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"É grave e precisa ser combatido", diz comunicador sobre escândalo na Secom

Durante o Fórum Lula Livre, a TV Diálogos do Sul conversou com José Augusto Camargo, integrante do FNDC sobre as irregularidades na Secom bolsonarista
Mariane Barbosa
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

Após a divulgação de que o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SeCom), Fabio Wajngarten, recebeu dinheiro de emissoras e agências contratadas pelo governo Bolsonaro, muita gente falou que a balbúrdia da secretaria é um dos problemas mais graves envolvendo a equipe do mandatário brasileiro.

Durante o Fórum Lula Livre, realizado no último sábado (29), em São Paulo, a TV Diálogos do Sul conversou com José Augusto Camargo, integrante do Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC) sobre a gravidade desse problema que atinge a imprensa brasileira.

“É realmente um grande escândalo. É algo que precisa ser combatido. É preciso que ele [Fabio Wajngarten] seja afastado e que a estrutura de comunicação do governo, seja avaliada de uma forma transparente e democrática, isso é um absurdo”, desabafa.

Durante o Fórum Lula Livre, a TV Diálogos do Sul conversou com José Augusto Camargo, integrante do FNDC sobre as irregularidades na Secom bolsonarista

ALESP / Foto Maurício Garcia de Souza
"É preciso que ele [Fabio Wajngarten] seja afastado e que a estrutura de comunicação do governo", afirmou José Augusto Camargo

O comunicador destacou dois pontos que precisam ser avaliados: o primeiro, é que do ponto de vista profissional a atitude é uma “quebra na ética”, não se deve misturar a questão financeira/publicitária com a questão política. “São questões muito diferentes e elas precisam ficar em cantos separados para que não haja aí uma espécie de promiscuidade entre esses dois espaços da comunicação”.

O segundo ponto entra no aspecto político. Guto questiona até que ponto vai à negociação entre o governo e as empresas de comunicação e a intensidade desses acordos, na prática. “Isso é uma forma de você controlar o que está sendo veiculado ou é um suborno para que o governo facilite algumas questões que dizem respeito aos interesses das televisões do mercado de comunicação?”. 

Diante da perseguição ao jornal Folha de São Paulo, ele ressalta que o mais grave é que o governo deve ser impessoal ao prestar informações ao público. “Ele não pode oficialmente dizer que aceita prestar informações para o veículo ‘A’ e não para o veículo ‘B’”, explica, “a função do governo é prestar esclarecimento, é prestar informação, é tornar públicos os atos do governo. Independentemente de que lado está o veículo. Pois, ele é só um intermediário na conversa com o povo”

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Mariane Barbosa

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