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Fotos: U.S. Army Materiel Command / Presidência da Venezuela

Ataque terrorista na Venezuela: conheça detalhes do plano dos EUA para matar Maduro

Esquema foi desarticulado pelo Governo Maduro; ataque terrorista também mirava embaixada da Argentina na Venezuela para culpar chavismo
Redação AbrilAbril
AbrilAbril
Lisboa

Tradução:

As autoridades da Venezuela revelaram, no último sábado (14), terem procedido à apreensão de 400 fuzis enviados a partir dos EUA, bem como à detenção de seis cidadãos estrangeiros, que entraram no país caribenho para levar a cabo um plano que implicava gerar desestabilização e ações violentas.

Em coletiva de imprensa, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse que as forças de segurança prenderam dois cidadãos espanhóis, três estadunidenses e um checo, confiscaram celulares e, dessa forma, conseguiram “frustrar um possível ataque terrorista à Embaixada da Argentina na Venezuela”, pelo qual se “pretendia culpar” o governo venezuelano.

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Cabello explicou que as pessoas detidas falaram sobre lançar granadas e explosivos contra a missão diplomática e possuem ligações com um aliado de Juan Guaidó, marionete de Washington que chegou a se autoproclamar presidente da Venezuela. As investigações também revelaram um plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro, a vice-presidente Delcy Rodríguez e o próprio Cabello.

“O governo da Venezuela utilizará todos os mecanismos necessários para derrotar os grupos de mercenários e terroristas que tentam minar a paz e a ordem no país”, afirmou Cabello, alertando que estas ações se enquadram numa manobra mais ampla, em alusão à ofensiva que o país enfrenta, promovida pela extrema-direita, Washington, Madrid e outros governos estrangeiros, na sequência das eleições presidenciais de 28 de julho, que Nicolás Maduro venceu.

Operação foi dirigida pelos EUA, cabia à Espanha captar mercenários

Ainda no sábado, Diosdado Cabello deu uma entrevista à TeleSur e a outros órgãos públicos, na qual detalhou mais algumas questões relacionadas à operação terrorista que as autoridades venezuelanas estão a desarticular.

Entre outros aspectos, o ministro do Interior detalhou que a operação violenta era dirigida por Washington e que cabia aos organismos dos serviços secretos espanhóis recrutar os mercenários para executar a ação.

Cabello disse que as autoridades venezuelanas prenderam o militar estadunidense ativo Wilber Joseph Castañeda, que se encontrava no país sul-americano em pleno processo eleitoral e que dirigiu toda a operação. Tendo entrado na Venezuela em março e julho, estabeleceu contatos com políticos e com o crime organizado, esclareceu Diosdado Cabello, acrescentando que o outro estadunidense detido é especialista em hacking.

Disse ainda que foram presos dois cidadãos espanhóis – membros dos serviços secretos e com ligações a Wilber Joseph Castañeda, a determinados setores políticos e grupos do crime, aos quais caberia executar as operações em preparação – e um mercenário de nacionalidade checa, com o qual foi apreendido um livro com notas sobre ligações a políticos venezuelanos, sobre a violência na Venezuela depois de 28 de julho e sobre como sobreviver na selva e torturar.

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A coordenação destas ações, frisou o ministro, foi se deslocando para o Equador, isto porque, em seu entender, já não é tão fácil atuar na Colômbia como durante o governo de Iván Duque, um inimigo declarado da Revolução Bolivariana.

Armas para uso exclusivo do Exército dos EUA

Na longa entrevista dada por Cabello, este destacou o fato de as armas apreendidas serem exclusivamente utilizadas pelo Exército norte-americano e insistiu que toda a operação foi orquestrada pelos EUA, através da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês).

Cabello, que acusou o FBI (Departamento Federal de Investigação) de ter feito uma inspeção ao local onde se encontravam as armas, na Florida, e não as ter apreendido, afirmou que os interrogatórios revelaram, até agora, contatos entre os orquestradores e figuras da direita venezuelana, como María Corina Machado, Julio Borges, Belén Salas, Carlos Vecchio e Yorman Varillas, venezuelano acusado de ter cometido um assassinato no estado de Zulia e que teria escapado para os Estados Unidos.

“Pensaram que a operação ia ser muito fácil. Termos apreendido as armas é um golpe muito duro. Talvez seja simples para eles conseguir armas, mas metê-las aqui, na Venezuela, não”, afirmou Cabello, alertando que não se pode baixar a guarda.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação AbrilAbril

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