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Personalidades globais alertam sobre planos dos Estados Unidos contra Venezuela

Documento defende ainda que é urgente o imediato levantamentos das sanções unilaterais contra a Venezuela, Cuba, Nicarágua, Irã, Síria, Palestina e Zimbabué
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Buenos Aires

Tradução:

Destacadas personalidades, entre elas três Prêmios Nobel, alertaram hoje sobre a ameaça dos Estados Unidos de travar unilateralmente um suposta guerra contra as drogas, com falsas acusações sobre a Venezuela, enviando navios e porta-aviões ao mar do Caribe. 

Em um apelo, figuras como os Prêmios Nobel Adolfo Pérez Esquivel (Argentina), Rigoberta Menchú (Guatemala) e Jody Williams (Irlanda), denunciam que os Estados Unidos ameaça invadir diretamente a Venezuela ou em “apoio” a um golpe de estado cruento que estaria sob sua direção, que terá ademais derivações bélicas contra outros países como Cuba e Nicarágua. 

No documento, assinado por mais de 100 personalidades, os que firmam apoiam o chamado do Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, a depor toda ação bélica em curso no planeta e unir esforços pelo estabelecimento da paz e da derrota da Covid-19.

Documento defende ainda que é urgente o imediato levantamentos das sanções unilaterais contra a Venezuela, Cuba, Nicarágua, Irã, Síria, Palestina e Zimbabué

Marcelo Camargo/Agência Brasil
"Pedimos aos povos do mundo que somem sua voz a este apelo. Que a paz seja conosco”

Tragédia humanitária

O alto funcionário advertiu sobre a tragédia humanitária que se está vivendo, em que os mais vulneráveis – as mulheres e as crianças, as pessoas com deficiências, as pessoas marginadas e deslocadas – pagam o preço mais elevado, recorda o texto.

Também são elas que têm um maior risco de sofrer devastadoras perdas pela Covid-19. Não se pode esquecer que nos países devastados pela guerra houve um colapso dos sistemas de saúde, agrega.

Os que firmam o documento demandam “uma ação urgente de todos os governos do mundo diante desta ameaça contra a sobrevivência da humanidade para deter qualquer conflito bélico que só agravaria a dramática situação de saúde, pobreza, desigualdade e de injustiça que ficou em evidência com esta pandemia”. 

É o dever dos países que ocasionaram essas guerras tão desiguais e cruéis, e das quais nunca se responsabilizaram, assumir de uma vez por todas sua responsabilidade diante dos milhões de deslocados que fugiram do terror dos bombardeios e da destruição, obrigando-os a renunciar a viver em seus territórios, agrega o texto. 

Basta de violência contra nações

Por outro lado figuras como Nora Cortiñas, Stella Calloni e Atilio Borón (Argentina), Fernando Buen Abad (México), Federico Mayor (Espanha) e Hernando Calvo Ospina (Colômbia) sublinham que diante desta pandemia que não tem fronteiras, nem seleção ideológica, rechaçam toda ação de violência e de perseguição de uns países contra outros. 

Em consequência, urge levantar de imediato as sanções unilaterais contra a Venezuela, Cuba, Nicarágua, Irã, Síria, Palestina, Zimbabué e outros, de maneira que, uma vez superada a pandemia, possamos nos reunir em paz e reconstruir juntos uma nova ordem internacional fundada na justiça, na dignidade, no direito internacional e nos valores humanitários. 

“Pedimos aos povos do mundo que somem sua voz a este apelo. Que a paz seja conosco”, conclui o documento, subscrito também por Martín Almada (Prêmio Nobel Alternativo Paraguai), Omar González (Cuba), Alejo Ramos Padilla (Argentina), Paulo Cannabrava (Brasil), Luisa Valenzuela (Argentina), Carmen Bohórquez (Venezuela) e Marilia Guimarães (Brasil).

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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