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“EUA querem arrebentar a Venezuela e acabar com Cuba”, diz Cônsul Geral cubano

Entrevista exclusiva com com o embaixador e cônsul geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzon, e com a Vice-Presidenta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Noemi Rabasa
Mariane Barbosa
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

“Os Estados Unidos o que querem é arrebentar a Venezuela e acabar com Cuba, Nicarágua e Bolívia. O restante é só palavrório.” A afirmação foi realizada pelo embaixador Pedro Monzon, Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, que juntamente com a vice-presidenta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Noemi Rabasa, concedeu uma entrevista exclusiva à TV Diálogos do Sul.

A entrevista, conduzida pelos editores Paulo Cannabrava Filho e Vanessa Martina Silva, contextualizou a relação de Cuba com os Estados Unidos e também com o Brasil e foi dividida em três partes. Você pode conferir a parte I, “Cuba, sinônimo de solidariedade” e a parte ll, “Lei Helms-Burton: um ataque dos EUA à soberania de Cuba e qualquer país que contrarie sua lei” em nosso canal do YouTube.

Na terceira parte da entrevista, que foi ao ar nesta quarta-feira (14), Pedro Monzon falou sobre a cultura cubana e denunciou a perseguição econômica dos EUA não só a Cuba e à Venezuela, mas também a outros países latino-americanos: “Tudo que cheire a independência eles eliminam. A chave, o fator que tem dividido a América Latina e que historicamente tem evitado que a América Latina se una, é a presença dos Estados Unidos.”

Entrevista exclusiva com  com o embaixador e cônsul geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzon, e  com a Vice-Presidenta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Noemi Rabasa

Prensa Latina
Representantes da embaixada cubana na China se somam à coleta mundial de assinaturas contra o bloqueio imposto por Donald Trump à Venezuela

Monzon criticou também a perseguição econômica a Cuba: “se você quer enviar a um amigo seu um real ou um dólar, os bancos norte-americanos podem confiscá-los, podem confiscar todos os dólares que vão para Cuba e o fazem. Nossa política é evitar o dólar, eles o usam para fazer política, impor seus critérios políticos”. 

O cônsul esclareceu como funciona o projeto dos médicos cubanos e seus acordos pelos países que necessitam de suporte médico. “Cuba tem um dos indicadores mais altos do mundo em médico por habitante: mais de 120. E por isso nos damos o luxo de ajudar muitos países do mundo, nossa posição é solidária”, diz Monzon.

“Ajudamos todo mundo, os mais ricos e os mais pobres. Mas, ajudamos de maneira desinteressada e completamente solidária ao países pobres. Os que não podem pagar”, explica Monzon. 

Representando o Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Noemi Rabasa falou sobre a importância de os povos latino-americanos aprenderem a trabalhar juntos para construir uma América com potencial suficiente para negociar com países de primeiro mundo.

“Se não nos unirmos, nesta diversidade não vamos conseguir que nossa América se fortaleça, seja robusta e capaz de dialogar como igual com a Europa e grandes potências”, disse a presidenta do Icap. “Porque a América Latina só será forte quando se unir. Cada país, por si só, não vai conseguir, que tenhamos essa prevalência que precisamos”, ressaltou.

Assista ao vídeo completo em nosso canal do YouTube:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Mariane Barbosa

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