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Argentina condena à prisão perpétua 28 militares genocidas durante quarentena

É a primeira sentença emitida em um julgamento por crimes de lesa humanidade desde o início do isolamento obrigatório que começou em 20 de março
Redação Desacato
Desacato
São Paulo (SP)

Tradução:

Na segunda-feira (27), o Tribunal Oral Federal de Mar del Plata condenou a prisão perpétua 28 genocidas por crimes de lesa humanidade cometidos durante a última ditadura civil militar na Argentina.

É a primeira sentença emitida em um julgamento por crimes de lesa humanidade desde o início do isolamento obrigatório que começou em 20 de março e, portanto, as famílias não compareceram à audiência.

Os juízes também emitiram condenas de entre 7 e 25 anos para outros 7 acusados. 5 acusados foram absolvidos. 

Dois anos após o início do julgamento oral e público, o Tribunal integrado por Roberto Falcone, Mario Portela e Martín Bava realizou através de meios eletrônicos a audiência em que se conheceu a sentença a 40 imputados por 272 crimes cometidos na chamada “Suzona 15”, uma área de operações das forças de repressão com eixo na cidade de Mar del Plata e redondezas.

Das 272 vítimas deste caso, 133 ainda estão desaparecidas, 28 foram achadas assassinadas e 111 conseguiram ser liberadas após a sua detenção ilegal.

É a primeira sentença emitida em um julgamento por crimes de lesa humanidade desde o início do isolamento obrigatório que começou em 20 de março

Anistia Internacional
Mães da praça de maio

Os condenados a prisão perpétua foram Virton Modesto Mendiaz, Alfredo Manuel Arrillaga, Eduardo Jorge Blanco, Jorge Luis Toccalino, Julio Cesar Fulgencio Falcke, Oscar Ayendez, Héctor Raúl Azcurra, Policarpo Vázquez, Rafael Alberto Guiñazú, José Omar Lodigiani, Carlos María Robbio y Justo Alberto Ignacio Ortíz. También, Eduardo Carlos Frías, Alfonso Eduardo Nicolás, Roberto Mario Blanco Azcarate, Luis Héctor Bonanni, Raúl César Pagano, Osvaldo Gaspar Siepe, Néstor Ramón Eduardo Vignolles, Héctor Eduardo Vega, Fortunato Valentín Rezzet, Carlos Alberto Suárez, Hugo Ernesto Pabón, Alcides José Cerutti, Oscar Ramón Gronda, Alfredo Raúl Weinstabl, Ernesto Davis e Raúl Enrique Pizarro.

Juan Eduardo Mosqueda foi condenado a 25 anos de prisão; Ariel Macedonio Silva a 22 anos; Gonzalo Gómez Centurión a 12 anos, Cesar Enrique Martí Garro e Miguel Ángel Domingo Parola 10 anos; Carlos Arturo Mansilla e Juan Carlos Aiello a 7 años de prisão.

Foram absolvidos Eduardo Carlos Isasmendi Sola; Juan Roberto Contreras; Silverio Abel Cortez; Juan Tomás Carrasco e Juan Alberto Rincón.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
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