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Donald Trump e Mahmoud Khalil (Fotos: Casa Branca - Flickr / Reprodução - X)

Após prender estudante, Trump vai usar IA para investigar apoiadores de Gaza nos EUA

Iniciativa é liderada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e vai examinar atividades cibernéticas de dezenas de milhares de jovens estrangeiros com vistos de estudantes
David Brooks, Jim Cason
La Jornada
Nova York

Tradução:

Beatriz Cannabrava

Na noite do último sábado (8), agentes federais cercaram um casal na entrada de seu edifício em Manhattan, identificaram e algemaram o homem e o levaram; sua esposa, com oito meses de gravidez, só conseguiu descobrir seu paradeiro nesta segunda-feira (10), em um centro de detenção de imigrantes.

A prisão é apenas “a primeira de muitas que virão”, confirmou pessoalmente o presidente Donald Trump nesta segunda-feira (11), enquanto seu governo se prepara para revisar as ações e comunicações de cerca de 100 mil estudantes estrangeiros envolvidos em protestos “ilegais” contra o genocídio de palestinos por Israel e Estados Unidos.

Mas a ameaça de repressão política não se limita ao tema de Israel, já que está sendo empregada contra todo tipo de opositor ou crítico do presidente e de seu governo, desde outros políticos e meios de comunicação até milhares de servidores públicos, burocratas, promotores, federais, agentes do FBI e até militares.

A prisão de Mahmoud Khalil, um imigrante com “green card” de residente, casado com uma cidadã estadunidense, é a primeira realizada pelo governo de Trump contra participantes de “protestos ilegais”, que ele caracteriza como “pró-Hamas” e “antissemitas”, cumprindo sua ameaça de que estudantes e outros estrangeiros serão deportados, e cidadãos serão expulsos de suas universidades e até encarcerados.

Khalil, de 30 anos, era estudante de pós-graduação da prestigiada Universidade de Columbia, onde foi um dos líderes mais destacados nos protestos estudantis contra a cumplicidade dos Estados Unidos na guerra de Israel contra Gaza no ano passado. Segundo sua advogada, os agentes federais afirmaram que o visto de Khalil havia sido anulado pelo Departamento de Estado – a legalidade disso será objeto de disputa –, e foi só nesta segunda-feira que conseguiram localizá-lo em um centro de detenção a mais de 1.500 km de Nova York, na Louisiana. Até agora, não está claro de quais crimes ele é acusado.

Trump, em sua plataforma social Truth Social, pareceu confirmar que foi algo que ele pessoalmente autorizou e advertiu que isso é apenas o início. “Sabemos que há mais estudantes na Columbia e em outras universidades pelo país que participaram de atividades pró-terroristas, antissemitas e antiestadunidenses, e o governo de Trump não tolerará isso”. Ele acusou que muitos não são estudantes, mas “agitadores pagos”, e advertiu: “Encontraremos, deteremos e deportaremos esses simpatizantes terroristas de nosso país – e eles nunca mais voltarão”.

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Desde sua campanha, Trump identificou manifestantes contra a guerra de Israel e a cumplicidade de Washington como “antissemitas” e apoiadores do Hamas, grupo designado como “terrorista”.

A União pelas Liberdades Civis de Nova York classificou a prisão como um “ataque extremo” aos direitos de liberdade de expressão e afirmou que “a detenção ilegal de Khalil cheira a macartismo”.

A detenção foi precedida pelo anúncio, na semana passada, de que o governo de Trump estava ordenando o cancelamento de mais de 400 milhões de dólares em fundos federais para a Columbia, devido, segundo ele, ao fracasso da instituição em controlar o antissemitismo em seu campus. Outras universidades já estão sofrendo cortes em apoios federais para programas de ciências e outras áreas, ordenados pelo governo de Trump, e nesta segunda-feira a Universidade de Harvard anunciou o congelamento de contratações diante da incerteza provocada por possíveis ações do governo contra ela. “Todo financiamento federal será cortado para qualquer colégio, escola ou universidade que permitir protestos ilegais”, declarou Trump em redes sociais há uma semana.

Como parte desse esforço, o secretário de Estado, Marco Rubio, está liderando uma iniciativa para empregar inteligência artificial a fim de examinar as atividades cibernéticas de dezenas de milhares de jovens estrangeiros com vistos de estudantes, suspeitos de atividades políticas “ilegais”, incluindo o apoio a agrupamentos “terroristas”, informaram fontes à Axios.

Alguns observadores opinam que o governo de Trump está buscando enfraquecer o que considera bastiões críticos e locais de possível dissidência, incluindo universidades.

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Mas não se trata apenas de estudantes internacionais, mas de qualquer país que ameace a “segurança nacional e promova ideologia odiosa”, conforme estabelece uma ordem executiva emitida no primeiro dia da presidência do republicano, em 20 de janeiro.

A repressão não se limita a “inimigos” externos, mas também a estadunidenses, incluindo aqueles que estão dentro do próprio governo. Trump continua com uma purga no governo federal, visando qualquer um que ouse investigá-lo. Em seus primeiros dias, Trump e seus subordinados demitiram todos os promotores federais e agentes do FBI no país que de alguma forma haviam trabalhado em investigações federais contra o agora mandatário.

Desde então, ele também afastou o chefe do Estado Maior – ou seja, o oficial militar de mais alta patente do país – para substituí-lo por outro, da mesma forma que conseguiu expulsar do governo funcionários que supervisionam o comportamento ético dos burocratas encarregados de controlar a corrupção, como os inspetores gerais em várias agências, começando pelo Departamento de Justiça, do Tesouro e outros.

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Políticos, incluindo governadores, legisladores e prefeitos que defendem programas de inclusão e diversificação racial ou cidades santuário, estão sob ataque público e nominal pelo presidente e sua equipe.

“Acadêmicos e comentaristas relatam a intimidação que sentem sob o novo regime na Flórida”, comentou ao La Jornada um reconhecido acadêmico. Vários de seus colegas já não participam de certos fóruns ou interações públicas por medo das consequências para suas instituições e até pessoais.

Os meios de comunicação, sempre qualificados como “inimigos do povo” por Trump desde sua primeira campanha eleitoral, continuam sob pressão de seu governo, e alguns proprietários buscam “agradar”, como Jeff Bezos, do Washington Post, que ordenou que a seção de opinião se limitasse apenas a temas de “liberdades individuais” e “mercado livre”. O chefe dessa seção renunciou em protesto, assim como fez, nesta segunda-feira (10), a veterana colunista Ruth Marcus, quando seu chefe censurou sua coluna mais recente, na qual criticava a decisão de Bezos.

“Quando você vê atores sociais importantes – sejam reitores universitários, meios de comunicação, executivos-chefes, prefeitos ou governadores – mudando seu comportamento para evitar a ira do governo, é um sinal de que cruzamos a linha para algum tipo de autoritarismo”, comentou o professor Steven Levitsky, de Harvard, coautor do livro Como Morrem as Democracias, em entrevista ao New York Times.

Muitos observadores alertam que tudo isso tem tons macartistas. Vale destacar que o primeiro mentor de Trump, quando jovem, foi ninguém menos que Roy Cohn, braço direito do senador Joe McCarthy.

As decisões de Trump

A decisão de Trump de suspender grande parte das tarifas de 25% contra o México e o Canadá provocou, mais uma vez, questionamentos sobre a misteriosa tomada de decisões do mandatário, quem influencia essas decisões (e quem não), se existe ou não uma política coerente e quanto o México e muitos outros países têm que suportar as ocorrências de um homem imprevisível que agora lidera o país mais poderoso do planeta.

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Obviamente, quem toma a decisão final é Trump, supostamente com a assistência de seu gabinete e seus assessores mais próximos. Mas, como México, Canadá, Panamá, Ucrânia, boa parte da Europa e outros países descobriram, estabelecer boas relações com seu gabinete e outros supostamente próximos ao mandatário nem sempre leva a bons ou esperados resultados. Além disso, não há consenso dentro do próprio governo, com um grupo de assessores e secretários com diferentes prioridades e interesses – embora todos saibam bem que, para manter acesso e influência, têm que se subordinar ao seu chefe.

Isso foi visível quando, poucos dias antes de 4 de março, data em que as ameaçadoras tarifas do presidente entrariam em vigor, o chanceler mexicano Juan Ramón de la Fuente viajou a Washington, liderando uma delegação de altos funcionários para se reunir com o secretário de Estado Marco Rubio e outras contrapartes. Todos expressaram que o encontro foi muito positivo, e Rubio emitiu uma declaração agradecendo ao México pelo envio de mais tropas à fronteira comum, a entrega de 29 narcotraficantes e as ações contra o fluxo de fentanil.

Nesses mesmos dias, o secretário de Economia, Marcelo Ebrard, também estava em Washington, reunindo-se separadamente com o Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick, para discutir a cooperação bilateral. Esses funcionários estadunidenses indicaram que tudo estava progredindo de maneira muito positiva e insinuaram que talvez a imposição das tarifas pudesse ser evitada. Mas Trump cumpriu sua ameaça, apesar de todos os “avanços” na relação, surpreendendo grande parte do setor privado estadunidense e os especialistas.

“Só Trump fala por Trump”

“Só Trump fala por Trump”, concluiu o Wall Street Journal ao relatar que os altos funcionários de ambos os países esperavam que apresentar ao presidente compromissos bilaterais suficientes resultaria no adiamento das tarifas.

Quando as bolsas dos Estados Unidos caíram com o anúncio das tarifas, Lutnick apareceu em vários programas de televisão para sugerir que uma “pausa” na aplicação das medidas era possível para alguns setores ou empresas que cumprem o TMEC. Na última quarta-feira (5), as manobras de Lutnick pareceram prosperar, e primeiro foi anunciada a exclusão do setor automotivo das tarifas. Já na quinta-feira (6), após a chamada telefônica entre Trump e a presidenta Claudia Sheinbaum, o México (e também o Canadá) obteve outro adiamento para grande parte das tarifas, até 2 de abril.

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No entanto, a Casa Branca ainda pretende impor tarifas sobre aço e alumínio em 12 de março – produtos que importa do México e do Canadá. E tudo continua em suspenso sobre quais serão as medidas, e contra quais países, no início do próximo mês.

Ao mesmo tempo, as razões para a imposição das tarifas continuam mudando. Às vezes, são apresentadas como punições para obrigar o México e o Canadá a frearem a imigração e o fentanil, mas na semana passada Trump vinculou as tarifas à sua demanda de que as empresas transfiram sua produção de volta para os Estados Unidos. As tarifas de 2 de abril são qualificadas como ações “recíprocas” contra outros países que impõem tarifas a produtos estadunidenses. Lutnick agora aponta que o imposto sobre o valor agregado do Canadá é uma forma de tarifa que deve ser punida com medidas recíprocas.

Conflito de interesses

Toda essa confusão levanta uma questão constante sobre os grupos dentro do círculo de Trump e o grau de sua influência. O vice-presidente J.D. Vance, assim como Donald Trump Jr., lideram uma equipe que defende a reconstrução da base industrial doméstica e é crítica aos acordos de livre comércio.

Por outro lado, Lutnick, o multimilionário secretário de Comércio e ex-diretor de uma empresa financeira de Wall Street, defende o aumento do poder econômico dos Estados Unidos por meio do comércio, e também responde a pressões do setor agroindustrial – aparentemente deseja que a “pausa” nas tarifas sobre o México “oxalá” se estenda ainda mais.

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A disputa por tarifas dos últimos dias também ilustra os limites do poder do secretário de Estado Marco Rubio. Há comentários de que ele está “irritado por sua falta de influência na política externa”, apesar de tecnicamente ser o chefe da diplomacia, relatou a Vanity Fair, citando quatro republicanos próximos à Casa Branca. Um deles indicou que “Rubio frequentemente é o último a saber quando decisões sobre política externa são tomadas na Casa Branca”.

Vale destacar que o presidente tem nove enviados especiais de política externa com escritórios dentro da Casa Branca, responsáveis por negociações em várias partes do mundo, incluindo o Oriente Médio. Um deles, o ex-embaixador Richard Grenell, foi quem se reuniu com o presidente venezuelano Nicolás Maduro no final de janeiro e retornou triunfante com seis estadunidenses que haviam sido detidos naquele país, e com um aparente acordo para permitir que a Chevron continuasse operando no país – algo que Trump depois reverteu, para variar.

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O mistério de quem influencia ou não a tomada de decisões de Trump tem suas chaves, dizem observadores, em quem tem maior e mais frequente acesso ao mandatário. O multimilionário Elon Musk, a chefe de gabinete, Susie Wiles, o arquiteto da política anti-imigrante, Stephen Miller, a secretária de imprensa, Karoline Leavitt, o assessor de Segurança Nacional, Mike Waltz, Vance e o filho do presidente podem conversar com o chefe quase a qualquer momento.

Dois ex-funcionários do governo e um funcionário atual do Departamento de Estado comentaram ao La Jornada que não há um único Rasputin guiando Trump, e as decisões às vezes são menos baseadas em uma política consistente e mais em sua leitura do momento e no que lhe convém para aumentar seu poder.

Promessas x realidade

Trump assumiu a presidência ante o Congresso – em uma semana na qual se declarou “rei” – proclamando um êxito rotundo e sem precedente em reduzir a imigração, reformar o governo federal, ampliar tarifas e reafirmar o poder estadunidense no mundo, em sua missão de “fazer grande outra vez” os Estados Unidos. No entanto, seu país enfrenta as primeiras consequências de suas políticas econômicas, enquanto pesquisas nacionais registram que a maioria da população desaprova sua gestão.

Trump proclamou o que considera triunfos absolutos – jamais reconhece um revés e menos ainda um erro. Porém, na semana passada, as perdas na Bolsa de Valores apagaram por completo todos os avanços desde o dia de sua eleição, e a cúpula econômica do país expressou abertamente sua desaprovação às tarifas contra México, Canadá e China — algumas revertidas logo depois.

O presidente triunfante, ao oferecer seu primeiro discurso sobre seus feitos ante o Congresso e o país, tem a taxa de apoio mais baixa de todos os presidentes desde 1953, segundo a Gallup.

Diante da sessão conjunta de ambas as câmaras do Congresso, Trump enviou sua mensagem de que está renovando o sonho americano, com base no que sempre insiste ter sido um triunfo eleitoral esmagador – o que é falso (apenas 30% do eleitorado votou nele). Mas essa mensagem – sobre assegurar as fronteiras, promover a paz na Ucrânia e no Oriente Médio e ressuscitar a “América” – não estava dirigida aos legisladores, mas sim aos milhões de cidadãos que escutavam em todo o país.

Discurso busca manter bases ativas

Trump precisa que suas bases permaneçam ativas – de fato, sua presidência é acompanhada por uma campanha política constante – para manter a pressão sobre o Congresso e conseguir a aprovação de suas reduções de impostos para os ricos, bem como seu intento de desmantelar e reduzir drasticamente o tamanho da burocracia federal.

Ele também precisa manter um controle firme sobre seu partido, e os legisladores republicanos – muitos temerosos de se atreverem a questionar seu líder – aplaudiram com aparente entusiasmo cada proclamação de Trump na semana passada. No entanto, isso não esconde que muitos deles estão preocupados com os efeitos das políticas impulsionadas pelo magnata. Por exemplo, vários legisladores de estados agrários estão alarmados com as consequências das tarifas sobre os agricultores em seus distritos, enquanto outros avaliam como a combinação de maior inflação, reduções nos serviços de saúde e outros apoios para trabalhadores e pessoas de baixa renda afetará suas chances de reeleição.

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Durante sua campanha, Trump prometeu “acabar com a inflação” e reduzir os preços da gasolina e de produtos básicos, como os ovos, mas os preços estão subindo. A rede de televisão mais fiel a Trump, a Fox News, transmitiu uma reportagem em uma concessionária de automóveis mostrando um jornalista ao lado de um veículo de luxo, informando que o carro custava 80 mil dólares até fevereiro e que, devido às tarifas de Trump sobre o México e o Canadá, passaria a custar 100 mil dólares. Outros relatórios indicavam que o preço da gasolina aumentará cerca de 40 centavos nos próximos dias e que os preços de produtos nos comércios podem subir 24%.

Porém, os fatos e os dados quase nunca impediram um discurso de Trump. Seu objetivo não é tanto compartilhar informação, mas moldar a propaganda de maneira que facilite sua tentativa de refazer o sistema político estadunidense de uma forma nunca antes vista nos Estados Unidos.

Enquanto isso, por todo o país, protestos em repúdio ao mandatário e sua equipe foram realizados em comícios e marchas em dezenas de cidades e parques, incluindo manifestações em frente a concessionárias da Tesla, a empresa automotiva de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, que é o principal cúmplice do mandatário.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul Global – Direitos reservados.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

David Brooks Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.
Jim Cason Correspondente do La Jornada e membro do Friends Committee On National Legislation nos EUA, trabalhou por mais de 30 anos pela mudança social como ativista e jornalista. Foi ainda editor sênior da AllAfrica.com, o maior distribuidor de notícias e informações sobre a África no mundo.

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