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Venezuela acusa Estados Unidos e Colômbia de apoiarem incursão armada mercenária

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou o apoio dos dois países a ação terrorista ocorrida no domingo no estado costeiro de La Guaira
Redação AbrilAbril
AbrilAbril
Lisboa

Tradução:

Numa conferência de imprensa que concedeu ontem no Palácio de Miraflores (sede do governo), a vice-presidente afirmou que, nas próximas horas, o executivo venezuelano apresentará “provas contundentes” que evidenciam o envolvimento de Washington e Bogotá na tentativa de invasão levada a cabo por mercenários na costa do país caribenho na madrugada de domingo.

De acordo com Rodríguez, esse elementos irão esclarecer melhor a frustrada operação armada, através da qual os mercenários procuravam provocar o caos no país e realizar um golpe de Estado contra o presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro.

Rodríguez afirmou que os acontecimentos ocorridos este domingo na localidade costeira de Macuto, a 30 quilómetros de Caracas, são uma “ação mercenária”, que teve a participação de agentes da Administração para o Controlo de Drogas dos EUA (DEA; um órgão policial do Departamento da Justiça) e de membros do narcotráfico ligados à extrema-direita venezuelana.

“Queriam violar a integridade territorial da Venezuela no meio desta pandemia (Covid-19) que ameaça a humanidade”, frisou Rodríguez, citada pela Prensa Latina, em alusão à tentativa de invasão, que foi neutralizada pela ação imediata da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e das Forças de Ações Especiais da Polícia Nacional Bolivariana.

De acordo com o saldo preliminar das autoridades venezuelanas, oito atacantes foram mortos e dois foram presos, tendo sido ainda apreendidas várias armas de fogo e outros equipamentos militares.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou o apoio dos dois países a ação terrorista ocorrida no domingo no estado costeiro de La Guaira

Tarek Wiliam Saab
A tentativa de invasão foi abortada devido à pronta resposta das forças militares e policiais venezuelanas

Operação Gedeón assumida

A vice-presidente referiu ainda o fato de um conhecido mercenário estadunidense e um ex-militar venezuelano terem atribuído a si mesmos a responsabilidade pela ação terrorista contra o país caribenho, designada “Operação Gedeón”.

Num vídeo publicado nas redes sociais, o mercenário militar estadunidense Jordan Goudreau e o ex-capitão Javier Nieto Quintero assumiram a responsabilidade dos acontecimentos em La Guaira e fizeram um apelo aos oficiais e soldados da FANB para que se revoltassem.

A este propósito, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, escreveu na sua conta de Twitter que “responsáveis estadunidenses e venezuelanos que planearam a invasão armada falhada na costa começam a aparecer e a assumir a autoria. Estes mercenários envolvem a Colômbia diretamente. Senhores do governo de Iván Duque: não se pode tapar o sol com uma peneira”, disse.

Além destas informações oficiais, nas redes sociais a jornalista venezuelana Patricia Poleo publicou o contrato assinado entre o deputado da oposição Juan Guaidó e a empresa de mercenários Silvercoop, de Jordan Goudreau.

De acordo com Poleo, este contrato assinado entre Guaidó e Goudreau – com experiência nas invasões dos EUA ao Iraque e ao Afeganistão – garantia o desenvolvimento da operação, que tinha como objetivos provocar um golpe de Estado e assassinar alguns altos dirigentes bolivarianos.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
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