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Proteção aos trabalhadores é a diferença entre governos latino-americanos durante pandemia

Nestes tempos de quarentena provocada pelo Covid-19, tornou-se cristalino quais são os governantes da América do Sul que tem apreço e carinho pelo seu povo
Juan Verástegui Vásquez
Diálogos do Sul
Lima

Tradução:

Em momentos de vida ou morte, o neoliberalismo saca suas garras a reluzir e mostra em forma descarnada sua natureza monstruosa e selvagem.  Verdadeiro rosto de um modelo econômico-social imposto verticalmente pelo FMI e o Banco Mundial. Nesta pandemia, da Covid-19, refletiu-se, com muita nitidez, quem tem apreço e carinho pelo seu povo e quem se sente solidário com os povos do mundo. 

Cuba, ilha muito pequena, mas com uma grande fraternidade humana, estendeu não só seus braços, mas também seu espaço para ajudar as pessoas que iam ao navio Crucero MS Braemar de bandeira britânica e salvar suas vidas, quando muito países fechavam seus portos e suas portas. 

Cuba, dotada de uma filosofia fraterna de ajudar seus próximos, sem considerar diferenças socioeconômicas e políticas não duvida em ajudar com medicamentos e pessoal médico a povos do mando que o requeiram.

Cuba, não recorre a bloqueios econômicos, sanções, nem atiram bombas à torto e direito contra nenhum povo. Sua melhor arma é a solidariedade com os povos do mundo. Hoje tem 379% menos falecidos por Covid-19 que o Peru, cálculo que se fez tendo em consideração a quantidade de habitantes de cada país e os falecidos.  

Nestes tempos de quarentena provocada pelo Covid-19, tornou-se cristalino quais são os governantes da América do Sul que tem apreço e carinho pelo seu povo

Prensa Latina
Cuba, não recorre a bloqueios econômicos, sanções, nem atiram bombas à torto e direito contra nenhum povo

Enquanto no Equador e na Bolívia, os mortos permanecem na rua, sem haver tido, antecipadamente, um atendimento adequado e jogados no chão, enquanto seus “mandatários” recorrem a felonias e golpes de Estado, sua população permanece abandonada.

México e Argentina, dois povos que também merecem o reconhecimento justo e verdadeiro. 

México com López Obrador, tem manifestado que “Vamos demostrar que há outra forma de enfrentar a crise, sempre e quando se o governo é para o povo e com o povo”, e explicou que o programa mexicano contém 11 pontos, mas que incluem o princípio de “não demitir nenhum trabalhador”; e ele (presidente) será o primeiro em reduzir seu salário e cancelar abonos para todos os funcionários e, é claro, ressalta que “serei eu o primeiro”. Também será aplicada uma reestruturação da administração pública, mas, reiterou, sem nenhuma dispensa, se é preciso racionalizar o pessoal se rodará em outro ministério; se for preciso suspender trabalho, será com gozo de haveres. Não haverá cortes nos “programas sociais”. Pelo contrário, se propôs dinamizar seu aparato produtivo interno, como o do petróleo. 

Argentina também aplicará uma série de medidas, mas todas elas não afetarão o trabalhador e o povo. 

Na Venezuela desde há muitos anos, as empresas não podem demitir seus trabalhadores e a medida está vigente até 2021. Pelo efeito da Covid-19, há muito menos mortes do que alguns outros países.

Em Cuba, são históricos os direitos dos trabalhadores, amparados pelas Constituição. Não merece maior comentário.

Merece recordar que Cuba, México, Argentina e Venezuela são governos progressistas. 

E no Peru, embora haja alguns aspectos que favorecem o povo e as grandes empresas. “A SUSPENSÃO PERFEITA”, despedida inclemente de 84.000 trabalhadores, é Diabólica! Aproveitarão esta oportunidade as grandes empresas para despedir suas trabalhadores e contratarão de forma muito mais precária. 

Juan Verástegui Vasquez, Colaborador de Diálogos do Sul, desde o Peru.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Juan Verástegui Vásquez

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