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Agências de inteligência estrangeiras, como a CIA, estão intervindo nas eleições, diz sociólogo

Alinhamento automático de Bolsonaro ao presidente Donald Trump seria de grande interesse para os Estados Unidos
Redação Prensa Latina
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O que vem sucedendo hoje no Brasil evidencia a intervenção de agências de inteligência estrangeiras, principalmente a norte-americana CIA, na disputa eleitoral, alertou o especialista em relações internacionais Marcelo Zero.

O modus operandi exibido nesta reta final é idêntico ao utilizado em outros países e demanda recursos técnicos e financeiros em um grau de sofisticação manipulativa dos quais a campanha do candidato da extrema direita Jair Bolsonaro não parece dispor, sublinhou o sociólogo.

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Alinhamento automático de Bolsonaro ao presidente Donald Trump seria de grande interesse para os Estados Unidos

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A julgamento do assessor do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado, “a CIA e outras agências estão aqui, atuando de forma extensa”, o que demandaria uma investigação séria que aparentemente não ocorrerá, salvo que alguém da esquerda difunda alguma informação duvidosa.

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Em um comentário publicado no diário digital Brasil 247, Zero assinalou ademais que o crescimento do “fascismo bolsonarista” na reta final da campanha, impulsionado entre outros fatores por uma avalanche de fake news (notícias falsas) disseminadas pela internet, não chega a surpreender.

Trata-se, explicou, de uma tática já antiga desenvolvida pelas agências americanas e britânicas de inteligência, com o propósito de manipular a opinião pública e influir em processos políticos e eleições.

Nesse sentido aludiu aos milhares de ataques lançados nos últimos dias através das redes sociais contra os candidatos a presidente e vice-presidente da República pela coalizão O povo feliz de novo, Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, mediante a manipulação de fotos, vídeos e a difusão de declarações absolutamente falsas.

‘Por isso, nos parece óbvio que há um dedo, ou mãos inteiras, de agências de inteligência estrangeiras, principalmente norte-americanas, na disputa eleitoral do Brasil’, alertou.

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O sociólogo enfatizou assim mesmo que um eventual triunfo do protofascista Bolsonaro agravaria a crise político-institucional e econômica pela qual atravessa o Brasil e isso resultaria de muita utilidade aos interesses daqueles que pretendem apoderar dos recursos estratégicos do país e das empresas brasileiras.

Levado ao limite, o golpe poderá ser aprofundado por uma “solução de força” apoiada pelo Poder Judicial e pelos militares, o qual abriria as portas a retrocessos ainda maiores que os conseguidos pelo atual governo de Michel Temer.

Ademais, desde o ponto de vista geoestratégico, o novo alinhamento automático de Bolsonaro ao presidente Donald Trump seria de grande interesse para os Estados Unidos na região, que teria no Brasil a uma ponta de lança não só contra Venezuela, mas também contra China e Rússia, indicou.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Redação Prensa Latina

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