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Para Lula, os ventos começaram a mudar de direção após escândalo de Sergio Moro

As provas de parcialidade, publicadas por The Intercept, devem ser levadas em conta no julgamento do habeas corpus de Lula marcado para 25 de junho no STF
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Brasília (DF)

Tradução:

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está convencido hoje de que os ventos começaram a mudar de direção, diante as irrefutáveis provas reveladas pelo The Intercept sobre a conduta e parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro.

Foi isso que afirmaram a presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman, e o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, que visitaram a Lula na sede da Polícia Federal (PF) de Curitiba, capital do estado de Paraná, onde o ex-dirigente operário permanece como preso político há 438 dias.

Após a visita, ambos os conversaram com a militância de Vigília Lula Livre que resiste em um lugar próximo à PF desde que entrou a prisão o ex-presidente.

“A verdade está vindo à tona” disse Hoffmann ao portal Brasil de Fato.

Gleisi afirmou que as provas de parcialidade de Moro, publicadas por The Intercept, devem ser levadas em conta no julgamento do habeas corpus de Lula marcado para 25 de junho no Supremo Tribunal Federal.

Reafirmou que “Lula tem que ser liberto e o processo tem que ser anulado”.

As provas de parcialidade, publicadas por The Intercept, devem ser levadas em conta no julgamento do habeas corpus de Lula marcado para 25 de junho no STF

Brasil247
"A verdade está vindo à tona" disse Hoffmann ao portal Brasil de Fato.

A dirigente do PT mostrou-se confiante com os possíveis desdobramentos das filtragens de diálogos entre Moro e outros membros da força de tarefa da operação anticorrupção Lava Jato.

Sobre a comparecimento do ex-magistrado no Senado para explicar sobre o conteúdo das comprometedores mensagens divulgadas, a deputada federal manifestou que Moro “não tem moral para falar contra os vazamentos que ocorreram, não são vazamentos, é a exposição da verdade”.

Por sua vez Boulos, que visitou a Lula pela segunda vez desde sua detenção, disse que durante sua conversa com o ex-sindicalista abordaram o momento de mobilizações populares contra a reforma da Previdência Social de Jair Bolsonaro e os cortes na educação anunciados pelo Governo.

Concordamos, detalhou, que “cada vez mais pessoas estão dispostas a escutar e se mobilizar percebendo que a aposta em Bolsonaro não atende os interesses da maioria”.

Como Hoffmann, qualificou de contundentes as mensagens reveladas por The Intercept sobre a conduta “politicamente dirigida” de Moro, em conluio com Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal.

O ex-candidato presidencial do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na última eleição assegurou que “Lula compartilha um diagnóstico conosco de que os ventos começaram a mudar de direção”.

Comentou que Bolsonaro tinha um palco que construiu desde o processo eleitoral, muito marcado pelo medo e o ódio, e as pessoas estavam intimidadas. Assumiu com um discurso autoritário contra movimentos sociais. “O jogo começou a mudar', destacou Boulos.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
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