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ToggleA reta final do segundo turno das eleições em São Paulo promete “fortes emoções”. O cientista político Cláudio Couto prevê uma “disputa apertada” entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (Psol), como numa “final de campeonato”. Segundo ele, o quadro ainda é favorável ao atual prefeito. Mas Boulos representa a novidade e a mudança, entusiasmando parte do eleitorado, segundo o analista.
Além do clima que aponta para uma certa “onda” da virada, Couto considera as tendências apresentadas nas pesquisas. Enquanto Boulos cresceu, de 42% para 45% dos votos válidos, na pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (24), Covas caiu na mesma medida, 58% para 55%.
“Então é dele (Boulos) a tendência de crescimento, muito mais do que de Bruno Covas”, afirma Couto, que é professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) . “É mais fácil a gente imaginar um cruzamento de curvas (de intenção de votos) até o dia da eleição do que Covas abrindo uma vantagem maior. Sobretudo, se nada de muito excepcional acontecer”, avaliou em entrevista aoJornal Brasil Atual.
Reprodução
Enquanto Covas tenta esconder vice "bolsonarista", Boulos destaca Erundina.
Roda Viva
Couto também elogiou a participação dos candidatos no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda (23). A sabatina com jornalistas, além de um bloco com debate direto, permitiu “explicitar as posições de cada um”. Sobretudo, auxiliou a tomada de decisão por parte dos indecisos.
“Não vejo muita possibilidade que votos tenham sido levados de um lado para outro, de maneira significativa. Mas foi um debate muito útil para resolver a indecisão de muitos eleitores. Quem por ventura ainda estivesse indeciso teve uma boa oportunidade para tomar sua decisão”.
Papel dos vices
Um dos destaques foi a forma com que os candidatos trataram seus respectivos companheiros de chapa. “Enquanto Boulos fazia questão de exibir o nome de Luiza Erundina, chamando a atenção para sua personalidade, experiência e trajetória anterior na prefeitura, Bruno Covas tinha que lidar com a situação de não expor demais o seu vice”, disse Couto.
As posições conservadoras do seu vice, Ricardo Nunes (MDB), principalmente em questões relativas à educação, fizeram Covas “tergiversar”, segundo o analista. Para Couto, Covas e seu vice têm “posições muito diferentes”. “Enquanto o vice tem essa postura de direita, quase bolsonarista, Bruno Covas é um político de centro-direita, moderado. É um perfil completamente distinto”.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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