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União cívico-militar derrotou tentativa de invasão da Venezuela articulada por Guaidó

Articulação entre Forças Armadas, Polícia e milícias populares foi determinante para derrotar iniciativa orquestrada com apoio dos governos de Colômbia e EUA
Redação AbrilAbril
AbrilAbril
Lisboa

Tradução:

Numa declaração ontem transmitida pela TV, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que “13 terroristas foram capturados” na costa marítima venezuelana, numa ação coordenada entre a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), forças especiais da Polícia e membros das milícias populares que “participam na defesa da paz e da soberania nacional”.

As forças de segurança apreenderam material de guerra e estão dando continuidade à operação de detenção dos restantes mercenários participantes na tentativa de incursão armada marítima, disse o chefe de Estado, que denunciou o envolvimento do governo colombiano e da administração estadunidense “nas ações terroristas”

Nicolás Maduro afirmou que, “na Colômbia, está sendo preparado um ataque terrorista contra a Venezuela” e que Donald Trump, confrontado com “a tragédia humanitária suscitada pela Covid-19”, tenta desviar as atenções atacando o país caribenho. “É criminoso fazer isto no meio de uma pandemia”, acusou, acrescentando que os EUA pretendem “criar um cenário de violência na Venezuela para justificar uma escalada militar de intervenção”, como registrou a TeleSur.

De acordo com o chefe de Estado, o governo dos EUA delegou a preparação desta ação à Administração para o Controle de Drogas dos EUA (DEA, na sigla em inglês), tendo o planeamento operacional ficado a cargo da empresa privada de mercenários Silvercorp.

Nicolás Maduro afirmou ainda que o DEA procurou unir esforços a grupos ligados ao narcotráfico, com o objetivo de “propiciar o terrorismo” no país sul-americano: “a DEA procurou os capos e cartéis da Alta Guajira colombiana, da Guajira venezuelana e de vários estados do país, particularmente Falcón, La Guaira, Caracas e Miranda”, disse.

Articulação entre Forças Armadas, Polícia e milícias populares foi determinante para derrotar iniciativa orquestrada com apoio dos governos de Colômbia e EUA

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Grupo de mercenários detidos esta segunda-feira em Chuao (estado de Aragua), com a ajuda dos pescadores locais

Alerta na costa desde 1 de Maio

O dono da empresa de mercenários, Jordan Goudreau, reconheceu numa entrevista ter assinado um contrato com setores da extrema-direita venezuelana – referiu Maduro –, para mandar mercenários para o país e ali executar ações terroristas contra autoridades.

Mostrou também os documentos de dois dos detidos nas operações na costa marítima venezuelana, cidadãos estadunidenses identificados como Luke Denman e Airan Berry, ligados a equipe de segurança de Donald Trump, segundo revelou o “cidadão venezuelano de apelido Baduel”

As forças de segurança venezuelanas tiveram confirmação do início das operações terroristas na sexta-feira à noite, quando foram ativados todos os mecanismos de vigilância e proteção das costas, explicou Maduro, precisando que “a investigação já decorria há algum tempo” e que “tiveram boas fontes de informação”.

Na madrugada de domingo, militares e polícias abortaram a tentativa de desembarque dos mercenários no estado de La Guaira, numa operação em que foram mortos vários terroristas e dois foram presos – um dos quais disse pertencer à DEA. Ontem, foram detidos mais 11 mercenários.

As autoridades venezuelanas denunciaram o envolvimento da Colômbia, por colocar o seu território à disposição de grupos paramilitares, onde são treinados, assessorados e financiados por mercenários e outros agentes estadunidenses, em estreita coordenação com a extrema-direita venezuelana, coordenada por Juan Guaidó.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
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