Nesta segunda-feira (12), a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) publicou uma nota contundente em defesa do presidente Lula, acusado de antissemitismo pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). A alegação da Conib chegou após Lula afirmar, durante viagem à Rússia, no sábado (10), que a ação de Israel na “Faixa de Gaza é um genocídio, um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças, a pretexto de matar terroristas”.
Em sua nota, a Fepal denuncia a instrumentalização política das acusações contra o líder brasileiro e ressalta que, “em sua declaração, Lula em nenhum momento citou o judaísmo ou os judeus”. A entidade sustenta ainda que a reação da Conib revela “o real objetivo do PL 472/25”, de autoria do deputado Eduardo Pazuello, que busca “criminalizar os defensores da Palestina” e calar críticas ao regime israelense.
Ao final, a federação reafirma solidariedade a Lula e rechaça a “mordaça sionista”. Confira o texto abaixo na íntegra.
Ao acusar Lula de “antissemita”, CONIB escancara o real objetivo do PL 472/25, o da mordaça sionista no Brasil
Em plena semana da Nakba, a maior limpeza étnica da história, com a qual os sionistas mataram ou expulsaram até 88% dos palestinos da parte de seu território na qual se autoproclamaram, ilegalmente, estado, a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) emite nota acusando o presidente Lula de “antissemitismo”. Seu “crime”: declarar que “na Faixa de Gaza é um genocídio, de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças a pretexto de matar terroristas. Já houve caso de explodirem um hospital e não ter um terrorista, só mulher e criança”.
Genocídio palestino: entre a cruel impotência humana e o colapso do sistema internacional
O presidente brasileiro repetiu o falecido Papa Francisco, a ONU, a Anistia Internacional, a Corte Internacional de Justiça, a Liga Árabe, a União Africana, os BRICS, incontáveis líderes mundiais.
O dado relativo às crianças palestinas é suficiente para demonstrar a monstruosidade de “israel” e de seus apoiadores: são 9.970 crianças exterminadas por milhão de habitantes em Gaza, em 584 dias, contra 2.813 por milhão de habitantes da Europa da 2ª Guerra Mundial, isto é, 3,55 vezes mais que todo período hitleriano, que durou quase quatro vezes mais tempo.
Em sua declaração, Lula em nenhum momento citou o judaísmo ou os judeus; ele acusou um regime racista e genocida, que usa o judaísmo como escudo para sua impunidade, inclusive manipulando os crimes antijudeus na Europa para o mesmo propósito. Mas não custa a esta FEPAL afirmar: os judeus são grupo humano sequestrado pelo sionismo para viver ilegalmente na Palestina e, sob ordens do regime de “israel” e ameaça de prisão, exterminar em nome do judaísmo.
A CONIB escancara o real objetivo do PL 472/25 ao manipular as declarações de Lula para farsescamente designá-las “antissemitismo”. De autoria do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), o ministro da morte, este PL criminaliza os defensores da Palestina e, com isso, amordaça os críticos do genocídio de “israel” com a surrada chantagem acusatória de “antissemitismo”.
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Ao presidente Lula nossa solidariedade e agradecimento. À CONIB a força da lei, para que abdique de defender o totalitarismo no Brasil e de incitar a opinião pública à defesa do genocídio na Palestina, crime equivalente ao próprio genocídio. NÃO À MORDAÇA SIONISTA DO PL 472/25!
Palestina Livre a partir do Brasil, 12 de maio de 2025, 78º ano da Nakba.