1 – A greve tem como principal pauta a defesa de mais de 1000 empregos na Fábrica de Fertilizantes de Araucária no Paraná. Em um país com milhões de desempregados a decisão de fechamento da fábrica coloca milhares de trabalhadores no desemprego.
2 – A greve nacional dos petroleiros se enfrenta com essas demissões e com todo um projeto que inclui a entrega de diversos campos no pré-sal e a venda da maioria das refinarias, terminais e oleodutos do país.
3 – A greve se enfrenta também com o autoritarismo policial e judicial em cada refinaria, com ostensiva presença militar, como se viu nessa manhã na Refinaria Duque de Caxias no Rio de Janeiro e em diversas medidas judiciais buscando coibir o direito de greve.
4 – Essas medidas incluem absurdos como a proibição dos trabalhadores deixarem seus postos de trabalho e exercerem seu direito de greve até que a justiça chegue com um “habeas corpus” como se viu na Refinaria Gabriel Passos, REGAP, em Betim, Minas Gerais e também na refinaria Alberto Pasqualini em Canoas no RS.
5 – A adesão da categoria ao movimento grevista mostra grande disposição de se enfrentar com os planos entreguistas de Bolsonaro e dos capitalistas. Os trabalhadores estão afirmando sua luta em defesa dos empregos e se contrapondo ao projeto de entrega de riquezas ao imperialismo, lutando por interesses que são de todo o povo brasileiro.
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Defender a Petrobras é defender o Brasil
6 – A entrega dos recursos nacionais ao imperialismo é um projeto que vai muito além de Bolsonaro. Seu governo busca aprofundar essa submissão a Trump e aos EUA, mas as privatizações já vinham aumentado no governo golpista de Temer e todo o terreno da entrega do petróleo nacional começou ainda no governo Dilma.
7 – É a primeira greve nacional desta categoria estratégica contra o governo Bolsonaro. A mídia capitalista, mesmo os que se dizem “opositores” do governo como a Globo, mantêm silêncio para isolar os petroleiros e defender a privatização e as demissões, mostrando que há consenso quando se trata de atacar os trabalhadores e o povo. A juventude, os movimentos sociais e os trabalhadores precisam ser parte de romper este cerco midiático que existe contra essa luta, e ajudar a quebrar o consenso em torno da privatização e dos ataques aos trabalhadores.
8 – Pesquisas de opinião apontam que a maioria da população é contra a privatização da Petrobrás. Essa medida impacta de distintas formas na vida da classe trabalhadora e do povo brasileiro, como nos altos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. Com a unidade entre os petroleiros, outras categorias de trabalhadores, estudantes e o conjunto da população é possível erguer uma resposta a essa política entreguista do governo.
9 – É preciso cercar de solidariedade essa luta. É preciso que os sindicatos, centrais sindicais como CUT e CTB, entidades estudantis como UNE e também DCEs e centros acadêmicos de todo o país tomem medidas em solidariedade à greve sendo parte de tornar essa luta uma causa popular. Todos os parlamentares de esquerda, especialmente os parlamentares do PSOL, precisam ser parte de furar o bloqueio midiático contra a greve, demonstrando apoio e chamando as entidades de massas a organizar essa ações de solidariedade.
10 – A luta dos petroleiros precisa vencer e assim pode apontar um outro caminho frente à crise, para que sejam os capitalistas e não os trabalhadores e o povo que paguem por ela.
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