Pablo Sepúlveda Allende, neto do presidente Salvador Allende (1970-1973), disse hoje que o Chile despertou e que os protestos dos últimos dias são uma rebelião contra o roubo e o abuso ao povo.
Afirmou que é preciso entender que o inimigo é o sistema neoliberal e aqueles que o sustentam e explicou que esta revolução social é a resposta a décadas de injustiça crônica e exploração do povo trabalhador.
“Chile é uma república privatizada onde tudo tem dono: a água, o mar, o cobre, o lítio, tudo roubado pelas transnacionais.”
Pablo afirma que “destruíram nossa natureza” e que o país está com várias zonas de ecossistemas destruídos e comunidades vivendo em zonas insalubres.
Essa rebelião, na sua opinião, significa que o país despertou e é bom que o povo identifique o inimigo que mantém o sistema e quer manter a constituição herdada de Pinochet.
Causa operária
Pablo Sepúlveda Allende
Pablo Sepúlveda Allende é membro da Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade e filho mais velho de Carmen Paz, a filha mais velha do presidente socialista e de Héctor Sepúlveda. Nasceu no México em 1976 durante o exílio de sua família e regressou ao Chile em 1991. É formado pela Escola Latino-americana de Medicina de Cuba.
A Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade manifestou sua solidariedade com o povo do Chile, após a repressão pelas forças policiais.
Em uma declaração, denunciou a criminalização do protesto social pelo governo de Sebastián Piñera, especialmente contra crianças e adolescentes que protagonizaram as manifestações dos últimos
Denunciou que estes fatos constituem graves violações aos direitos humanos e condenou energicamente as vergonhosas medidas tomadas pelo governo, inclusive o estado de emergência que gera a restrição do direito de reunião e de livre locomoção, medidas próprias de uma ditadura.
A Rede faz um apelo a intelectuais, artistas, homens e mulheres do mundo a manifestar-se e condenar a crise no Chile e reiterou seu apoio aos protestos da cidadania e sua completa solidariedade com as lutas sociais para alcançar um país mais justo para todas e todos.
*Tradução: Beatriz Cannabrava
**Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.
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