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ToggleO embaixador da Bolívia nas Nações Unidas, Diego Pary, qualificou como falta grave e violadora de tratados internacionais o envio ilegal de material bélico ao país em 2019, por parte da Argentina e do Equador.
Entrevistado pela Bolívia TV, Pary enfatizou que houve intervenção de várias nações nos assuntos internos de seu país e que isso não é aceitável.
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O diplomata ressaltou que o ingresso de material bélico violou tratados internacionais e a Constituição Política do Estado.
Nesta segunda-feira (19), o ministro de Governo boliviano, Eduardo del Castillo, apresentou à imprensa parte das munições enviadas pelos ex-mandatários Mauricio Macri (Argentina) e Lenín Moreno (Equador) após o golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales em novembro de 2019, encontradas nos depósitos da Polícia Boliviana.Del Castillo precisou que em 13 de novembro deste ano ingressaram em solo boliviano, procedentes da Argentina, cerca de 27 mil cartuchos de balas de borracha, 28 gases aerossol MK-4, 19 gases aerossol MK-94, e dezenas de granadas de gás de diferentes tipos.
Jorge Mamani/ Agência Boliviana de Informação
ministro de Governo boliviano, Eduardo del Castillo, apresenta material bélico enviado por Equador e Argentina à Bolívia
Tráfico ilícito de armas
A partir da norma legal vigente, o titular de Governo acusou de tráfico ilícito de armas os ex-comandantes da Polícia Boliviana e da Força Aérea, Yuri Calderón e Jorge Terceros, respectivamente, assim como o ex-embaixador da Argentina na Bolívia, Normando Álvarez.
Sobre isso, no último domingo (18), o ministro da Defesa argentino, Agustín Rossi, afirmou que foi identificada a assinatura de Macri nos documentos de envio do material bélico.
Macri foi acusado na última sexta-feira por contrabando agravado por enviar equipamento militar para apoiar a repressão na Bolívia após o golpe de Estado perpetrado contra Evo Morales.
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De acordo com o embaixador boliviano ante a Organização de Estados Americanos, Héctor Arce, a cooperação de alguns países conservadores contra um governo legalmente constituído e revolucionários na Bolívia “é um antecedente terrível e nefasto na luta pelos direitos humanos”.
Para o diplomata, “o sucedido pode ser considerado uma reedição do denominado Plano Condor, uma campanha de repressão política e de terrorismo de Estado respaldada pelos Estados Unidos nos anos 70 do século passado”.
Redação Prensa Latina
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Tradução: Beatriz Cannabrava
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