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Oposição boliviana pretende entregar o país aos EUA denuncia ministro boliviano

Carta enviada a Donald Trump é uma arma fatal contra o povo boliviano e vai servir como um instrumento que legitima as operações subversivas
Redação Prensa Latina
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A oposição boliviana apoia hoje com suas ações as tentativas de intervenção dos Estados Unidos para tomar o controle do país, opinou o ministro da presidência de Bolívia, Juan Ramon Quintana.

Recentemente, legisladores da oposição enviaram uma carta ao presidente estadunidense, Donald Trump, para evitar a candidatura do líder boliviano nas eleições gerais previstas para outubro.

“Essa carta enviada a Donald Trump é uma arma fatal contra o povo boliviano e vai servir como um instrumento que legitima as operações subversivas, encobertas dos EUA contra a Bolívia”, afirmou Quintana durante uma entrevista no programa “˜El Pueblo es Noticia” (O Povo é Notícia), da Bolívia TV.

Segundo detalhou, este país está no mundo das operações encobertas dos EUA para tentar destruir o Processo de Mudança impulsionado pelo presidente Morales e impor o modelo estadunidense de governabilidade.

Durante o período neoliberal, de 1985 a 2005, o custo da privatização e da capitalização de empresas estatais na Bolívia implicou um prejuízo econômico superior aos 20 bilhões de dólares, cifra confirmada por documentação vigente e informação dessa etapa, recordou.

Carta enviada a Donald Trump é uma arma fatal contra o povo boliviano e vai servir como um instrumento que legitima as operações subversivas

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O ministro da presidência de Bolívia, Juan Ramon Quintana.

No entanto – afirmou – atualmente, o Produto Interno Bruto do país é de quase 44 bilhões de dólares, com um investimento público que se traduz em projetos de desenvolvimento para a estabilidade, o crescimento, o emprego, a educação e a saúde.

Quintana explicou que durante os 13 anos de gestão presidencial de Morales, a economia boliviana registrou uma média de crescimento de 4,9%, o que permitiu que mais de três milhões de pessoas saíssem da pobreza e que fossem implementados vários programas sociais.

“Não há um projeto neoliberal que proponha saúde universal, proteção ao cidadão, investimento público ou a empresas estratégicas do Estado” em benefício do povo, disse. 

O ministro se referiu à situação em alguns países da região nos quais “se está produzindo um desmantelamento total de sua economia, que ataca os mais pobres e gera mais pobreza, sem direitos sociais, afetando as aposentadorias e com uma porcentagem elevada de crianças próximas à extrema pobreza'”

Os deputados bolivianos de oposição – disse – pedem a Trump que desapareça com a proteção e os benefícios sociais (…) e que não se redistribua riqueza.

Segundo o ministro da Presidência, esses legisladores pretendem vender o país e essa carta é uma antecipação do que será o futuro da Bolívia se a direita voltar ao governo.

“Com esta carta estão apresentando o programa de Governo da direita anti pátria, pró-imperial, para 2020-2025, que implica um desmantelamento do Estado Plurinacional, ocupação estadunidense contra o povo boliviano e uma intervenção explícita'” agregou. 

Desta forma, a Bolívia ficará despojada de seus recursos naturais, sem o processo de nacionalização, empresas estratégicas, nem bônus, apontou.

Enfatizou que uma intervenção é a carta branca para destruir um país, e precisamente isso é o que a oposição boliviana pede ao Governo estadunidense.

Nesse sentido, Quintana chamou o povo boliviano a ver as imagens dos países onde os EUA intervieram, por exemplo, Iraque, Líbia, Iêmen, e que depois associem a situação nesses lugares com o pedido antipatriótico e inconstitucional dos opositores.

Este 11 de abril, a plenária da Assembleia Legislativa Plurinacional aprovou uma declaração que repudia de maneira contundente a intervenção do Senado dos Estados Unidos na política boliviana.

Antes disso, o Senado estadunidenses emitiu uma resolução em que se manifesta contra uma eventual reeleição do líder boliviano, e aponta um suposto enfraquecimento do sistema democrático nesta nação do altiplano.

O presidente Evo Morales recusou essa ação intervencionista, e pelo contrário, chamou a emitir uma resolução que impeça seu homólogo estadunidense, Donald Trump, de violar os direitos humanos e lhe exija respeitar tanto o direito internacional como o multilateralismo.

“Além disso, deveria instruir que, se são humanos, levantem o bloqueio econômico a Cuba, respeitem todas as resoluções das Nações Unidas e não estar intervindo” em assuntos internos de outros Estados, afirmou o mandatário à Agência Boliviana de Informação.

Assim mesmo, convidou o Senado estadunidense a presenciar as eleições em outubro, pois garantiu que “o povo boliviano lhes pode ensinar como tomar decisões com dignidade e soberania”, escreveu Morales em sua conta no Twitter. 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Prensa Latina

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