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ToggleO mundo está em pânico. Isso é o que se infere do noticiário sobre o acontecer mundial. O mundo, que já estava em surto psicótico, entrou numa fase de síndrome do pânico generalizado.
Na segunda-feira (9), o preço do petróleo caiu em torno de 30% e o medo do coronavírus paralisou atividades em países tão importantes como a Itália, o que fez com que bolsas do mundo inteiro desabassem.
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Estamos à beira de uma depressão mundial? Entre tantas crises econômicas, de 1929 a de 2008, o fato é que nunca houve na história da humanidade uma confluência de fatos, ou de crises, simultâneas.
Tratando de ver as coisas com racionalidade, parece que estamos mesmo é diante de uma Infodemia, uma pandemia da informação, mais perigosa e mortal do que a pandemia do coronavírus.
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A questão do vírus parece que já foi controlada, pelo menos pela China. Já a questão da manipulação da informação quem vai controlar? Na forma de um linchamento midiático, estão gerando pânico e contribuindo para o caos.
Eis a palavra chave. Caos!
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Como não há saída para a economia sob a hegemonia do capital financeiro, aquele 1% que quer controlar o mundo necessita do caos. E a mídia está a entrar no jogo. Enquanto no Brasil um governo de ocupação afirma com todas as letras que só os Estados Unidos poderão salvar a humanidade, e chegam à extrema burrice de dizer que só Trump salva, como se enviado por deus fora, o mundo inteligente se dá conta de que chegou, por fim, a hora de se livrar da hegemonia exploradora, belicista e genocida dos Estados Unidos.
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Já não somos nós que afirmamos isso. É a poderosa China, que finalmente resolveu dizer um basta às diatribes do presidente Donald Trump e às ações praticadas pelos Estados Unidos, que se julgam donos do mundo.
Coinbage
Eis a palavra chave. Caos!
Contra-ataque
Os Estados Unidos perderam a guerra comercial e quiser retaliar, mas agora sim o tigre perdeu a paciência. Deu só um primeiro golpe. Na vida animal, uma patada de um tigre asiático, o maior de todos os felinos, tem a força de uma tonelada. Arranca fácil uma cabeça. Para entender melhor o que está sucedendo, há que se considerar dois fatos relevantes:
1 – Em resposta ao surto do novo coronavírus, a China deu uma demonstração de que está preparada para enfrentar qualquer tipo de problema sem precisar da ajuda de ninguém. Deu um show de eficiência e eficácia, como isolar uma cidade industrial de 18 milhões de habitantes; construir hospitais em uma semana, entre outras. Um nível de respostas jamais visto. Está mostrando ao mundo, ou seja, a seus agressores, que pode sim viver isolada, mas o mundo já não pode viver sem ela. Bingo!
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Incrível. Um espirro na China abalou a economia no mundo inteiro. Tudo hoje é feito na China e mesmo o que não é feito lá tem ,com certeza, algum componente, por menor que seja, feito lá. O país é importante a tal ponto que se o PIB do país cair em 1%, o PIB do Brasil cai 1,5%.
Isso não é delírio nem brincadeira. São fatos. Estão em todos os jornais com seus jornalistas servis sem entender o que realmente passa no mundo. Não querem aceitar que a hora e a vez dos ianques estão chegando ao fim. Terminou.
2 – Fato de igual relevância, o reino saudita, em plena confusão provocada pela mídia em torno do coronavírus, resolveu reduzir o preço do petróleo e aumentar a produção. Aparentemente, fez isso em retaliação à Rússia que não aceitou proposta feita pelos sauditas para que os países da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) reduzissem a produção devido à retração na demanda provocada pelo coronavírus.
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A Rússia não aceitou fazê-lo e, se aceitasse, prejudicaria enormemente os países europeus como Alemanha, altamente dependente do combustível russo.
Não dá para aceitar que tenha feito isso em represália à Rússia, posto que, a realidade está mostrando que os maiores prejudicados são os países ocidentais. Por isso a confusão armada com as ações das petroleiras e das bolsas que despencaram no mundo inteiro.
Há que se considerar nesse episódio que o reino saudita nem sequer pode ser considerado um estado-nação. É mais precisamente uma empresa sentada sobre um mar de petróleo. Quem manda na empresa? A quem serve o caos?
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Sabidamente, o reino saudita atua como uma empresa a serviço dos interesses dos Estados Unidos e Israel. Dois países que estão desesperados pela velocidade com que vêm perdendo a hegemonia. Nesse desespero reside um grande perigo, uma ameaça concreta de rompimento da paz mundial.
Os EUA já perderam a capacidade e a possibilidade de expandir sua hegemonia. Querem manter o que têm e está cada vez mais difícil fazê-lo.
Paulo Cannabrava Filho é jornalista e editor da Diálogos do Sul
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