O propagado discurso de que com Paulo Guedes no ministério da Economia o Brasil retomaria a confiança dos investidores internacionais mostrou-se mais uma falácia do governo de Jair Bolsonaro, que bateu mais um recorde em 2019: o de fuga de capitais.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (8), a retirada de dólares da economia brasileira em 2019 superou o ingresso de divisas em US$ 44,768 bilhões, ocasionando a maior fuga de capitais da série histórica, iniciada em 1982.
Bolsonaro superou com larga vantagem o recorde anterior, de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso instituiu a livre flutuação cambial, que à época registrou fuga de US$ 16,1 bilhão.
Palácio do Planalto
A fuga vem acompanhada ainda da queima de pelo menos outros US$ 10 bilhões em reservas cambiais, acumuladas sobretudo durante os governos do ex-presidente Lula, quando o Brasil chegou a registrar o ingresso de mais de US$ 87 bilhões, em 2007.
Os números relativos à queima das reservas em 2019 ainda não foram fechados e pode representar uma redução ainda maior nos US$ 376,9 bilhões que haviam em caixa no mês de janeiro.
A entrada de dólares se dá quando investidores enviam dinheiro ao Brasil para pagar por compra de produtos brasileiros ou para realizar aplicações financeiras e investimentos em empresas, por exemplo.
O dólar sai quando esses investidores retiram recursos do Brasil para, normalmente, aplicar em outros países, ou para pagar pelas importações realizadas.
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