Trump disse que não deseja um conflito prolongado: “só quero uma coisa: o Irã não pode ter uma arma nuclear”. Caso isso acontecesse, alegou: “Eles usariam contra nós, contra outros, e seria um terror para o mundo todo”.
Guerra desaprovada
Irritado com as afirmações de que parte de sua base não apoia uma guerra, afirmou: “Meus simpatizantes estão mais apaixonados por mim, e eu por eles, do que no dia em que me elegeram… por uma maioria esmagadora.” Não foi uma maioria esmagadora e, segundo pesquisas recentes, uma maioria dos que votaram em Trump se opõe a uma guerra contra o Irã.
Especulou-se muito, neste país, sobre por que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu atacou o Irã apenas dias antes de os negociadores de Trump estarem preparando um acordo de paz, que incluiria impedir que o Irã construísse uma arma nuclear. Foi nesse contexto que um jornalista perguntou a Trump o que havia dito ao seu homólogo israelense. “Siga em frente”, respondeu o presidente, com seu boné branco com o slogan “Make America Great Again”. “Falo com ele todos os dias: está fazendo muito… Até agora está fazendo um ótimo trabalho.” Ninguém entre os jornalistas perguntou por Gaza.
Os intercâmbios com a imprensa frequentemente abordam múltiplos temas, e nesta ocasião não foi diferente. Retomou sua insistência de que a Rússia jamais teria invadido a Ucrânia se ele estivesse na Casa Branca. “Putin nunca teria feito isso. De fato, falei com ele ontem (17). Realmente se ofereceu para mediar (entre Irã e Israel). Eu disse: ‘faça-me um favor, resolva a questão da Rússia primeiro’”, numa aparente referência à guerra na Ucrânia.
E, é claro, não faltaram referências à deportação em massa de “criminosos”, à saúde mental de Joe Biden quando era presidente, e à militarização de Los Angeles. Mas, com um sorriso, Trump voltou repetidamente ao tema de seus mastros, explicando tudo, desde a areia ao redor das bases até o sistema para mantê-los de pé.
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Perguntado sobre a diferença entre seu primeiro mandato na Casa Branca e este, Trump respondeu aos jornalistas: “No meu primeiro mandato vocês me perseguiam. Eu era a caça. Agora sou o caçador.”
Rachas na coalizão de Trump
Donald Trump está enfrentando a realidade de que é mais difícil governar do que fazer campanha. Em 15 de junho, o mandatário declarou ao mundo, por sua rede social, que “Irã e Israel devem chegar a um acordo”. Dois dias depois, na terça-feira (17), exigiu a “rendição incondicional” de Teerã. Esses giros inesperados também têm marcado tanto sua política anti-imigratória quanto a comercial.
A Casa Branca reitera que essas mudanças são parte de seu estilo de negociação tão elogiado (por ele e sua equipe) e que não revelam nenhuma mudança de política, hesitação ou incerteza. Mas, decidindo ou não envolver os Estados Unidos na guerra de Israel contra o Irã, o que fica claro são fraturas profundas no chamado movimento MAGA (Make America Great Again), que também têm afetado e podem causar graves problemas em outras áreas como imigração, tarifas e relações com o México.
Na semana passada, três figuras de grande influência no movimento trumpista – o locutor e comentarista Tucker Carlson, o comentarista e estrategista político de direita Steve Bannon e o organizador do movimento estudantil conservador Charlie Kirk – se pronunciaram publicamente contra o impulso de levar os Estados Unidos a uma guerra contra o Irã. “Se os Estados Unidos promoverem a troca de regime no Irã, não será a primeira vez. Também o fizemos nos anos 1950… O resultado a longo prazo desse golpe de Estado foi desastroso”, comentou Kirk em seu programa de rádio. Bannon e Carlson atacaram os “belicistas” que estavam tentando arrastar o presidente para uma guerra desnecessária com graves consequências para os Estados Unidos.
Durante sua campanha presidencial, Trump declarou repetidamente que poria fim a todo envolvimento dos Estados Unidos em guerras ao redor do mundo para focar na “América primeiro”. Criticando seus antecessores democratas e republicanos por criarem conflitos bélicos desnecessários, prometeu que só ele poderia alcançar um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia em 24 horas, evitaria uma guerra com a China, talvez firmaria um acordo de paz com a Coreia do Norte e, uma vez na Casa Branca, afirmou que buscava um acordo com o Irã.
No entanto, ao sair da reunião do G7, na segunda-feira (16), para retornar a Washington, a retórica de Trump indicava que agora estava favorecendo a opção militar contra a nação iraniana. “Sabemos exatamente onde está escondido o chamado ‘Líder Supremo’. É um alvo fácil, mas está seguro lá – não vamos eliminá-lo (matar!), pelo menos não por enquanto”, ameaçou. Admitiu que os Estados Unidos já estão diretamente envolvidos, afirmando: “Agora temos controle completo e total dos céus sobre o Irã”. E concluiu com mais uma mensagem: “Rendição incondicional!”
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Com isso, não apenas detonou uma torrente de especulações entre os “especialistas” e os meios de comunicação – exatamente o que desejava – mas também expôs a ausência de consenso dentro de seu próprio círculo.
Ao mesmo tempo, diante dos novos tambores de guerra, legisladores democratas e, notavelmente, alguns republicanos, impulsionaram projetos de lei para obrigar o presidente a solicitar autorização do Congresso antes de ordenar ações militares contra o Irã. O senador Bernie Sanders liderou essa iniciativa no Senado, com outros sete colegas. Um deles, o republicano Rand Paul, declarou que “não é tarefa dos Estados Unidos se envolver na guerra israelense contra o Irã”. Na Câmara dos Deputados, o democrata Ro Khanna se uniu ao republicano ultraconservador Thomas Massie para promover um projeto de lei paralelo ao de Sanders, copatrocinado pelos deputados progressistas Alexandria Ocasio-Cortez, Greg Casar, Jesús Chuy García, Ilhan Omar, entre outros.
Nenhum desses projetos de lei prosperou a tempo de impedir o presidente de atacar o Irã, mas o intenso debate público sobre o tema também está se acirrando dentro da Casa Branca desde o início. “O que dizem é que todos estão buscando a atenção do presidente, e as batalhas só estão esquentando cada vez mais”, comentou ao La Jornada uma fonte que mantém conversas frequentes com integrantes do gabinete e seus assessores no governo de Trump.
Essas disputas sobre Irã e guerras também ocorrem em torno de outros temas. Foi Trump quem assegurou que as ameaças de tarifas resultariam em acordos comerciais favoráveis para os Estados Unidos sem provocar inflação, e que o endurecimento da política anti-imigratória traria benefícios imediatos ao país. Mas, em todas essas áreas, Trump não conseguiu cumprir suas promessas e, pior, agora está enfurecendo partes de suas bases conservadoras e gerando rejeição a suas políticas entre supostos aliados.
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Isso ficou evidente há duas semanas, quando Trump ordenou ao seu serviço de imigração (ICE) que pausasse as operações de batidas contra os setores agrícola, de restaurantes e hotelaria, após receber queixas e pressões de empresários e agricultores. Mas, já em 16 de junho, foi noticiado que a Casa Branca estava anulando essa ordem para retomar os operativos anti-imigrantes nesses setores novamente.
Essa mesma dinâmica ocorre com as tarifas. Há duas semanas, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, explicou que espera estender a pausa de 90 dias sobre tarifas com alguns dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, outro assessor do presidente, Peter Navarro, insistia que as tarifas de 50% sobre o aço “são necessárias para proteger a indústria americana”.
Essas disputas internas estão inclusive afetando a relação com o México, além dos temas de sempre. Foi Charlie Kirk quem acusou primeiro, em seu influente podcast, que Claudia Sheinbaum estava incentivando protestos violentos em Los Angeles. Menos de 12 horas depois, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, repetiu essa acusação durante uma reunião na Casa Branca com o presidente. Trump não reiterou, mas tampouco corrigiu.
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