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Por que a Venezuela é um objetivo geopolítico prioritário para os Estados Unidos?

Cerco contra o governo venezuelano objetiva apropriação de reservas petrolíferas e minerais por empresas estadunidenses
Telesur
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Caracas

Tradução:

O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, denunciou que o verdadeiro objetivo de impor um novo governo pelos Estados Unidos na nação sul-americana é apropriar-se dos recursos energéticos e minerais de seu país.

“Eles têm a ambição pelo petróleo, gás e ouro, e nós dizemos: 'essas riquezas não são suas, são do povo da Venezuela' e é assim que será para sempre”, advertiu Nicolás Maduro na quarta – feira, 23 de janeiro, na capital venezuelana.

Petróleo

De acordo com o CIA World Factbook, de 1 de Janeiro de 2017,  a Venezuela teve a maior estimativa de reservas de petróleo comprovadas em qualquer país do mundo, incluindo a Arábia Saudita.

Em novembro de 2017, o país sul-americano tinha 300.878.033 milhões de barris de reservas comprovadas no Cinturão do Petróleo de Orinoco “Hugo Chávez”.

Após a posse de Nicolás Maduro para um segundo mandato, o governo de Donald Trump  começou a considerar a possibilidade de expandir suas sanções ao petróleo venezuelano para pressionar o presidente constitucional.

Analistas de petróleo indicaram que o objetivo, além de impedir a venda de petróleo para a China, é garantir uma fonte estável de petróleo para atender o mercado estadunidense que está aumentando e que sua produção atual não consegue suprir.

No último dia 16 de janeiro, o Departamento de Energia dos EUA revelou que as reservas caíram em 2,7 milhões de barris, para 437,1 milhões.

Em termos de reservas comprovadas de gás, a Venezuela tinha 198,3 trilhões de pés cúbicos em 2017, segundo o Ministério do Petróleo.

A distribuição das novas reservas provadas são distribuídos em 2,3 trilhões de pés cúbicos de áreas tradicionais de Maracaibo, Maturin, Barcelona, Cumana e Barinas, e 718,7 trilhões nos blocos da Faixa Petrolífera do Orinoco.

Recursos de mineração

A Venezuela denunciou a campanha internacional promovida pelos Estados Unidos. contra o Arco Mineiro, onde se concentram as reservas de ouro, diamantes e outros minerais, como o coltan.

A campanha contra o Arco Mineiro tem procurado aumentar os níveis de sufocamento econômico na Venezuela, apresentando o ouro venezuelano como produto do tráfico e da corrupção. 

Em 2018, a Venezuela avançou na certificação de mais de 30 campos de ouro no país, com o objetivo de se estabelecer “como a segunda maior reserva de ouro do planeta”.

Durante o ano passado e apesar das sanções, a nação sul-americana recebeu um aumento de 200% nas exportações não petrolíferas em relação a 2017, principalmente ouro vendido para Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e especialmente para a Turquia.

Nos primeiros meses de 2018, a Venezuela exportou 23,62 toneladas de ouro para a nação euro-asiática, no valor de 900 milhões de dólares.

Ao representar uma alternativa ao petróleo e uma das maiores reservas de ouro comprovadas do mundo, os EUA renovou seu interesse em se apropriar desse mineral e obstruir as trocas comerciais que a Venezuela mantém com a Rússia e a Turquia no Arco Mineiro.

Como Nicolás Maduro denunciou o verdadeiro objetivo de Washington na Venezuela é aproveitar os imensos recursos naturais e minerais da nação sul-americana.

Assista o programa especial da Tv Diálogos do Sul sobre a Venezuela:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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