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Risco regional afastou ideia de intervenção militar na Venezuela, diz parlamentar

Um conflito nesta área, disse o líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), provocaria uma reação em todos os povos da região
Redação Sputnik Brasil
Sputnik Brasil
Brasília (DF)

Tradução:

O governo dos EUA sabe que uma intervenção militar na Venezuela é um grande risco para a região, então era esperado que os membros do Grupo de Lima se distanciarem dessa possibilidade, disse o deputado constituinte venezuelano Mario Silva à Sputnik.

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“A linha trazida pelo [vice-presidente americano Mike] Pence é 'não pode haver intervenção', porque é um grande risco para o hemisfério, não só para a América, mas para os países do hemisfério. Para os países latino-americanos, uma guerra, um conflito armado de alta intensidade, seria terrível para o continente”, afirmou Silva.

Na segunda-feira, os países que compõem o Grupo de Lima se reuniram em Bogotá, na Colômbia, e em sua declaração final incluiu um dos 18 pontos que buscam uma saída conduzida pelos cidadãos na Venezuela e sem o uso da força.

O político venezuelano ressaltou que essa afirmação é uma vitória para a Venezuela, porque ocorreu depois que o plano que eles haviam estruturado “para conseguir uma intervenção” não funcionou, mas ajudou-os a calcular as possíveis consequências.

E, um conflito nesta área, disse o líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), provocaria uma reação em todos os povos da região.

“[Uma intervenção] uniria todos os povos e o uso de tropas pelos Estados Unidos, mesmo dentro dos governos [aliados dos EUA], acabaria cedendo a um grande movimento social na América Latina, o que seria um derrota”, avaliou.

Silva destacou que o objetivo era causar mortes na fronteira com a Colômbia, que foi fechada, argumentando forçosamente entrar alguns caminhões com cargas doados pelos Estados Unidos e outros países, e provocar uma guerra civil que começaria na Venezuela e se expandiria por todo o território.

Um conflito nesta área, disse o líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), provocaria uma reação em todos os povos da região

Agência Brasil
"Eles esperavam uma guerra civil na fronteira que se multiplicaria em direção à Venezuela"

“[Uma intervenção] uniria todos os povos e o uso de tropas pelos Estados Unidos, mesmo dentro dos governos [aliados dos EUA], acabaria cedendo a um grande movimento social na América Latina, o que seria um derrota”, avaliou.

Silva destacou que o objetivo era causar mortes na fronteira com a Colômbia, que foi fechada, argumentando forçosamente entrar alguns caminhões com cargas doados pelos Estados Unidos e outros países, e provocar uma guerra civil que começaria na Venezuela e se expandiria por todo o território.

“Eles esperavam uma guerra civil na fronteira que se multiplicaria em direção à Venezuela”, acusou. 

Além disso, o político falou das deserções no Exército venezuelano, algumas envolvendo militares que pediram abrigo na Colômbia, e disse que 100 soldados representam nada, porque seu país mais de 300.000 homens compõem as Forças Armadas.

Por outro lado, ele afirmou que a partida destes militares pode estar relacionada com o plano para criar um “esquadrão de mercenários” ou semelhante ao dos “contrarrevolucionários” da Nicarágua (1990-1991), uma organização criminosa financiada pelos EUA para derrubar o Frente Sandinista da Libertação Nacional.

A este respeito, ele destacou neste momento, apesar do que aconteceu no fim de semana representa uma “grande vitória”, a Revolução Bolivariana liderada pelo presidente Nicolás Maduro deve permanecer alerta, porque “os gringos não vão ficar parados”.

Nesta nova etapa, disse ele, os seguidores do governo devem “preparar-se para outra batalha de maior intensidade”, que inclui defesa, resistência interna e paz para se concentrar na produção para melhorar as condições econômicas.

Os confrontos na fronteira com a Colômbia foram registrados depois que a oposição declarou que levaria ajuda humanitária à Venezuela de qualquer forma, apesar da recusa do governo. Esta situação deixou mais de 300 feridos e pelo menos 4 mortos.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Sputnik Brasil

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